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Ao contrário do que muitos, como eu próprio, pensavam, Pedro Passos Coelho não foi trucidado por Sócrates. Bem pelo contrário, mostrou-se muito mais seguro, afirmativo e rebateu tudo o que Sócrates trouxe à colação. O líder do PS terá tido uma das maiores surpresas dos últimos tempos ao ver a sua retórica demagógica e a sua técnica argumentativa bem treinada e rotinada completamente esmagadas. Passos foi simultaneamente pai e professor de Sócrates, ensinando-lhe boas maneiras e mostrando realmente as patranhas socretinas. Já vinha sendo tempo do líder do PSD se revelar. Esperemos que continue assim e que o PSD não volte a dar tiros nos pés durante a campanha.
Sugere-se ainda a leitura do resumo do debate pelo Pedro Correia, de onde destaco o parágrafo final:
Era um Sócrates já nitidamente fatigado que se repetia no ecrã - sobretudo quando era filmado em grande plano. Sem ideias, sem recursos estilísticos, sem o dom da iniciativa, sem capacidade para surpreender. Como, de algum modo, já tivesse interiorizado a derrota eleitoral. A televisão, nesta matéria, pode ser um instrumento cruel. Sócrates, que tantas vezes beneficiou dela, hoje foi sua vítima. O debate terá mesmo sido decisivo. A RTP estava cheia de razão.