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Ou ainda, como escreve o Professor José Adelino Maltez no Facebook, «O modelo político que as forças vivas geraram chama-se aliança da esquerda moderna com a direita dos interesses, entre a subsidiocracia e a empregomania», aqui fica parte de um excelente editorial de Helena Garrido:
«Desde que o país se começou a liberalizar, na segunda metade dos anos 80 do século XX, a teoria prevalecente foi, em parte, semelhante à do Estado Novo. É preciso dar margens elevadas às elites para que acumulem o capital e o saber que fará Portugal prosperar por contágio a todo o resto da economia. Assim se disse. Passou quase um quarto de século e o que boa parte das elites acumularam foram dívidas, que as conduziram – e nos conduziram – ao precipício da falência. Onde não vão cair porque obviamente são a nossa elite, porque são demasiado grandes e demasiado agarrados uns aos outros para falirem, porque a sua queda seria a nossa miséria.
Não foi sempre assim e sempre assim será? Talvez. Então, por favor, que se tenha o pudor de não invocar o mercado e o liberalismo ou, ainda, o génio da gestão. Se há culpas, se há responsabilidades, são das elites económicas e políticas. Que não querem apenas tudo. Praticam a política da terra queimada para todos os que não sejam eles. E nem sequer são capazes de criar valor para eles. Há países onde não é assim. Aqui, também podia não ser. Sinais de esperança? Poucos. »