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Podem debalde procurar no Público, no Diário de Notícias ou no Expresso. Nem uma linha ou sugestão de algo que perturbe a eufórica festança da "liberdade", já corporizada por quem se mete na primeira fila para o exercício do poder que aí vem.
Os assassinos de Anwar el-Sadat e treinadores dos aeronautas do 11 de Setembro, mais conhecidos como Irmandade Muçulmana do Egipto, declararam rejeitar a possibilidade de cristãos ou mulheres poderem candidatar-se à presidência do país. Consiste num tímido e discreto passo para a implementação do seu programa.
Entretanto, na U.E. e pela boca do sr. Luís Amado, a leitura dos acontecimentos aponta para uma "preocupação" pela garantia da estabilidade das nossas relações com uma região de fundamental importância". Entendemos, dada a intensidade de encontros, viagens e apertos de mão com quem se sabe. Negócios do petróleo, do gás, fosfatos, computadores com nomes a sugerir circum-navegações, pescas ou turismo, impedem uma "simples leitura ideológica" dos acontecimentos, leitura que se torna obrigatória noutras paragens. Como "recompensa pelos esforços de contemporização", o irritado sr. Kadhafi - a bandeira da deposta Monarquia já se encontra hasteada em Bangazi* - avisa dispor-se a não impedir a imigração ilegal em direcção à Europa. Há algum tempo, o sr. Kadhafi declarava que o "Misericordioso" - seja lá o que isso, ou esse for -, tem grandes desígnios para a Umma, destinando os ventres das "fiéis", á missão da conquista da Europa. Bem pode seguir o exemplo dos balseiros do sr. Fidel Castro e das remessas de criminosos retirados nas prisões e despejados nas praias dos imperialistas. A Itália poderá ser o alvo mais fácil e apetecível e temos uma ameaça de boat-people às portas.
O sr. Luís Amado e os seus colegas, ainda pouco viram. Dentro de um ano, cá estaremos para comentar.
* Convém estarmos atentos a esta União Constitucional Líbia.
As cores e a bandeira da Monarquia, na capital da Cirenaica