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Por cá, sabemos como a coisa funciona e se paga. Na austera Alemanha, os passivos presidenciais não se ficam por menos, senão vejamos:
O recentemente corrido Sr. Christian Wulff, receberá uma pensão vitalícia de 199,000 € anuais, embora apenas tenha estado menos de dois anos no desempenho do árduo cargo de ignoto corta-fitas berlinense. Pelo seu lado a sortuda esposa, catorze anos mais nova que o deposto negociante de águas turvas, em caso de morte do cônjuge ficará também a título vitalício com a pensão completa do dito cujo. Sendo já seis os presidentes passivos em bem activo regabofe comensal - juntando-se a estes uma Lustige Witwe como receptora activa -, os alemães ainda desembolsam fundos para um gabinete com o respectivo staff de assessores, além de uma limusina com chauffeur. Fazem tal qual como em Portugal, há assim que desculpá-los. Longe vão os tempos em que o Kaiser tinha de permanecer no seu posto até ao momento de partir para outro mundo, não havendo lugar a reformas e fare-niente logo aos cinquenta e dois anos.
Por cá estamos na mesma, nem sequer as somas serão assim tão diversas, apesar de Portugal ser infinitamente menos rico e produtivo em comparação com a Alemanha. Ficamos contudo em vantagem, porque por agora apenas temos Cavaco Silva em imaginada actividade, enquanto outros três antecessores vão mais ou menos hibernando, bem provavelmente "à alemã".