Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
em granito, com portas e janelas verdes, com muitos quartos, porque era grande a prole.
Descendia de uma família de moleiros e padeiros, e quando casou com o avô, carpinteiro que trabalhava então no Teatro Circo de Braga, começaram a construi-la, e aí montaram uma padaria, onde a avó iria dar continuidade ao negócio familiar.
Alguns anos passados, e já com três filhos, o avô rumou ao Brasil, onde trabalhou numa fábrica de tabaco na Baía. Enquanto isso a avó, uma mulher cheia de garra, criou uma mercearia, onde, além do pão de trigo e das broas que cozia, vendia azeite, café e bacalhau. Era a Venda da avó, onde eu comi as primeiras bolachas Maria...
Na altura da II Guerra, quando os alimentos eram racionados, o meu avô, que entretanto regressara, e era " um Homem bom" nunca deixou que nenhum vizinho passasse fome, mesmo quando não tinha com que pagar: como dizia a avó, " tinha os seus protegidos".
A minha mãe e tios dizem o melhor possível desse avô, de quem não guardo lembrança, pois que morreu cedo.
A avó viveu ainda por muitos anos, sempre a trabalhar na Venda. Nos seus últimos tempos, já eram os próprios clientes que se serviam: "Srª Aninhas vou levar um litro de azeite; assento no livro e pago no próximo mês". Sentada num banco a avó acenava com a cabeça: "Está bem".
Quando, há tempos, fui em busca da minha Escola Primária, para a fotografar, passei pelo lugar onde estava a casa, mas agora estava lá outra, bem diferente; e pensei "ainda bem que o nosso amigo pintor a fixou naquela aguarela".
[Carta ao Gestor do meu Banco]
Caro Sr.
Dados os acontecimentos em curso no mercado financeiro, se um dos meus cheques não for aceite devido a "fundos insuficientes", isso refere-se a si ou a mim ?
Com os meus cumprimentos
a resposta de Lady-Bird a um comentário que fiz a um post seu,
e tiro o chapéu tanto ao post, como à referida resposta.
(uma adenda só: não é porque a não discriminação haja sido legislada, mas tão-somente o espírito cristão, que me faz assim pensar).
A rainha Sofia é talvez, o mais interessante e consistente elemento da família real espanhola. Desde o seu casamento com o então príncipe da Astúrias, João Carlos de Bourbon, exerceu determinante influência que beneficiaria o relacionamento com o regime franquista, ainda não totalmente rendido à necessidade ou inevitabilidade da instauração de uma nova monarquia no país. Eram públicas as profundas divergências entre o caudilho e o filho de Afonso XIII, D. João de Bourbon y Battenberg. A normalização do relacionamento com Franco, deu segurança à sucessão, evitando aquilo que ocorreria em Portugal, quando do fim do mandato de Salazar (1968).
Muitos apontam como bastante verídica, a sua decisiva intervenção durante o período de transição, quando as dificuldades eram óbvias. Os sectores do regime franquista eram adversos a uma abertura rápida e total e os poderes que o Chefe do Estado então detinha, foram usados para forçar a passagem para um regime constitucional, compatibilizando a Espanha com a Europa ocidental e solidificando o novo regime que conseguiu a prática unanimidade da opinião pública interna.
A rainha Sofia é considerada como uma conservadora de espírito bastante aberto e liberal. Sob o ponto de vista intelectual, é Incomparavelmente mais dotada que o rei seu marido e os interesses da soberana são diversificados, preenchendo a sua agenda com as naturais preocupações de índole social e também com uma importante intervenção no campo cultural, onde museus, academias e outras instituições beneficiam da sua especial atenção. Pode mesmo afirmar-se que desde a infanta Maria Isabel de Bragança - fundadora do Museu do Prado, inventariadora das colecções reais e rainha de Espanha pelo casamento com Fernando VII -, o país não contava com uma personalidade na cúpula do poder, tão interessada na preservação do património. A rainha Sofia é sem dúvida, a grande força orientadora da realeza espanhola e o seu papel tornou-se decisivo para o porvir da própria dinastia.
A esta mulher admirável, o E.S. presta uma homenagem no dia do seu septuagésimo aniversário.
iniciou-se uma nova dinastia- a dinastia Joanina ou de Avis.
Durante o seu longo reinado de 48 anos travou-se a batalha de Aljubarrota, conquistou-se Ceuta e descobriram-se os arquipélagos da Madeira e dos Açores. Portugal abriu-se ao mundo e conheceu uma nova época.
No dizer de Fernão Lopes, D. João I foi o mais excelente dos reis. Um monarca cheio de qualidades que soube ser justo e bondoso, que soube amar o seu povo e por ele ser amado, que soube cumprir as promessas feitas, e que deixou de si tão boa lembrança que ficou conhecido como " o rei de Boa Memória».
Hoje, uma sobrinha trouxe-me, muito satisfeita, este livro, que a mãe lhe comprara ontem no Museu Alberto Sampaio, dizendo que já ia a meio e que estava a gostar muito.
Tem sido exemplar o trabalho desenvolvido pelos colaboradores do Museu , de divulgação da nossa História, no caso concreto, pela Drª, Rosa Maria Saavedra.
Já no mês de Maio, assisti, com ela, a um Teatro de Marionetas, em que era contada a vida do grande Patrono daquela Casa, o que fora precedido por mais um livro sobre a mesma temática. E não ficarão por aqui, muitas que têm sido já as iniciativas destinadas a não deixar esquecer os nossos Grandes.
fotografias de cães, cavalos, pombos, esquilos e ouriços? ", pergunta a Margarida. E lembrei-me da colónia de esquilos que se propagou pelo monte do Sameiro: todos os dias, quando ia à janela, defronte da qual há um pinheiro, via um animalzinho desses a descascar uma pinha, para lhe tirar os pinhões.
Dizia-se que terá sido alguém que trouxe um casal, que depressa se multiplicou. Nunca consegui fotografá-los, porque assim que pressentiam a presença humana fugiam com as patas que tinham e com as que não tinham...
Como já não os vejo há tempos, quando li o comentário da Margarida, perguntei cá em casa se terão desaparecido; que não, que andam noutros lugares do monte, onde ainda há pinhões...
Pela primeira vez, procedi a uma operação de espionagem no sitemeter e procurei saber quem andava a ler este blog. Chegando a uma entrada (by location) alemã, de Hamburgo, logo pensei tratar-se de um português que ali vive e nos visita. Surpresa! O texto surge integralmente em alemão e fiquei assim a saber que existe um serviço de tradução imediata dos posts. Será que existe o mesmo para outras línguas? A minha ignorância nestas manigâncias internéticas é total. Por curiosidade, aqui vai o link.
que são já demasiados posts a falar de cães, mas este impunha-se, porque quando se noticia uma tempestade, em havendo bonança, há que dela dar conta.
Uns dias depois do envenamento do Gaudi, eis que nos apareceu à porta um cachorrinho, preto também, e logo adoptado pelos outros dois da mesma espécie,.
Banho tomado e alimentado, parece a sombra destes, demonstrando ainda um certo receio das pessoas, o que faz pensar num passado conturbado.
Dei-lhe o nome de Kinsky. Com um gato chamado Klaus, espero que seja um bom presságio para uma nova história de amizade.
aos meus caros colegas de blogue, para daqui agradecer ao Miguel a visão dessas flores do Sião...
Não ia com grandes expectativas, por isso talvez tenha gostado bastante do filme, dá uma visão equilibrada e mais terra a terra da personagem de George W. Bush, o que é admirável vindo de Oliver Stone, normalmente conotado com a esquerda norte-americana. Desconhecia a faceta da permanente tentativa de Bush de demonstrar o seu valor ao pai, numa relação um pouco conflituosa, tendo ainda uma certa competição, com o próprio irmão, pelo reconhecimento do pai. Pelo meio lá vai mandando umas gaffes, nada de muito exagerado, e fica no ar uma certa ideia suspeita em relação a Karl Rove (personagem bem estranha), Cheney e Rumsfeld, enquanto Powell é retratado como o herói americano e Condi por outro lado aparece como uma personagem secundária, como uma espécie de carpideira, parecendo que está sempre pronta a chorar. Não deixem de ver, se puderem.
Depois da homenagem de Pedro Vieira, aqui fica a devida homenagem a um dos ícones da cidade de Lisboa: