por Samuel de Paiva Pires, em 28.03.08
A ler este
post do Ricardo Arroja de onde destaco o seguinte:
Nos últimos anos, através da minha rubrica semanal no "Vida Económica" e em outros eventos nos quais participo, tenho defendido a necessidade de maior autonomia política e económica para as várias regiões que constituem Portugal. Não se trata de inventar a roda. Trata-se apenas de seguir a tendência do que por lá fora se faz e que na Europa dos 15 (antes do alargamento ao leste europeu) só não é seguido por nós e pela Grécia. Ou seja, adoptar um modelo de organização territorial que descentralize o poder. Quanto à forma, regionalismo ou federalismo, tanto faz. O que é preciso é descentralizar e colocar as regiões a competir umas com as outras. É a única via rumo ao progresso e desenvolvimento sustentado e harmonioso de Portugal. Funcionou em todo o lado, por isso, não há razão para crer que na nossa terra será diferente.Devo dizer que estou plenamente de acordo, até porque já por várias vezes tenho advogado uma organização pública e administrativa de índole federal (
aqui e
aqui), à boa maneira de Tocqueville, politizando franjas da população normalmente marginalizadas, cada vez mais distantes do Estado, a não ser pelo sentimento que têm de esmagamento por parte desse, dando a todos os cidadãos a responsabilidade de governar o país de forma sustentada e descentralizada, de baixo para cima, por oposição à portuguesa típica forma de governação de cima para baixo, que tanta asneira tem permitido por aí.