Em socorro de uma municipalista assumida, o escritor vimaranense António- Lino.

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Em socorro de uma municipalista assumida, o escritor vimaranense António- Lino.

por Cristina Ribeiro, em 17.02.12

‎" O pregão anunciado pelo sino da Câmara convidava o povo para aí exercer o seu direito de votar, de fiscalizar, de assistir à inspecção do Corregedor, eleger os doze Mesteres, escolher os membros dos seus Grémios, os seus Vereadores, os Procuradores às Cortes, o Governo da terra (...) . No Concelho, a casa de audiências, e o pelourinho, emblema da AUTONOMIA LOCAL, com a igreja são o centro social "
.Assim escreve este membro da Sociedade Martins Sarmento ( António-Lino ), indo ao encontro do que antes patrocinara Alexandre Herculano, o qual defendeu acesamente o municipalismo, que via como a solução político-administrativa mais adequada ao país e aos seus ideais: « A descentralização é a condição impreterível da administração do país pelo país (...), ...a redução dos grandes círculos a círculos de eleição singular, que um dia possam servir à restauração da vida municipal, da expressão verdadeira da vida pública do país, e de garantia da descentralização administrativa, como a descentralização administrativa é a garantia da liberdade real."

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publicado às 21:36

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6 comentários

De Carlos Velasco a 17.02.2012 às 23:00

Cara Cristina,

Por ironia, os piores inimigos do municipalismo são os herdeiros daqueles que há séculos fazem revoluções em nome da liberdade.

Um abraço.

De Zephyrus a 18.02.2012 às 01:45

Cara Cristina, gosto muito do que escreve mas neste tema não concordo consigo. O que temos visto nas úlltimas décadas não abona nada a favor do poder local. Muitas autarquias são pocilgas onde proliferam a cunha, o tráfico de influências e um desperdício de recursos públicos imoral. Não há Ordenamento, preservação do património material e ambiental e intervenção social com qualidade. As populações, lamentavelmente, elegem quem aprova mais cimento, quem organiza mais concertos pimba ou quem distribui mais dinheiro.

De Artur de Oliveira a 18.02.2012 às 06:05

Isso deve-se ao controlo dos partidos de Lisboa que corrompem e formatam as autarquias...

De Carlos Velasco a 18.02.2012 às 11:17

A crítica do Zephyrus é interessante pois permite analisar o porquê das coisas serem como são hoje, dentro do regime centralista. O nó górdio é a questão da tributação. Hoje ela é feita pelo governo central, que depois distribui os recursos pelos municípios. Isso faz com que as populações, que pagarão sempre os mesmos tributos, tenham a tendência a eleger os autarcas que tragam mais recursos do poder central para gastar na sua terrinha, o que acaba por gerar um ciclio vicioso onde todos perdem. Se fossem os municípios que arrecadassem e depois enviassem um percentual disso para Lisboa, as pessoas sentiriam directamente no bolso os efeitos do esbanjamento.

De VH a 18.02.2012 às 12:44

Precisamente.

De J. L. a 18.02.2012 às 14:05

Não percebo o título. O escritor António-Lino é de que sexo? Quem é a municipalista assumida???

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