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Ilhas Britânicas

por Nuno Castelo-Branco, em 09.08.11

Ainda há poucos dias, vertiam-se bidões de tinta a propósito do ataque terrorista na Noruega. Ansiosamente tentaram encontrar explicações que fugissem ao óbvio, aliás perfeitamente apontado pelo autor dos atentados e o assunto foi deaparecendo aos poucos, dados os embaraços evidenciados por informações que já não podem ser ocultadas. Sempre é preferível evitar melindres em certas franjas, arranjado-se uma desculpa que invariavelmente aponta para o cubículo almofadado de qualquer manicómio. Prático, mas ineficaz.

 

Desde há muito nos habituámos às escaramuças e depredações nas ruas franceseas, mas agora, o caso é outro. O que está a suceder no Reino Unido, não se trata de um aviso para uma situação futura. Ela já tinha começado há anos - recordam-se dos episódios de Finnsbury Park e da pregação da odiosa "guerra santa"? -, é bem presente e não parece ter solução possível. O remédio existe, mas vai contra todos os pressupostos políticos das forças dominantes, por muito que nos últimos anos os tenham tentatdo matizar com medidas avulsas. Não existindo qualquer possibilidade para a partida de gente que há muito se encontra radicada no solo europeu, urge enviar um claro sinal ao resto do mundo: esta Europa em decrepitude acelerada, não pode, nem quer receber mais gente. A Europa no seu todo heteróclito, pretende bem tratar os seus - onde se incluem aqueles que para cá vieram - mas para isso, terá de ser europeia em tudo aquilo que o termo significa. Esse sinal de firmeza será entendido e então, talvez o respeito e a normal convivência poderão regressar. Se sobre uma crise económica e financeira, desabar a anarquia nas ruas e a dilaceração da política, temos o quadro completo para uma alteração radical daquilo que julgávamos eterno.  No caso de não existir uma resposta firme, o sistema liberal poderá pagar um preço bem caro. 

 

Urge tomarem-se medidas contra o banditismo, mas a pergunta a colocar é apenas uma: onde estão os homens para tal?

publicado às 12:43


3 comentários

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De Carlos Velasco a 09.08.2011 às 19:31

Caro Nuno,

Agora quero saber o que dirão os f...p dos socialistas e os seus capachos liberais quanto ao discurso de Enoch Powell. Eles sabiam muito bem o que estavam a fazer e queriam isso mesmo para implantar o totalitarismo. O que temos agora? Câmaras em todas as ruas e até dentro de casas privadas, barreiras policiais nos pontos de passagem obrigatória, dispositivos de identificação electrónicos cada vez mais sofisticados, polícia secreta omnipresente e a desculpa perfeita para tudo isso: o inimigo importado por eles próprios aqui, entre nós.
Dá um jeitão, tal e qual os terroristas "chechenos" que volta e meia explodem um edifício na Rússia e assim justificam as políticas repressivas do Sr. Putin.  Peço para que não morra sem ver os socialistas, e eles estão em todos os partidos, inclusive os que eles dizem ser de direita, devidamente justiçados.

Um abraço.

 
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De areia_do_deserto a 10.08.2011 às 00:00

A questão que me inquieta, por vezes, é identificar os bandidos por classes, incluindo aqueles que escolhem a Cidade Luz para fugir ao caos instalado...é que há vários tipos de bandidos e os maiores nem estão nas ruas...nem para isso teriam coragem...
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De WZD a 10.08.2011 às 02:09

Por precaução, mesmo em zonas onde não ocorreram distúrbios, muito do comércio local já estava fechado por volta das 20 horas, quando habitualmente só fecham entre as 23 horas e a meia-noite...


Já agora, só para terem uma ideia da distribuição dos distúrbios:

http://www.guardian.co.uk/news/datablog/interactive/2011/aug/09/uk-riots-incident-map


Quero ver o que vai acontecer quando o "benefits money" se acabar, o que vai ser de tanta gente sem qualificações e pior, sem cultura de esforço e trabalho... O mais triste é que os pais desta juventude desocupada não foram educados assim... Infelizmente, não souberam educar os seus filhos e a escola e a sociedade também não ajudou, ao desautorizar professores ou as forças da autoridade. E depois falta o amor como cimento cívico que o Samuel de Paiva Pires falou, ou se preferirem, o amor à pátria ou patriotismo se preferirem, fundamental para colocar um travão a este estado de coisas como bem referiu Yuri Bezmenov na sua entrevista a G. Edward Griffin.

Incrível como em apenas duas ou três gerações a Europa mudou de tal ordem que se não estamos a repetir o fim do Império Romano do Ocidente, andamos lá perto... Por esta andar ainda vamos ler  daqui a uns anos comparações  bem coxas entre Flavius Aetius e Otão de Habsburgo, com as devidas salvaguardas.

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