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"As forças armadas perderam prestígio quando os militares passaram a ter vergonha da farda. Há razões para a vergonha. O nosso exército já mal sabe marchar - aquela ordem unida é uma vergonha - e quando abre a boca é para emular a Intersindical. Assim não dá !
As Forças Armadas são o garante da nação, cabendo-lhes defender por todos os meios as fronteiras, a honra, a unidade e o futuro do país. São a última reserva de tudo, não devem servir políticos, regimes, partidos, pois estão acima do acidental e representam o permanente. É isso que se lhes pede."
Cinco de Outubro de 1910: ficaram em casa. Móbil? Dinheiro, desinteresse pelas juras à Bandeira Nacional, à Consttituição e ao seu Comandante-em-Chefe. O descrédito total.
Vinte e oito de Maio de 1926: saíram à rua. Móbil? Fome, violência nas ruas, o país ameaçado de tutela externa e perigo de alienação do império colonial.
Vinte e cinco de Abril de 1974: saíram à rua. Móbil? Dinheiro, promoções. As lendas e narrativas acerca da liberdade, foram o argumento que escondeu a realidade.
2012: ?
* Não podemos ignorar os sucessivos cortes na dotação das F.A., quando estas servem de respaldo às políticas dos sucessivos governos que pretendem protagonismo extra-fronteiras. Compreendemos as reivindicações, mas o que se torna surpreendente, é este eterno condescender com o imparável aviltar da posição de Portugal no mundo, o achincalhar assumido da História de Portugal ministrada pelo poder civil nas escolas, o rebaixar da integridade do país no quadro da pretensa U.E., o não protesto perante as constantes e ininterruptas perdas da soberania. A isto as F.A. não reagem de forma perceptível e a redução da sua intervenção política a questões relacionadas com dinheiro e regalias, abre o caminho ao descrédito. Não existem umas F.A. capazes dos sobressaltos patrióticos que garantam a perenidade deste Estado-Nação. Cremos mesmo que uma tomada de posição visível nas ruas tal como ocorreu em algumas das datas acima mencionadas, colocaria a população numa posição de total desconfiança quanto aos propósitos dos militares. Em suma, as F.A. não podem reduzir-se a uma sucursal da Intersindical.