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O Osso da Dilma - crónicas de um lançamento trans-atlântico

por Manuel Pinto de Rezende, em 17.11.10
Causou-me severa repugnância este comunicado que o Nuno Castelo-Branco fez o favor de nos transmitir. Para que fique estabelecido, não foi o Nuno CB que me causou repugnância - se bem que o tom do seu post assustou-me um pouco - mas sim o comunicado do PT e a resposta do Duque de Bragança.
Quando manifestei esse sentimento, o Nuno CB comentou, e muito bem:
Uma coisa é o Estado, outra será a simpatia pessoal ou a preferência partidária. OU deverá Portugal, apenas ter relações com um determinado tipo de países e de dirigentes?
Já sei que discordo do Nuno CB em matérias políticas e estruturais para a fundação de uma nova monarquia em Portugal. Não será grande desafio, portanto, discordar agora numa matéria de política internacional que me parece, antes de tudo, uma matéria de espinha dorsal.

Desejar a Monarquia apenas pelo estatuto da Monarquia é como Desejar a Igreja Católica mesmo que esta siga a doutrina da IURD, ou gritar a plenos pulmões "Tudo pelo meu Pai, mesmo que ele seja um bêbado!" ou "Tudo pela minha Mãe, mesmo que ela seja uma vadia!".
O Rei, a ser a mera personificação de um símbolo vazio, um funcionário público hereditário que desempenha funções formais, como a de ser um sub-secretário do Ministérios dos Negócios Estrangeiros com faculdades representativas, pode continuar perfeitamente engavetado nos Paços de Vila Viçosa. De representantes inúteis já eu tenho a minha conta, muito obrigado, cedida a cada quatro anos pela Augusta máquina da oclocracia instituída.

O Rei tem de ser rex, a regra. Ou pode voltar a embarcar para Gibraltar, e de lá para a Conchichina. Isso não quer dizer que deve, a todo o custo, qual Messias autocrata, impor a Boa Nova de mensagens tão sublimes e simples como esta: A todo o custo, afastarmo-nos da Dilma "Rousseau" Rousseff, porque ela é uma criminosa política e uma atentado às liberdades civis dos brasileiros. Mas de facto, o que se quer é um monarca cristão (como se considerou Dom Duarte) e um Casa Real importada em demonstrar que segue uma política externa conduzida não apenas pela movimentação das ondas de Wall Street, mas antes por uma política de valores construtiva.

O que é bom nisto da Monarquia é permitir-nos pensar para daqui a 200 anos, e se ocorrerem imprevistos, não ficarmos com as calças na mão. Como é que ficará vista a Casa Real Portuguesa, no seio das outras casas reais católicas, e no seio dos seus principais apoiantes (tanto os presentes como os já passados) quando o Governo de Dilma afectar a liberdade económica dos brasileiros, já tão carregados de um Estado em crescimento descontrolado desde o tempo de Lula?
E o que será feito do prestígio da Causa Monárquica quando o aborto livre for reforçado na legislação brasileira? Ou o casamento homossexual, que Dom Duarte tão fortemente criticou?

Vamos mesmo querer gritar: "Tudo pela Monarquia, mesmo que a da Dilma?" Estamos assim tão necessitados de um osso brasileiro, atirado pelo PT? Já ninguém sabe reconhecer mau marketing? Não haverá uma razão pela qual Dilma comparou os Bragança de cá aos de lá? Ou acham que isto foi apenas uma jogada de consideração solidária? Desde quando a esquerda, na sua intrínseca mediocridade política, alguma vez atirou um osso à monarquia que não tivesse a intenção de lhe atiçar todos os cães raivosos do canil?
Não será mais importante a relação entre as duas Casas de Bragança que o Osso da Dilma? Uma criminosa e terrorista apoiada por toda a escumalha LGBT e Pró-Aborto do Brasil?

Mas andam os conselheiros da Casa Real todos na porca da Maçonaria? É tudo marca-burro PSD? É a Monarquia Portuguesa uma comitiva de "passou-bens" que cumprimenta todo e qualquer regime? Ó Dilma, porqué no te callas? (Não será melhor voltar aos reis espanhóis?)

O Rei Leopoldo abdicou o trono para não promulgar a lei do Aborto. O Duque e a sua entourage andam de mãos dadas com uma Presidência brasileira que até agora só conseguiu unir os conservadores, tradicionalistas e católicos brasileiros contra os "progressistas". E isto parece ser coisa boa para alguns.

O problema dos monárquicos é pensar que o contrário de Monarquia é República. Também é possível uma Não-Monarquia. E é para ela que se caminha.

publicado às 13:29


20 comentários

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De Miguel Castelo Branco a 17.11.2010 às 13:52

A política internacional e as relações externas não são coisa ideológica. Se o chefe de Estado da 5ª maior potência económica se mostra sensível à questão do regime em Portugal e se essa potência é o Brasil (que foi monarquia brigantina), o significado desse gesto ultrapassa largamente o merecedor desse piropo, mas assume uma dimensão que diria propedêutica a qualquer coisa que está em curso no Brasil. Explico. A chefia da causa monárquica brasileira tem cometido erros palmares ao longo das últimas décadas, alinhando com posições pouco menores que o suicídio. O que o TP diz é que o Senhor Dom Duarte tem evidenciado sempre grande prudência, virtude de príncipe, e que é um amigo do Brasil e homem muito sensível à defesa de causas tão detestadas pelos plutocratas (católicos ou não). O cumprimento de Dilma inscreve, pois, o reconhecimento no Senhor Dom Duarte de um certo Portugal que o Brasil quer continuar a ver. Há que moderar e dominar os reflexos condicionados. A verdade, doa a quem doer, é que o Brasil vota PT porque havia coisas tão graves e tão chocantes nesse país que a tal direita não quis resolver, mesmo a direita dos "valores", amiúde surda e cega ao sofrimento e sempre encrespada em todas as matérias "essenciais". Tenho para mim que uma sopa é tão importante como a Suma Teológica. Por outro lado, o Brasil PT parece-me bem mais "português" que o Brasil dos Malufs e outros oficiantes do culto de Mammon.
O Senhor Dom Duarte é descendente de D. Miguel. Ora, Dom Miguel, foi um rei para o povo e é a essa tradição de "reis democrátricos" - no sentido que emanam da vontade do povo - que temos de voltar. Os tempos mudaram e há que viver o tempo presente.
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De João Amorim a 18.11.2010 às 10:43

Absolutamente. Curiosamente, estive à pouco tempo no Rio; conheci brasileiros que me falaram de Portugal e dos portugueses com uma afectividade singular, num sentido de comunhão de laços e história. Nem tudo, ou todos, são novelas...
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De Rui Monteiro a 17.11.2010 às 16:26

Pinto Resende

Lindo Post mas se formos a expremer o sumo está podre a laranja. Nos últimos 100 anos vimos aristocretinos de todos os calíbres, neo-republicanos, neo-monárquicos, fascistas, racistas, enfim ... é só escolher. Com o cair da Monarquia Constitucional o ideal monárquico na generalidade voltou à Idade das Trevas, em vez de se preocuparem com o bem da Nação preocupavam-se com o bem deles claro ... Assim nasceram correntes de pensamento fascistas neo-monárquicas e correntes de direita a reclamarem a Monarquia para eles. Claro que houve sempre quem lutasse pela democracia e não suportasse esses marialvas depenados na sua maioria, mas a verdade é que para que esses marialvas depenados como o Pinto Resende podessem falar e escrever hoje foram também Monárquicos Democratas que ajudaram para que isso fosse feito.
As monarquias constitucionais europeias há bastante tempo que já perceberam que para sobreviverem não podem de forma alguma virar as costas ao Povo, a Coroa é o filtro das preocupações do Povo. Cá em Portugal continuam a existir monárquicos da treta que ainda sonham em recuperar os títulos dos tetra-avós para de uma certa forma ganharem o euro-milhões, ou seja uma forma xenófoba de se auto-proclamarem donos de Portugal.
O problema da Monarquia Constitucional em Portugal foi não ter feito o que o Rei da Noruega fez no séc.XIX, acabar com a aristocracia, assim passou o Povo a ser um só, assim acabavasse o paleio a estes marialvas depenados. O POVO quer o Rei, não quer os aristocretinos, o POVO tem várias religiões e ninguém tem o direito de impor algum credo porque vivemos em Democracia.
Se Democracia é símbolo de republica então a Inglaterra a Democracia mais antiga do mundo não seria a Monarquia que tem servido de exemplo e aspirações a muitos.
Novamente o Pinto Resende é daqueles fascistas que gostam de olhar para o umbigo mas como a pança de boa vida é tanta já o umbigo deixou de se ver, assim é a mesma visão que o Pinto Resende tem de Portugal ... ou melhor a vida boa já o cegou por completo. O Pinto Resende não entende o maior problema de Portugal nos últimos 30 anos que é produzir, não entende que gastamos mais do que produzimos, não entende que por casa doi s bebés que nascem há um idoso, não entende que o país tem de encontrar formas de se tornar autosuficiente e produzir riqueza.
Não me venha com histórias de Salazar e afins, esse pulha que fez mais pela republica do que outro qualquer, o mal de Portugal sempre foi o mal da Selecção Nacional de Futebol gostam de fazer as prórprias contas às custas das desgraças dos outros.
Está na altura de Portugal aproveitar os laços históricos de forma a fortalecer os laços económicos, nada melhor que o Chefe da Casa Real para unir do que um presidente que de 5 em 5 anos vai para acções de formação e que não é símbolo nenhum ... até porque a esmagadora maiora nem o conhece fora de Portugal.
SAR D.Duarte de Bragança tem lutado muito mais pela união dos povos de língua portuguesa do que os republicanos, até Salazar virou as costas a África ... nem fez uma única visita às colónias.
O Pinto Resende devia ir evangelizar as gaivotas para as Berlengas ... talvez tenha mais sorte lá.

VIVA D.DUARTE
VIVA PORTUGAL
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De Manuel Pinto de Rezende a 17.11.2010 às 17:35

Cá está o esquizofrénico da Esquerda "Monarquista".
O secular ódio pela diversidade, pela aristocracia, pela tradição familiar, os mesmos argumentos rotos do jacobinismo... não engana ninguém.

Meu caro, não preciso de um título para me diferenciar de gentalha como o senhor. Aliás, barões, viscondes e quejandos foram títulos dados a rapazinhos do regime como vossa excelência.

Antes dar aulas nas Berlengas que te aturar.
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De Artur de Oliveira a 17.11.2010 às 23:34

Monárquicos como o senhor Pinto Resende são dinossauros que já foram extintos e ainda não receberam o aviso em casa... Sou de direita, mas não sou parvo!
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De Anónimo a 21.11.2010 às 13:46

Pode não ser parvo, mas é um pouquinho imbecil, não acha? Conte aí, e vomecê, já recebeu o aviso da cobrança por indícios ostensivos de estupidez?
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De Anónimo a 17.11.2010 às 21:08

Rui Monteiro, tabas inspirado pá. Até falas nas Berlengas. Oube lá, eu sou daqueles que comprou o título tás a ver a um monárquico teso. E tu?
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De Anónimo a 17.11.2010 às 21:10

O Sarduarte é mouco. O cidadão nunca aparece, quando o vejo é a beber o cafézinho, agora coisas oficiais, deixem o homem em paz. Ele quer trato e bom descanso.
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De João Távora a 17.11.2010 às 17:36

Um post lamentável. A instituição real e deve ser ideologicamente equidestante.
Eu, católico, monárquico e conservador, demarco-me desta visão mesquinha e suicidaria da Causa. Um tiro no pé.
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De Anónimo a 20.11.2010 às 20:57

Muito cristão este comentário. Muito mesmo. Tanto salmos publicados para quê?
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De Anónimo a 21.11.2010 às 13:53

Ai sim? Ai é? Senhor Conde, então conte-nos onde aprendeu o catecismo católico? Vou fazer queixa ao padre do Estoril, e vou levar-lhe o CÚ que o Senhor Conde deixou que o seu blogue Corta - Fitas publicou na sexta - feira. Para não falar das mamas que por ali são publicadas, com comentários porcos, indecorosos, e ORDINÁRIOS de alguns dos seus leitores.

Intolerável é a hipocrisia! Leia os mandamentos, porque não basta publicar excertos da bíblia! Publique, leia, continue a ler. Depois de ler, volte a ler. E depois ainda de ler mais uma vez, estude.
Que desilusão, este seu comentário! Que desilusão!
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De José Tomaz de Mello Breyner a 17.11.2010 às 19:18

Caro João Távora

Totalmente de acordo contigo.
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De Anónimo a 17.11.2010 às 21:02

Se fosse ao Rezende ia mesmo evangelizar as gaivotas, mas não deixava de evengelizar os pavões da monarquia. Também precisam, sobretudo os que criticam tão destrutivamente.
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De Anónimo a 20.11.2010 às 21:01

Quando os evangelizar, diga-lhes que não podem autorizar a publicação de posts com o rabo das mulheres à mostra. É pecado. Os mandamentos, esses, continuam a ser DEZ.
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De Anónimo a 21.11.2010 às 13:57

Senhor Rezende, desconheço se V. Exª. detém algum título nobiliárquico, por isso, me dirijo a V. Exª. apenas com o título de Senhor.

VExª. esmerou-se, não precisava de me levar à letra.
Evangelizar num lupanar, não é muito cristão, convenha, mas o sentido de humor é realmente um bem precioso.

Aposto que o jantar dos desconjurados vai saber muito mal. É só vómitos ao centro e guardanapos à direita.
Cumprimentos
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De Anónimo a 17.11.2010 às 21:06

Muito bem, meu caro. Não «fanatiza» a coisa. Ninguém quer velhos do restelo empedernidos que passam a vida a rotular as suas qualidades cívicas e outras.

Assim até sou capaz de ponderar a Causa, agora monarquia à antiga, ainda me saíam uns daqueles que deixaram a bandeirinha no castelo s. jorge! e se piraram para o Brasiu.
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De Carlos Velasco a 18.11.2010 às 00:11

O povo é sereno! O povo é sereno! É só fumaça!
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De Anónimo a 19.11.2010 às 22:29

Qual é a sua música cara? Me diz, aí, vai? Vá chamar Povo à sua turma, cara, que os gentios estão desse lado meismo, viu?
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De João Pedro a 18.11.2010 às 00:32

"O Rei Leopoldo abdicou o trono para não promulgar a lei do Aborto".

Engano. Balduino é que abdicou, temporariamente.

«"O Duque e a sua entourage andam de mãos dadas com uma Presidência brasileira que até agora só conseguiu unir os conservadores, tradicionalistas e católicos brasileiros contra os "progressistas".»

Os católicos brasileiros uniram-se contra os progressistas? Isso é uma visão redutor - ou tradicionalista - do que são os católicos nesse país. Em qual dos dois grupos se situarão os bispos brasileiros, por exemplo?
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De Anónimo a 20.11.2010 às 20:59

A lei de DEUS é una e única. Só tem de ser executada.

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