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Não deixa de ser curiosa esta recente onda de indignação. Só me questiono de onde virá e quem andará a informar aparentemente tão bem os jornalistas. Infelizmente continuamos a ter uma sociedade com franjas de intolerância e fanatismo. Talvez seja um pouco o que Scruton denomina de ressentimento transferido (As Vantagens do Pessimismo), o que serve mais para expiar os pecados próprios de certos acusadores, sempre prontos a encontrar bodes expiatórios para explicar o que não percebem ou desconhecem. E já Popper explicou bem porque certas mentes são muito propensas às teorias da conspiração ("Towards a Rational Theory of Tradition", in Conjectures and Refutations).
Entretanto, a não perder este post de José António Barreiros (via João Gonçalves) e os posts do Prof. José Adelino Maltez no Facebook, precisamente no combate ao fanatismo e intolerância. Mais do que nunca, importa relembrar Fernando Pessoa: "o primeiro erro dos antimaçons consiste em tentar definir o espírito maçónico em geral pelas afirmações de maçons particulares, escolhidas ordinariamente com muita má-fé" (1935). O segundo erro "em não querer ver que a Maçonaria, unida espiritualmente, está materialmente dividida."