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A Comissão Europeia distribuiu 3,5 milhões de agendas com referências aos feriados de três confissões religiosas, mas omitiu as celebrações católicas. A Igreja exige explicações de Durão Barroso e a Conferência Episcopal Portuguesa pressiona os eurodeputados.

De acordo com o JN de hoje, "Em causa estão três milhões e meio de agendas distribuídas pela Comissão Europeia por estudantes e estabelecimentos de ensino em todos os países da Europa. A agenda tem referências às festas judaicas, islâmicas e hindus, mas ignora as festas cristãs, como o Natal ou a Páscoa. A única referência ao Natal é feita através de um abeto finlandês, mas sem qualquer tipo de explicação sobre a data.

O caso já foi denunciado a Durão Barroso por eurodeputados britânicos.  Esta semana, Laurent Wauquiez, ministro francês dos assuntos Europeus voltou a questionar o assunto, perguntando ao presidente da Comissão Europeia se "tem vergonha do património cristão".

Ainda se vai descobrir que tudo foi intencional e que teve como objectivo único não ofender as várias outras religiões existentes na Europa.

É este o melhor retrato da União Europeia e dos seus dirigentes! E Durão Barroso? Não diz nada?

publicado às 09:34


11 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 15.01.2011 às 10:49

Durante anos,  considerei Barroso uma pessoa válida. Hoje, tenho-o em séria reserva e provavelmente, ainda o teremos de suportar como sucessor do "outro", mais conhecido por Cavaco Silva. 
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De Nuno Oliveira a 15.01.2011 às 11:31

So what?

Os católicos não sabem quando são as suas festas?

Eu compreendo o princípio. O que faz com que eu defenda que deveríamos retirar todos os feriados da agenda e assim não sermos injustos para com os seguidores de outras que os católicos esqueceram-se de mencionar.

A liberdade individual pressupõe os mesmos direitos para todos. A imposição (ou tentativa) de uma linha de pensamento oficial é, por si só, extremamente castradora. Politicamente correcto quer dizer plasticina. Moldável às situações. Sem espinha dorsal.

Quanto ao comentário de Wauquiez, se ele fosse alguém inteligente, saberia que o património do catolicismo é dos mais pesados que existe. A não ser que séculos de inquisição e cruzadas e décadas de pedofilia encoberta possam ser descartados como se nada significassem... mas nada como um carneiro para balir no momento certo...
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De Pedro Quartin Graça a 15.01.2011 às 13:27

E os judeus, hindus e demais não os conhecerão também?Image
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De Nuno Oliveira a 15.01.2011 às 13:59

Caro Pedro,

Se tiver reparado a minha proposta seria retirar todos. Desta forma ninguém se queixaria... ou todos se queixariam... justiça "divina" em doses "justas" para todos.

Claro que nessa situação os ateus, que gozam dos feriados religiosos poderiam alegar "injustiça" ao serem forçados a folgarem nos mesmos dias que os religiosos...

Ah! Quanta injustiça teremos nós ainda que combater...
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De João Pedro a 15.01.2011 às 20:53


"o  património do catolicismo é dos mais pesados que existe. A não ser que séculos de inquisição e cruzadas e décadas de pedofilia encoberta possam ser descartados como se nada significassem..."

Seria o mesmo que dizer que o património dos romanos é muito pesado por causa dos jogos de circo, das guerras das Gálias e das loucuras de Neros e Calígulas. E no entanto ninguém a nega. A inquisição é uma mancha do catolicismo, concedo, mas as Cruzadas, com todos os horrores pelo meio, foram antes de mais uma resposta à expsnsão islâmica que se impôes em territórios cristãos. Quanto à pedofilia encoberta, o catolicismo representa apenas uma ínfima parte, e até há pouco todos a encobriam. Pode não estar na moda falar disso, mas há muito mais herança da catolicismo para lá dos defeitos que lhe apontam, como a arte (basta ver o Renascimento), a caridade (as mmisericórdias, por exemplo), os bons ofícios em relações internacionais e a própria fundação da Europa pós-invasões bárbaras (além do apoio discreto no nascimento da CECA e da CEE).
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De Nuno Oliveira a 16.01.2011 às 16:10

O império romano, assim como todos os outros impérios (o português inclusivé), são fruto de buscas de riqueza e poder. Em resumo, de egoísmo. Uma das piores características do ser humano. A igreja católica e todas as religiões, tem como pano de fundo a imposição de regras de modo a controlar as populações. A principal é, sem qualquer sombra de dúvida, o medo. O medo do inferno.

Quando as pessoas aceitam, de um modo ingénuo, que todos temos livre escolha mas se não escolhermos da forma que nos mandam iremos arder no inferno, não fazem mais do que se limitarem à corrente de opinião que prevalece no momento.

Quando se acredita que nascemos com pecado, que só nos libertamos dele após um sujeito qualquer nos deitar um pouco de água na cabeça e nos benzer, demonstra-se uma grande incapacidade de raciocínio. Ou isso ou fraqueza de espírito reflectida numa vida que nunca será da própria pessoa.

"foram antes de mais uma resposta à expsnsão islâmica que se impôes em territórios cristãos"

Está redondamente enganado. O território não era cristão. Era das pessoas que lá habitavam. Erro assumir que o território é religioso. Aliás, erro é assumir que a Terra, ou qualquer parte dela, pertence a quem quer que seja. O ser humano é verdadeiramente arrogante.

"como a arte (basta ver o Renascimento), a caridade (as mmisericórdias, por exemplo), os bons ofícios em relações internacionais e a própria fundação da Europa pós-invasões bárbaras (além do apoio discreto no nascimento da CECA e da CEE)"

A arte renascentista é cristã devido ao momento religioso que se atravessava: inquisição. Sem inquisição, seria provável que o renascimento fosse muito mais variado e, substancialmente mais interessante.

Quando o estado mais rico do mundo é o Vaticano, quando o papa se veste com tecidos bordados a ouro, quando os ídolos são tão adorados como o próprio deus ao contrário do que se lê nos episódios de Moisés quando desce da montanha e de Jesus quando entra no Templo, só me apetece rir quando se falam das misericórdias. Não nego o trabalho excelente que muitas pessoas fazem a esse nível, mas é tremendamente insignificante quando comparado com o verdadeiro potencial que a igreja católica poderia executar.

Quem é que lhe disse que a UE (CEE) é boa? Faz ideia do que se legisla lá? Tem a noção da forma como dividiram a Europa e tornaram todos os estados membros dependentes uns dos outros? De tal modo que se alguém quiser sair terá enormes dificuldades em o fazer! Tem a noção do que significa um BCE emprestar dinheiro a 1% aos bancos para depois estes nos comprarem a dívida pública a taxas muito superiores? Faz sentido um banco feito dos dinheiros da Europa emprestar dinheiro a entidades particulares para emprestar de novo à Europa com taxas acrescidas? E sim! a Igreja Católica Romana está por detrás disto! Acredite se quiser...

Tenha fé no Presidente da UE! Sabe ao menos o nome dele? Sabe quem é o Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE? Sabe qual é a linha de orientação da política europeia?

Acha que alterar umas linhas de uma constituição e chamar-lhe Tratado de Lisboa para contornar os referendos com resposta negativa na França e Holanda, deste modo permitindo ultrapassar esse "inconveniente" que são as pessoas que habitam no espaço da UE e sua "reles" opinião, é de "pessoas de bem"?

Deixe-me só acrescentar uma última nota: acredito em Deus. Mas não acredito em nenhuma religião.
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De Anónimo a 16.01.2011 às 20:42

Caro leitor. Muito bem. Deus não se confunde com religião, por isso, se o «pastor» for devoto, certamente cada um ouvirá a palavra de Deus em qualquer religião. E não só.
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De Nuno Oliveira a 16.01.2011 às 22:52

Um pastor implicará um rebanho. Um carneiro limita-se a seguir os outros e quando tem vontade própria e tenta seguir um caminho diferente é imediatamente "posto na linha" pelo cão pastor.

Conhece alguma religião que lhe permitam, verdadeiramente, o livre arbítrio? Todas têm regras.
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De Anónimo a 15.01.2011 às 22:51

Durão Barroso está à espera de ver para onde pode «caír», depois dará o salto a que classicamente nos habituou....

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