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Esta a frase, retirada d'«A Relíquia», que inspirou Teixeira Lopes na concepção da estátua sita no Largo do Quintela, em Lisboa.
Aquando da inauguração do monumento, oferecido à cidade pelos amigos e admiradores de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, tomou da palavra para dizer: " Não é um retrato literário do insigne escritor que me proponho traçar- o meu fim é unicamente fazer notar a Lisboa que Eça é, como romancista, o mais fundamental e genuinamente lisboeta de todos os escritores nacionais(...).
Lisboa foi o seu laboratório de arte, o seu material de estudo, a sua preocupação de crítico, o seu mundo de escritor(...)e, a pouco e pouco, se tornou ele próprio enraizadamente lisboeta. Os seus contos e as suas novelas são o espelho desse consórcio do seu espírito com o espírito da vida lisbonense(...). E nesse vasto cenário toda uma densa população pulula, ama, pensa, estuda, combate, intriga, devora ou boceja...; contemplando o enigmático vulto de mulher olímpica, agora aqui colocado, junto do vulto do meu saudoso amigo, eu concluo perguntando-me se essa gloriosa figura, em vez de personificar uma pura e etérea abstracção estética, não é antes a estátua mesma de Lisboa".

publicado às 11:42


9 comentários

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De O Réprobo a 23.05.2008 às 15:39

Pena que o vandalismo cortador de braços tenha obrigado à sucstituição por réplica de bronze. E não é de agora, já António Arroyo se queixava do mesmo, relativamente a esta escultura, em 1919!

Interessante foi a reacção de um velho criado da família da Mulher de Eça. Levado a ver a estátua, o idoso Sr. Manuel exclamou: "Lá o Patrão, está bem! Agora nunca pensei que a Sr.ª D. Emília se prestasse a estas coisas...".
Beijo, Querida Cristina
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De Nuno Castelo-Branco a 23.05.2008 às 16:29

ehehehe, Réprobo, é a voz da sabedoria, se calhar a Dª Emília prestava-se bem, mas em privado (passe a brejeirice).
Já agora e o que dizer daquele conhecido militar americano que ao passar diante do Coliseu em 1944, comentou..."Uau, nunca pensei que os nossos bombardeamentos tivessem causado tantos estragos"... ?!
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De cristina ribeiro a 23.05.2008 às 17:22

Bem apanhado, Paulo :)


Pois então não havia de prestar, Nuno? :)

Beijos
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De José M. Barbosa a 23.05.2008 às 19:38

Texto de Ramalho mto bem escolhido.
A obra de Teixeira Lopes é de facto belíssima.
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De cristina ribeiro a 23.05.2008 às 20:14

José, ainda há bocado me dizia o Nuno que é a estátua de que mais gosta em Lisboa; não conhecendo tão bem a cidade, acho que o escultor foi muitíssimo feliz nesta criação.
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De Júlia Moura Lopes a 23.05.2008 às 22:14

há tempos, andei feita louco a procurar esta estátua na web e não encontrei!!.
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De cristina ribeiro a 23.05.2008 às 22:17

Tirei-a de um livro, Júlia.
Muito bonita...
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De Nuno Castelo-Branco a 24.05.2008 às 09:35

É a melhor estátua de Lisboa, a seguir à do Terreiro do Paço que bem merecia ser restaurada e dourada como originalmente.
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De antonio brito a 07.03.2017 às 09:57

guiado por Saramago que reescreve a  frase, "sobre o diáfano mundo da fantasia a nua ralidade", uma profunda reflexão sobre o papel da escrita como construção e representação mais profunda da realidade, fui visitar a estátua na rua do Alecrim. Foi com tristeza que observei o abandono dos lisboetas de hoje para quem " criou " a Lisboa de ontem. Para ler o dístico, tive que eliminar as ervas e catar as latas de cerveja ali jogadas. Desejo voltar com pás para ali plantar uma flor. Quem teria tempo para me acompanhar no  meio dos carros que sobem?

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