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Uma ideia para Portugal (I)

por Pedro Quartin Graça, em 13.11.11

Governar um País não é só saber fazer contas. É, sobretudo, encontrar um rumo, uma razão de ser da sua existência enquanto Pátria. Um rumo que possa unir os cidadãos à volta de uma ideia comum que os mobilize.

Portugal tem vivido desde há décadas nas mãos de tecnocratas, de pseudo especialistas de contas públicas, de contabilistas "travestidos" de políticos. O que tem sobrado em economia e finanças tem faltado em Política, na arte de saber governar, fazendo escolhas. Tem sido este o maior problema do nosso País: a incapacidade de quem nos governa saber para onde quer ir. E se quem nos governa não o sabe, o País ressente-se da ausência de soluções e fica entregue àqueles que apenas conhecem o dia a dia do "deve e haver".

Tem sido assim Portugal. Um País perdido na ausência de propostas, na incapacidade de decisão, na total inexistência de uma ideia para o seu futuro.

A crise em que actualmente vivemos (alguma vez saímos dela desde os tempos idos da Revolução de Abril?) é a derradeira janela de oportunidade. De traçar metas. De visualizar soluções. De fazer escolhas. De saber quem são os nossos amigos. De cimentar alianças. De procurar uma luz para o nosso futuro enquanto Pátria. É tarde, é na verdade muito tarde, vamos ainda vamos a tempo. (continua)

publicado às 09:44


12 comentários

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De MMSequeira a 13.11.2011 às 10:28

Qual ideia comum, qual pátria, qual quê! Não tem de haver qualquer ideia de futuro para Portugal, muito menos vinda de políticos. Os portugueses, individualmente, é que têm de ser livres para definirem o seu próprio futuro. Esse discurso de pátrias, desígnios nacionais, líderes, etc., cheira a Salazar que tresanda.
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De Pedro Quartin Graça a 13.11.2011 às 10:35

É a sua opinião, que respeito mas da qual discordo evidentemente. Não há caminho comum sem lideranças fortes. E, essas, não podem provir exclusivamente de contributos individuais, porue sem força política para se imporem, mas sim da aliança desses contributos com fortes lideranças políticas que deles precisam evidentemente. Quem não o percebe mais vale desde já desistir.
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De MMSequeira a 13.11.2011 às 11:35

De forma alguma. Jamais desistirei de denunciar nacionalismos. Estas ideias são profundamente erradas e extremamente perigosas, mas infelizmente não deixam nunca de surgir em momentos de crise. Ao ler o seu texto, ouço a típica opinião do taxista com verborreia: "um Salazar é que punha isto na ordem!"
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De Pedro Quartin Graça a 13.11.2011 às 11:43

Espanto-me como me pode imputar esse tipo de ideias. Revela, evidentemente, desconhecer por completo o meu percurso político e o princípios e valores pelos quais me bato. Se assim não fosse não o afirmava. E olhe que estas ideias não são de agora...
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De Pedro Quartin Graça a 13.11.2011 às 11:53

A proximidade física do ponto de vista laboral do colega não parece, na realidade, ter-lhe sido útil do ponto de vista da compreensão do que temos vindo a defender...
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De Pedro Quartin Graça a 13.11.2011 às 12:03

Refiro-me à sua longa permanência no ISCTE-IUL, até há pouco tempo atrás, creio, casa que ambos partilhámos.
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De MMSequeira a 13.11.2011 às 12:18

Obrigado pelo esclarecimento, embora não perceba a relevância para o caso de termos passado ambos pelo ISCTE-IUL.

Também esclareço que o meu comentário se refere apenas a este texto. Não sei quão bem ou quão mal ele reflecte aquilo que tem vindo a defender em geral. É possível que pouco.
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De Pedro Quartin Graça a 13.11.2011 às 12:21

Agradeço e destaco a justiça nas suas palavras contidas no último parágrafo. cumps,
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De Ricardo a 13.11.2011 às 10:32

Muito bem escrito, principalmente com relação ao significado de pátria. Há que o povo português tome as rédeas e se encontrar. Tenho certeza que vai acontecer. Gostei muito!
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De Pedro Quartin Graça a 13.11.2011 às 10:37

Muito obrigado. Não escrevo para agradar a todos nem por pensar que todos concordarão comigo. Mas fico-lhe agradecido pelo seu comentário e apoio.
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De vasco g oliveira costa a 02.02.2012 às 17:26

As grandes mudanças devem começar por coisas simples e acessíveis para utilizar. Convocar todos os portugueses ao redor de uma ideia é, para mim, o fundamental. Para se aderir é necessário acreditar no que se vai fazer, acreditar que o fará em quem nós delegamos porque confiamos no saber, na vontade e na sua transparência.
Actualmente os portugueses não acreditam e consideram que as medidas que se tomam não são isentas, nem úteis. Há que se moralizar demonstrando que se está atacando o compadrio e desfazendo os imensos nós da teia já tecida. Quando altos dirigentes da Nação nos dizem em público que o problema Nacional, são os altos interesses instalados. oficializam a descrença. Temos o País que merecemos! Porque ele deverá ser feito pela nossa vontade e querer e, com a verificação que se pode falar que nada muda, torna-nos apáticos e abúlicos. Portugal tem de despertar e temos de ver as acções escandalosas e perniciosas, publicamente denunciadas e, mais importante, responsabilizadas a quem as praticou. Ou isto ou vamos aguardar que os pastéis de nata nos salvem no concerto das grandes economias!!!
Com consideração por todos Vasco

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