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O que parece estar a tornar-se cada vez mais nítida, é a declarada intenção de intervir nos negócios internos de Portugal. Estes assuntos são tão evidentes como a Economia, Finanças e em complemento futuro, a própria ordem interna do país. A pressão advém daquele confuso imbricado que tem as agências de rating como cabeça, mas que na realidade, obedece à estratégia gizada pelos principais detentores da nossa dívida, sendo alguns deles nossos parceiros na U.E. De facto, qualquer governo português já se encontra atado e bem atado a compromissos e deveres contraídos e isto, sem que jamais a população tivesse sido chamada a pronunciar-se acerca do seu destino. Todos ainda temos presentes as palavras de proferidas por Cavaco Silva, quando no ocaso da sua passagem pela casa de S. Bento, declarava a impossibilidade dos portugueses se pronunciarem acerca de Maastricht, por exemplo. Hoje, António Barreto pede uma muito necessária auditoria às contas públicas, coisa impossível porque conhecendo-se os figurantes do poder das últimas décadas, pressupõe a queda do regime.
Esta crise poderá até servir para obrigar o conjunto dos países mais pequenos da União, a prescindirem dos resquícios da soberania que ainda conservam. Dentro de pouco tempo, regressarão sugestões acerca da renegociação dos Tratados. Não tenhamos ilusões quanto a isso.
No entanto, existem ainda outras hipóteses para a resolução de muitos dos nossos problemas. Aqui estão. Se a U.E. não ficar satisfeita, paciência. Há que contornar o barco corsário e seguir em frente, pois perdidos já parecemos estar.