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Ainda há poucos dias, vertiam-se bidões de tinta a propósito do ataque terrorista na Noruega. Ansiosamente tentaram encontrar explicações que fugissem ao óbvio, aliás perfeitamente apontado pelo autor dos atentados e o assunto foi deaparecendo aos poucos, dados os embaraços evidenciados por informações que já não podem ser ocultadas. Sempre é preferível evitar melindres em certas franjas, arranjado-se uma desculpa que invariavelmente aponta para o cubículo almofadado de qualquer manicómio. Prático, mas ineficaz.
Desde há muito nos habituámos às escaramuças e depredações nas ruas franceseas, mas agora, o caso é outro. O que está a suceder no Reino Unido, não se trata de um aviso para uma situação futura. Ela já tinha começado há anos - recordam-se dos episódios de Finnsbury Park e da pregação da odiosa "guerra santa"? -, é bem presente e não parece ter solução possível. O remédio existe, mas vai contra todos os pressupostos políticos das forças dominantes, por muito que nos últimos anos os tenham tentatdo matizar com medidas avulsas. Não existindo qualquer possibilidade para a partida de gente que há muito se encontra radicada no solo europeu, urge enviar um claro sinal ao resto do mundo: esta Europa em decrepitude acelerada, não pode, nem quer receber mais gente. A Europa no seu todo heteróclito, pretende bem tratar os seus - onde se incluem aqueles que para cá vieram - mas para isso, terá de ser europeia em tudo aquilo que o termo significa. Esse sinal de firmeza será entendido e então, talvez o respeito e a normal convivência poderão regressar. Se sobre uma crise económica e financeira, desabar a anarquia nas ruas e a dilaceração da política, temos o quadro completo para uma alteração radical daquilo que julgávamos eterno. No caso de não existir uma resposta firme, o sistema liberal poderá pagar um preço bem caro.
Urge tomarem-se medidas contra o banditismo, mas a pergunta a colocar é apenas uma: onde estão os homens para tal?