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Era um adolescente, quando partiu com a família para um exílio que parecia temporário. Dias depois daquela fatídica e fria manhã de 1979, chegavam as primeiras notícias de fuzilamentos sumários, linchamentos públicos, prisões indiscriminadas e tortura de amigos, parentes e colaboradores do regime do seu pai, o Xá Mohamed Reza Pahlavi. Correram o mundo, ignóbeis fotos de corpos mutilados ou crivados de balas, assim como de faces desfiguradas de homens e mulheres seviciados pelos capangas dos triunfantes aiatolás.
Nos Estados Unidos, corriam sérios rumores acerca da tergiversação da patética e criminosa administração Carter, sempre pronta a ceder a qualquer chantagem que pudesse evitar o beliscar dos interesses económicos norte-americanos no Médio Oriente. É hoje aceite, ter sido ponderada a entrega do monarca e de toda a sua família aos rufiões que instalados em Teerão, rapidamente faziam o país regredir à Idade Média, proclamando uma "lei de Deus" tão radicalmente impiedosa, como os seus instintos de facínoras profissionais. A família Pahlavi foi viajando de país em país, eximindo-se às arbitrariedades de Carter e da sua quadrilha de pusilânimes, precisamente no momento em que o Xá rapidamente sucumbia à depressão e ao cancro que lhe ditava o fim da vida. Valeu-lhes o grande homem, digno sucessor dos faraós de outrora, o presidente Anwar el-Sadat.
Durante toda a sua juventude e idade adulta, Ali Reza foi condicionado em todos os seus movimentos, temendo-se uma tentativa de eliminação física ou rapto ordenado pela teocracia xiita. Homem cultíssimo, poliglota e preparado para o exercício de funções de relevo, viu coarctada a sua vontade, sujeitando-se a uma deprimente "prisão domiciliária", aliás partilhada por uma irmã que em Paris se suicidaria, cedendo à pressão.
Ali Reza Pahlavi suicidou-se esta manhã.
Khomeiny continua a matar, irmanando as suas vítimas, sejam elas os filhos do grande Imperador, os estudantes atirados para a revoltante miséria, as mulheres lapidadas ou gente que resiste à opressão que tarda em ser deposta.
Aqui deixamos a nossa simpatia a S.M. Reza Shah II. Para aqueles que decidirem enviar uma mensagem a essa senhora corajosa e brilhante que é S.M. a Xabanu Farah Pahlavi, o Estado Sentido aqui deixa o contacto:
fpahlavi@hotmail.com