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Apenas umas horas numa tarde de Sábado, para arrasar aquilo que existiu durante um século. Nada escapou, foi tudo reduzido a pó. Cantarias, lindíssimas grades e varandas de outros tempos, portas em madeira de casquinha. Tudo para o entulho. É assim a Lisboa moderna desta "situação" no seu já mais que certo estertor. Antes de desaparecer de cena, pratica a terra queimada, revolvendo o tecido urbano, esgravatando preciosos "terrenos" em praças, avenidas e ruas. Em nome do negócio fácil, estacionamentos e do interesse do sector do betão que proporciona rendas e poleiros a uns pacóvios que ocasionalmente passam por gabinetes ministeriais, liquida-se uma cidade inteira. Caíram dois prédios em plena Praça Saldanha, hoje um local quase inóspito pela fealdade e baixíssima categoria arquitectónica escandalosamente exibida por uma Câmara Municipal que não merece tal denominação.

 Uma vergonha acompanhada ao vivo pelo estupor de inúmeros transeuntes que indignados e de telemóveis na mão, faziam umas tantas fotos para o triste album de recordações do período final da 3ª República. Entre insultos, rosnares e todo o tipo de ilações acerca de mais este crime para "hotel ou terciário ver". 

publicado às 08:47


12 comentários

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De editor69 a 07.08.2011 às 14:10

Aguente-se :(
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De Pedro a 07.08.2011 às 14:32

Fiquei deprimido....


Nunca mais vou ao Saldanha...


Devem estar a tentar torná-lo a praça mais feia de Portugal...


Estas pessoas são criminosos.
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De Carlos Velasco a 07.08.2011 às 14:56

Horrível, sem dúvida, mas infelizmente,isso não passa de uma nota de rodapé na infinita lista de crimes do socialismo. Houvesse justiça no mundo dos homens, as muralhas da China seriam demasiado pequenas para alinhar os porcos lado a lado e fazer o que deve ser feito em nome da civilização. 
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De João Pedro a 07.08.2011 às 23:31

Não me parece que isto tenha muito a ver com questões ideológicas. Abecassis fartou-se de destruir património em Lisboa, câmaras que nunca estiveram nas mãos da esquerda, como Vila Real ou Póvoa de Varzim, são autênticos exemplos de crimes urbanísticos, e até Salazar acabou por dar a sua anuência à destruição de boa parte da histórica Alta de Coimbra.
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De Carlos Velasco a 07.08.2011 às 23:52

Caro Sr. João Pedro,

Se limitarmos a análise à semântica corrente, realmente isso parecerá algo que nada tem a ver com a ideologia. Entretanto, todos os partidos portugueses mainstream nos dias de hoje são socialistas, apesar da retórica o negar. Quanto ao regime de Salazar, tinha muito de socialismo.
O exemplo da alta de Coimbra ilustra bem isso. Basta olhar para o estilo dos edifícios novos da Universidade  e comparar com o estilo de todos os regimes tocados pelo socialismo. Aquilo não passa de uma ramificação da mesma escola de Albert Speer,  Le Corbusier e tutti quanti...
Um conservador despreza essas aberrações arquitectónicas que rompem por completo com o passado.

Saudações.
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De Margarida a 07.08.2011 às 15:10

oh meu Deus! Ainda há dias estive precisamente ali a olhar aquilo!
Mas se destruíram os prémios Valmor, se aniquilaram a Av. da Liberdade, se destroem tudo, sem ouvirem ninguém, que esperarmos?
Sai uma fachada de vidro e betão (que as há lindas, mas não era para ali) e rendas altas e pronto.
Que m****! (pardon my french, mas uma pessoa revolta-se a sério!)
Agora..., ser ideia socialista ou de outra tendência qualquer é que não é por aí; Lisboa (e o Porto e tantas outras cidades desta nação) estão em crise há muito e não tem a ver tanto com políticas mas com a falta de ética, civismo/urbanidade e respeito de quem resolve (supostamente) estas questões.
O povo, em si mesmo, também está pouco educado, negligenciando as zonas que habita, sujando, estragando, não impondo nada a quem os governa, seja pelo voto, seja pela "luta".
As pessoas resmungaram? Fotografaram? Tirando vocês, quem mais fez algo? Protestos na Câmara? Ah, vai lá o Darth Vader não tarda, já sei...
 
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De Nuno Castelo-Branco a 07.08.2011 às 15:35

O Paulo Ferrero deve estar pior que estragado. Oxalá envie um mail à Dª Roseta, sempre tão caladinha...
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De João Campos a 07.08.2011 às 20:11

Agora faz-se um marramacho tão ou mais feio que aquele que está plantado do outro lado da avenida, e pronto. Fica a praça mais uniforme na sua fealdade. 


Esta gente só à bengalada. 
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De João Pedro a 07.08.2011 às 23:28

Não acredito! Demoliram-nos mesmo? Esta gente estará doida? Parece que não aprenderam nada com a demolição (ilegal) do Monumental.
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De Mário Matos a 08.08.2011 às 00:59


E porque será que fazem isto em Agosto e ainda por cima a um domingo?? Para ver se passa mais despercebido?
 Também no Principe Real e junto ao Jardim de S. Pedro de Alcântara estavam atarefadissimos a fazer grandes obras em edifícios históricos que aí existem, neste mesmo fim-de-semana. Não existe maneira de parar com este morticínio de tudo quanto é memória histórica de uma cidade e de um povo?
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De Pedro a 08.08.2011 às 19:14

Quanto a pará-los...




Um dia, nos Estados Unidos, mataram um médico que fazia abortos (legalmente).


A partir desse dia, milhares de médicos que faziam abortos pelos Estados Unidos fora passaram a não fazer abortos.


Ás vezes é preciso matar alguém para os vigaristas que ficam vivos passem a ter medo que lhes aconteça o mesmo.

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