por Eduardo F., em 15.10.11
Via Carpe Diem, um excerto: Not considered a big oil state until recently, North Dakota went from the ninth-biggest producer in 2006 to fourth in 2009, where it currently stands. This boom is thanks to advances in drilling and hydraulic fracturing techniques and a rise in oil prices that made it more profitable for companies to tap into the vast reserves trapped in the Bakken and Three Forks shale formations.
Mais uma vez, os mercados, se os deixarem em paz, proporcionam-nos duas lições que nos permitem esgrimir argumentos contra os catastrofistas ignorantes e estatistas militantes:
1ª lição - Por maior desespero que isso cause aos neo-malthusianos, a mente humana, se não for aprisionada, continuará a proporcionar algo que é a "chave" da destruição desta subespécie de mitos catastrofistas: a teconologia evolui. O que era impossível ontem, é possível hoje. O que era caríssimo há dez anos, é hoje comum.
2ª lição - Os preços, se não forem manipulados pelos governos, estão permanentemente a dar sinais aos vários actores no mercado. Se o preço de um dado bem sobe de forma sustentada no tempo, tal será interpretado por empreendedores no mercado como uma oportunidade de retirar partido de preços de venda interessantes o que, por sua vez, tenderá a aumentar a oferta desse bem. A prazo, esse preço reduzir-se-á para valores "normais" e, porventura em combinação com a introdução de novas tecnologias, poderá mesmo acabar por atingir um preço mais baixo que o existente no início do "ciclo".
Simplificando um pouco, são estas duas razões combinadas que, caso após caso, confirmam e reconfirmam o grande
Julian Simon e infirmam sistematicamente activistas ignorantes.
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Nota: li no Expresso de hoje, publicação por sinal cada vez mais deprimentemente inútil, que Manuel Pinho e Vieira da Silva não deram andamento (supostamente pela aplicação do ignóbil
princípio da precaução...), durante anos, ao projecto de prospecção e exploração de gás natural por parte de operadores privados (e a suas expensas) ao largo da costa algarvia. O actual governo terá entretanto já dado luz verde ao projecto (estima-se que haja gás, comercialmente explorável, durante 10 anos) decorrendo a ultimação das minutas dos contratos. Isto é mais um dos milhares de episódios em que os governos "verdejantes" se outorgam o direito de distinguir entre projectos privados "maus" e projectos privados "bons". Raramente, nestes últimos, se tratam de projectos verdadeiramente privados - eles estão, quase sempre, contaminados de dinheiros públicos, de tráfico de influências, de troca de favores. Numa palavra: de corrupção. Entretanto estoira-se o dinheiro público em projectos economicamente irracionais e proíbem-se projectos exclusivamente de iniciativa privada (pela sua motivação económica e não política). Que corja!