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Um dia vou-me sentar à mesa a falar com a miúda que há meses troca olhares comigo na pastelaria onde tomo o café de manhã. Amanhã ainda não é o dia. Nem sei se ele virá, que o melhor é mantê-la na sua função simbólica de me colocar bem disposto logo pela manhã, sem que sequer troquemos uma palavra. Porque citando Kierkegaard, "Que a mulher seja capaz de falar, quero dizer verba facere, todos nós sabemos, e não precisamos de prova. Infelizmente, ela não goza de reflexão suficiente que a ponha ao abrigo da contradição que surge a curto prazo, digamos quando muito, ao fim de oito dias, pelo que o homem tem de intervir para lhe prestar auxílio lógico, para a restabelecer na ordem do pensamento, pelo que o homem tem de a contradizer. Acontece, pouco depois, que a confusão bate em cheio."