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Hoje (ontem), numa aula de Mestrado, durante uma discussão a respeito da Wikileaks e dos documentos recentemente divulgados, em que eu defendia a necessidade do segredo de Estado, condenando a publicação destes documentos - que causa danos incalculáveis nas relações internacionais -, sendo a minha interlocutora uma jornalista, entendeu esta apelar ao princípio da utilidade. Perguntei-lhe qual a utilidade deste acto, já que os efeitos mais visíveis serão seriamente prejudiciais às relações diplomáticas dos EUA.
Perguntou-me ainda se eu "achava bem que os diplomatas tratassem Chefes de Estado naqueles termos". Respondi que um diplomata não pode estar sujeito a pensar que os telegramas que devem ser lidos apenas pelos seus pares e superiores hierárquicos na respectiva capital poderão ser publicados, pelo que tem o direito de se expressar como bem entenda.
A mesma replicou: "Então acha bem que se me apetecer eu vá ali para fora dizer que você é um anormal?". Limitei-me a sorrir e a dizer "esteja à vontade, já estou habituado, é algo que se faz muito aí por esses corredores".