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Não se percebe bem a grande satisfação por este tipo de negócios. O Estado assinou um contrato com espanhóis e alemães - estes andam sempre por perto -, prevendo explorar recursos energéticos no Algarve. Tudo seria bastante promissor, não fosse a declaração de que 9% (nove por cento) das receitas se destinarão ao Estado, a nós, ao país. Mais ainda, ficámos a saber que este número é cinquenta vezes superior àquele inicialmente previsto. Cinquenta vezes? Calcule-se então, o que anteriormente se atribuía a Portugal.
Claro que somos totalmente ignorantes na matéria, mas números são o que são e os 9% parecem uma ninharia. Sabe-se que a Galp anda entusiasmada com as jazidas brasileiras, mas não haveria quem por cá fosse encorajado a tomar uma iniciativa destas? É que para o Estado, os 30 milhões de investimento são uma autêntica bagatela, quase uma das rotineiras renovações da frota de limusinas. Tudo isto tresanda a exploração, mas daquele tipo de que outrora os europeus foram acusados no além-mar: colonialismo.
Ainda que a trintona "esquerda de negócios" portuguesa se preste a estas coisas, compreende-se. Mas, a direita? Alguém poderá explicar o que se passa?
Não haverá um Xá que nos valha? Esse assinaria o contrato, mas simultaneamente prepararia um decreto de nacionalização para daqui a uns anos.