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Ah e tal o governo fez 3 nomeações por dia desde que tomou posse e os Ministérios da Agricultura e da Economia nomearam 91 e 86 novos funcionários respectivamente.
Claramente que lido assim soa mal - que horror o novo governo anda a impingir-nos medidas e mais medidas de austeridade e depois anda a contratar 3 funcionários por dia - é o desplante.
Pequeno pormenor, regra geral as notícias têm mais que um simples soundbyte, além deste, existe, regra geral o corpo da notícia, ou seja a explicação e o real conteúdo da notícia, e para que os leitores estejam devidamente informados é necessário ler este mesmo corpo da notícia e porquê? Para não se indignarem e refilarem sobre o que não sabem.
Pegando novamente na questão anterior, na minha perspectiva e só para dar uma visão correcta da realidade, acho importante referir que estes dois Ministérios, são os Ministérios que actualmente agregam, no primeiro caso, o anteriores ministérios da Agricultura com o do Ambiente e, no segundo, os antigos Ministérios da Economia, das Obras Públicas e do Trabalho.
E que ainda assim os gabinetes de Assunção Cristas e Álvaro Santos Pereira conseguiram reduzir o seu pessoal em 118 pessoas, poupando 300 mil euros por mês em salários em relação ao anterior governo, o que representa menos quatro milhões de euros por ano gastos em salários nestes gabinetes.
Noutros Ministérios, como é o caso da Defesa, Administração Interna, Assuntos Parlamentares, Economia, Agricultura, Saúde, Educação, Cultura e, também, na Secretaria de Estado do Adjunto do Primeiro-Ministro, foram reduzidos 274 postos de trabalho, o que representa menos cerca de 740 mil euros por mês - que no final do ano diminui "a conta" em cerca de 10 milhões de euros em salários.
Bem, que escândalo de nomeações, realmente, não sei como tiveram a ousadia de diminuir os gastos de salários em 10 milhões.
Não sei se o mais tudo giro de isto é constatar que as pessoas não leêm as notícias ou verificar que o PS - que enfim, é o PS - acusa o governo de criar lugares para os boys.
A sério tem a sua piada, é giro, dá vontade de rir. É a política, estúpida.