"Não será meu hábito manifestar publicamente a minha decisão de voto, nem quero com isto limitar a minha solidariedade com outros que, em percursos diferentes (mas que um dias foram meus também), lutam por um lugar na política portuguesa de intervenção.
Acontece que, como afirmei num outro local, perante uma assistência que não me deixa mentir, é minha convicção de que nos dias graves e preocupantes que vivemos (por culpa de vários, mas indiscutivelmente em particular de um PS que nos desgovernou durante a ultima década), não posso nem devo deixar de manifestar publicamente os meus receios, as minhas revoltas, a minha decisão de apoiar quem, pelo que defende e pela forma como o faz, merece um sinal de respeito e, mais do que isso, de apoio numa luta por Ideais.
O chamado voto útil é algo que pode ser considerado “um pau de dois bicos”; pois, se por um lado, nos pode ajudar a afastar da governação o inimigo publico nº 1, por outro pode arrastar-nos para outro que, pelo que representa de radicalismo em áreas sociais e económicas, pela forma atabalhoada com que se tem manifestado acerca de diversas matérias cruciais na vida de todos nós, deve-nos levar a repensar o que será HOJE o voto útil e quais as suas prováveis nefastas consequências.
Temos que intervir e, para isso, chegou a hora de usarmos o voto como uma autêntica arma de combate político e ideológico. Usar a Arma que a Democracia nos permite e forçar a que a nossa voz seja audível numa situação de total descalabro nacional.
Pensemos que da nossa decisão poderá depender o futuro que estaremos a tentar (re)construir; e que dele poderá depender o futuro dos nossos filhos. Porque elevar a nossa força política interventiva será também a ruptura com a neutralidade e a indiferença, como cidadãos de um Portugal que urge fazer ressurgir na sua Dignidade e Vocação Histórica.
Tudo isto para deixar aqui e agora a minha decisão de apoiar quem, na minha perspectiva, mais tem defendido os valores que são também os meus, numa luta desigual, mas com a FORÇA da Coragem e da Verdade, com a Vontade de enfrentar desafios e, acima de tudo, com personalidades que pela sua consequente defesa de princípios ao longo dos anos, mas igualmente pela sua inegável verticalidade e honestidade de proceder, merecem o VOTO DE CONFIANÇA que será também o VOTO DE DESEJO DE MUDANÇA.
Por tudo isto eu votarei com a convicção de que estarei a defender os valores em que acredito e estarei também a romper com essa covarde indiferença na forma como o nosso futuro será conduzido.
EU VOTAREI MPT!
Fernando de Sá Monteiro"