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Ainda há umas poucas semanas, aqui se chamava a atenção para o claro móbil das manobras que vão ocorrendo nos centros de decisão europeus. Derrotados em referendos nacionais ou pela pressão da opinião pública dos principais países do grupo, o informal directório pretende hoje contornar os contratempos através do recurso à chantagem proporcionada pela crise económica e financeira que grassa na U.E. No olho do furacão, a Sra. A. Merkel sugere a inevitável "perca"* de soberania dos países incumpridores das metas traçadas em Maastricht - onde já vai esse "Tratado"? -, não especificando quais as medidas a tomar pelos beneméritos que pretendam corrigir os eternamente zelosos infractores. Como se fosse ainda possível perder-se mais soberania sem que dela se prescinda pura e simplesmente?!
Num post que me causou algumas irritações e dissabores, advertia acerca da tentação pelo "federalismo" que mais não é, senão a total submissão ao projecto de fazer alastrar a Mitteleuropa até às margens do Atlântico, Mediterrâneo e Ártico. Só não vê quem não quer, ou apenas quem pretenda garantir o excepcional regime de privilégios de que alguns têm beneficiado nas últimas décadas e em detrimento do país como um todo.
*É assim mesmo que os nosso senhores usam dizer: perca.