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Soube-se hoje pelos media, que divulgam dados do BCE, que desapareceram 2.323 bancos desde a criação do Euro. Assim, o número de bancos na zona euro recuou 4% em 2011, face ao ano anterior, informa o Banco Central Europeu (BCE).
A zona euro contava com 7.533 bancos no dia 1 de Janeiro deste ano, 332 instituições menos que no mesmo dia de 2011, um decréscimo que foi observado em toda a região, de acordo com estatísticas publicadas hoje.
O recuo mais forte em percentagem foi observado na Irlanda (15%), seguido de uma redução de 8% no Luxemburgo, 6% em Chipre, e ainda 5% em França e na Grécia.
Em número de instituições, a Irlanda lidera também, com 106 sociedades financeiras extintas, seguida da França 59), Luxemburgo (48) e Alemanha (43).
O BCE constata que, apesar do alargamento da zona euro desde a sua criação em 1999, o número de instituições financeiras não parou de diminuir, alcançando já os 24% num total de 2.323 bancos desaparecidos.
Em 1 de Janeiro de 2012, a Alemanha e a França albergavam 41% dos estabelecimentos bancários da zona euro. A União Europeia, no seu conjunto, perdeu 334 sociedades financeiras em 2011, sendo que 9.587 bancos continuam altivos na UE.
No meio disto tudo, e sendo Portugal um dos 2 países financeiramente mais afectados da Zona Euro, conjuntamente com a Grécia, natural seria que vários fossem os bancos portugueses que também desaparecessem. Tal não sucede contudo. Por cá os Governos preferiram apoiá-los do que deixar a sua sorte nas mãos do mercado. É a tal teoria dos riscos endémicos defendida por uns quantos para justificar o que não tem justificação. Com o argumento, velho conhecido, de que a banca portuguesa é segura.
O problema é que quem paga esta "segurança", estes "luxos" que, de práticas neo-liberais nada têm, é o Zé Povo! Não é Dr. Mira Amaral?