Em Mirandela, D. Duarte de Bragança .apontou a urgência de uma maior proximidade entre a Assembleia da República e o Poder Local, possibilitando, assim, que pequenas comunidades administrem " os interesses que lhes são específicos através de órgãos representativos da vontade dos seus membros e próximos das populações ", o que vem ao encontro do pensamento de um grande Rei que marcou o nosso século XIX: " Em 1859, eram adoptados os círculos uninonimais (..,) Que teria passado pela cabeça de Fontes, um centralista notório, para patrocinar uma lei que retirava poder ao Executivo? A resposta só pode ser uma: a de que se vergara à vontade do rei. De facto, desde há muito que D. Pedro V se vinha a queixar da forma como decorriam as eleições em Portugal(...); detestava a centralização do sistema. As suas ideias eram claras: « A centralização, se reduz a acção do teatro político à capital, se separa a vida das classes governantes da vida do povo e o força a viver desafiando a lei, é, na sua própria natureza um sistema constitucional incapaz de funcionar » ( Maria Filomena Mónica )