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Giros, os comentários que tem gerado o editorial da Isabel Stilwell. Diz a jornalista, a propósito da música dos Deolinda, que “se estudaram e são escravos, são parvos de facto”. São parvos de facto.
Educação é formação, não é só mandar abaixo shots de bibliografia erudita. Educação é formação de carácter, tanto mais a nível universitário. Carácter é também “estar apto a reconhecer e a aproveitar os desafios e a ser capaz de dar a volta à vida”. Educação não é, seguramente, isto.
Não faltaram à festa as virgens ofendidas, muito escandalizadas (com o nome da jornalista, essencialmente), a destilar o seu veneno por entre insultos gratuitos de uma grosseria inqualificável. São parvos de facto.
Trabalhar, lamento informar, não nos torna escravos. É a forma como se encara o trabalho que separa os homens e as mulheres das bestas infantilizadas pela resignação à vitimização. Afeminada indulgência a tão fácil tentação.
Proponho a leitura e meditação da seguinte passagem, de um artigo que encontrei recentemente e me pareceu interessante:
“só há uma maneira de dizer basta: passando activamente a ser parte da solução. Acreditem que estamos à espera que apliquem o que aprenderam para encontrar a saída. Bem precisamos dela.”