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Se os de cá não sabem, o Brasil que ouse.

por Nuno Castelo-Branco, em 30.03.11

Com uma crise política, social, financeira e com os juros a subir a alturas estratosféricas e os ratings da especulação a caírem para o patamar do lixo de sarjeta, será difícil convencermos qualquer investidor.

 

A sugestão que a Presidente Dilma Roussef deixou, foi a de uma aparente escusa, apoiando-se na salutar política do Banco do Brasil que apenas investe em dívidas "classificadas de AAA". Em poucas palavras parece zelar pelos interesses do seu país, coisa que para quase todos os agentes políticos de Lisboa, é coisa tão estranha como a existência de marcianos na Terra.

 

As relações entre Portugal e o Brasil, devem ser muito mais profundas que aquelas existentes com outros Estados, especialmente aqueles que connosco compartilham a península europeia. Os governos, esteja quem estiver no seu comando, devem facilitar a circulação de todo o tipo de bens e de nacionais de ambos os países. Mais ainda, urge estender a cooperação às esferas da educação - a existência de mais de 1000 estudantes brasileiros na Universidade de Coimbra, deve significar algo -, da ciência e assuntos da Defesa, assim como ao delineamento de programas conjuntos em todos os países pertencentes à CPLP, onde o peso brasileiro ainda se encontra muito aquém das possibilidades. O Brasil sugere pedir garantias para avalizar a compra de dívida soberana portuguesa e sabemos o que isso significa: activos que ainda possam ser encontrados em empresas como a TAP ou a GALP, por exemplo. Pouco mais existirá e assim sendo, há que estudar outros cenários, tirando pleno proveito da situação geográfica portuguesa e do imenso património cultural espalhado pelo mundo.

 

A ousadia foi durante algum tempo uma característica fundamental dos portugueses, fossem estes os defensores da raia face a uma Espanha tentacular, ou aqueles que tomando o sertão, alargaram o espaço que Tordesilhas lhes concedera na América do Sul. Bastará olhar o mapa do Brasil e esta é uma inegável evidência.

 

Chegou o tempo de irmos mais longe e recuperar alguns dos projectos de um futuro que a ignorância, preconceito e estupidez de alguns não deixaram vingar. Se pesquisarem acerca da verdadeira razão da intenção de D. Carlos I em visitar o Brasil em 1808, poderão ter uma ideia acerca do que era possível realizar-se, com bastos proventos para as duas margens do Atlântico. Se quiserem ir ainda mais longe, poderão até reconfigurar a hipótese de União gizada em 1815. A "Europa" poderá então barafustar como bem entender.

 

Que o Brasil não se fique por compras de dívidas ou de duas ou três empresas. Sugira ou exija mais, substituindo a Europa - a Alemanha - na imposição da estratégia. O Portugal do futuro agradecerá, pois este é o único caminho que interessa seguir.

 

Não sabemos é se os brasileiros ainda estarão interessados.

publicado às 14:38


5 comentários

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De Anónimo a 31.03.2011 às 21:46

Uii que isto aqui é só traidorezecos de quinta, julgam que uma nação se vende ou está á venda por conjunturas económicas? tenham vergonha seus bonecos.
Para os que gostam tanto do brasil, aqui fica a sugestão---- rua da Europa, ponham-se a andar para o hemisfério sul que já se faz tarde, aproveitem e vão viver para perto de umas favelas lá no morro dos macacos


PORTUGAL AOS PORTUGUESES
EUROPA AOS POVOS EUROPEUS


http://www.youtube.com/watch?v=kFy7TTl-iFI (http://www.youtube.com/watch?v=kFy7TTl-iFI)
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De Carlos Velasco a 03.04.2011 às 00:18

Anónimo,

Se quer defender o nacionalismo, o que desconfio ser a sua intenção, ao invés de atacá-lo, coisa que faz involuntariamente por ser provavelmente tão inteligente quanto a sua escrita e o vídeo com música "kitsch" estrangeira associando Portugal a claques de futebol, essas massas estúpidas criadas em torno de uma péssima importação com pouco mais de cem anos, então sugiro que o senhor fale menos e estude mais.
Se o fizesse, isso provaria patriotismo, pois uma grande nação precisa de gente inteligente e disciplinada e não burros arrogantes que transformam uma discussão política numa "futebolice".
Para terminar, estou mais do que de acordo com o lema Portugal para os Portugueses, e o faço por todos os portugueses, inclusive aqueles como o senhor, que não teriam problemas em acabar comigo. Quanto à Europa e aos europeus, isso é com eles.

 
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De Ausência Forçada a 04.04.2011 às 23:25

Se quer defender o nacionalismo, o que desconfio ser a sua intenção, ao invés de atacá-lo, coisa que faz involuntariamente por ser provavelmente tão inteligente quanto a sua escrita e o vídeo com música "kitsch" estrangeira associando Portugal a claques de futebol, essas massas estúpidas criadas em torno de uma péssima importação com pouco mais de cem anos, então sugiro que o senhor fale menos e estude mais.
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Ai meu Deus que ficou arreliado por o video conter imagens do POVO português, se são de claques ou não pouco interessa, são ultras?melhor ainda. Obviamente que defendo o nacionalismo e obviamente que não o ataquei, pois só existe um nacionalismo, que não impede coisa nenhuma, de a musica ser estrangeira ou não, é um rito de uma melodia ancestral não só uma simples referência "Kitsch"... péssima importação? os novelos da sociedade estão enrolados nos diversos fenómenos, o desporto é um deles, a estupidez parte toda do seu lado... chega a ser risível.

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De Ausência Forçada a 04.04.2011 às 23:25


_____________
Se o fizesse, isso provaria patriotismo, pois uma grande nação precisa de gente inteligente e disciplinada e não burros arrogantes que transformam uma discussão política numa "futebolice". 
Para terminar, estou mais do que de acordo com o lema Portugal para os Portugueses, e o faço por todos os portugueses, inclusive aqueles como o senhor, que não teriam problemas em acabar comigo. Quanto à Europa e aos europeus, isso é com eles. 
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Calminha amélia, que cá não meti bola ao barulho, mas mesmo que tivesse metido, seria peanuts assim como a sua desconversação. 
Acabar consigo? Portugal é dos portugueses, e os portugueses são os filhos e netos de portugueses brancos nativos, será que está a saber alguma novidade? E a Europa não é com eles, pois Portugal é a cabeça da Europa e Europa não existe sem Portugal e vice-versa.... uma identidade milenar não se apaga.
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De xico a 03.04.2011 às 17:05

D. Carlos I visitando o Brasil em 1808?
Espero que seja gralha?!
O grande projecto português teria sido a união entre Portugal, Brasil e Angola, com capital em Luanda. Passou o tempo. Já não me parece possível.
Foram oportunidades perdidas, tais como foram o casamento do rei com uma princesa etíope ou com uma japonesa. Teriam sido feitos na altura, com alcances inimagináveis. Passou o tempo.
O Brasil poderá querer. Os portugueses é que duvido? Quem está no poder são os descendentes dos que chamaram o rei a Lisboa em 1821 e não tiveram a visão de manter a união entre os reinos do Brasil, Portugal e Algarve. Aliás, visão foi o que esta gente não tem desde 1822. Limitam-se a ler na cartilha dos outros.

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