Quando os dois principais candidatos presidenciais, Cavaco e Alegre, se recusam antecipar em que circunstâncias dissolveriam o Parlamento, está tudo dito sobre aquilo que é de esperar de um Presidente da República.
O actual chefe de Estado, que se recandidata a um segundo mandato nas eleições de 23 de janeiro, sublinhou ainda que apenas "uma situação extraordinária" pode levar o Presidente da República a dissolver o Parlamento e recordou que "o Governo responde politicamente perante a Assembleia da República". Foi uma novidade esta declaração que em muito esclareceu os Portugueses acerca daquilo que o recandidato pretende fazer. Foi mesmo uma sorte não termos ouvido dizer que não podia comentar este tipo de matéria.