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Crony capitalism

por Eduardo F., em 24.01.12
Em entrevista conduzida por Bill Moyers, David Stockman, ex-director do Orçamento no primeiro mandato de Ronald Reagan (*), discorre sobre a estreita ligação existente entre Wall Street e a Casa Branca. O tema é o crony capitalism, expressão directamente intraduzível mas que veicula a existência de um estreito conúbio entre Big Government e Big Business (a banca em particular) e os (in)evitáveis bailouts através dos quais são socializados, com o beneplácito dos governos, os prejuízos dos desmandos cometidos. Curioso Mussolini ter afirmado: "Fascism should more appropriately be called Corporatism because it is a merger of state and corporate power".

 

 

(*) - Stockman viria a distanciar-se de Reagan, tendo publicado The Triumph of Politics: Why the Reagan Revolution Failed onde explica o porquê desse distanciamento. Quase trinta anos depois, Stockman prepara o lançamento de um novo livro cujo pré-anunciado título é precisamente "OTriunfo do Crony Capitalism".

publicado às 19:09


1 comentário

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De Nuno Oliveira a 25.01.2012 às 02:28

A tradução mais próxima seria "capitalismo dos amiguinhos". Ou seja, Fascismo.Há algumas afirmações nesta entrevista totalmente incorrectas. Uma delas é sem dúvida a de que a democracia e o capitalismo não podem co-existir. Nada pode ser mais falso. Outra é que o capitalismo, o verdadeiro capitalismo sem intervenção governamental, existiu nos EUA após a instituição da Reserva Federal Americana. O fascismo é uma realidade antiga, apenas se tornou mais evidente nas últimas duas décadas. Uma realidade que sempre existiu na Europa mais discreta. Só porque não há censura óbvia não quer dizer que sejamos livres. Cada vez mais temos mais limitações à liberdade individual. É ingénuo pensar que esta situação é um problema americano. Os grandes banqueiros não têm qualquer limitação patriótica, o dinheiro circula pelo mundo há séculos. Já D. Afonso Henriques mandou ouro ao Papa para que este lhe desse autorização para constituir este país. Que nunca foi soberano. Sempre ajoelhou, assim como todos os outros, perante o Vaticano. Provam-no, também, os tratados de divisão do mundo com os espanhóis. Todo o sistema financeiro usa um sistema de alavancagem para os seus investimentos, algo que se nós, cidadãos "normais", quiséssemos utilizar, nos levaria directamente para a prisão sem passar pela casa da partida. Um dos factos mais interessantes que li há algum tempo foi que os congressistas e senadores americanos estavam isentos da lei que proíbe o "inside trading". Se se abre a excepção para os que produzem a legislação será de admirar que haja conluio entre as grandes corporações e os políticos? Será de admirar que qualquer pé rapado que seja eleito para o congresso assine de letra todas as leis que beneficiam os grandes lobbies, terminando a sua estada política milionários? Será de admirar que o "homem mais poderoso da Terra" seja de facto uma marioneta? Será de admirar que os mainstream media sejam detidos pelas grandes corporações? Será de admirar que a comunicação social seja de facto dependente? Os americanos são mais espalhafatosos mas há que ter atenção à União Europeia. É que esta já está bem mais avançada que os EUA no corporativismo, vulgo fascismo ou nacional socialismo. Mas eles são 1% e nós somos 99%...

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