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Por motivos profissionais, isto é, por me encontrar até dia 30 no 16.º Seminário da Associação da Juventude Portuguesa do Atlântico, não posso agora continuar a alimentar este debate, pelo que apresento as minhas desculpas aos respectivos interlocutores. Voltarei ao mesmo no início de Agosto. Entretanto, registo apenas que talvez muitos devessem ler On Liberty de Stuart Mill e os vários ensaios de Oakeshott sobre o que é ou deve ser uma Universidade. Em Portugal, como mostra esta atitude da UCP, são cada vez mais, apenas e só, um prolongamento do tipo de ensino do Secundário. Num país onde a cultura e o modo de pensamento universitário são o que todos sabemos, subverte-se completamente a ideia de universidade. O mesmo é dizer que os estatutos de presunção artificial continuam a fazer escola num país onde importa mais o parecer do que o ser. Eu que até sou um tipo conservador no que à indumentária diz respeito, não deixo de notar que a UCP e muitos outros parecem ter-se esquecido de uma ideia chave do liberalismo anglo-saxónico (o tal que gerou as melhores universidades do mundo), a da tolerância. E posto isto, deixo-vos apenas esta breve passagem de Stuart Mill: "To be held to rigid rules of justice for the sake of others, developes the feelings and capacities which have the good of others for their object. But to be restrained in things not affecting their good, by their mere displeasure, developes nothing valuable, except such force of character as may unfold itself in resisting the restraint. If acquiesced in, it dulls and blunts the whole nature. To give any fair play to the nature of each, it is essential that different persons should be allowed to lead different lives. In proportion as this latitude has been exercised in any age, has that age been noteworthy to posterity. Even despotism does not produce its worst effects, so long as individuality exists under it; and whatever crushes individuality is despotism, by whatever name it may be called, and whether it professes to be enforcing the will of God or the injunctions of men."