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decidisse mudar a Constituição para permitir que o povo se pronuncie sobre o tipo de chefia do Estado que quer "
Este um excerto da reportagem feita pelo «Açoriano Oriental » do Congresso Monárquico realizado há dias em Santarém, e de cuja realização tomei conhecimento no Dies Domini
.Mais se pode conhecer sobre a dinâmica das hostes presididas por Paulo Teixeira Pinto, clicando na imagem do referido jornal...
Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque
Portugal teria tido um Rei de escol, por certo...
A lição dada por aquele rei que morreu tão novo, por doença, não teria caído em saco roto. Mas este foi-nos roubado pela infâmia!
e da nossa soberania. (...) O território nacional, a terrra Patrum, a terra dos nossos maiores, é considerado - e muito bem -, elemento básico, fundamental, de soberania e de independência. Não se pode bem considerar soberano e independente o Estado e um Povo, sem base territorial.
Mas, por seu lado, a Língua Nacional, a língua pátria, não deve ter-se em menor conta que o território, como fulcro de unidade »
Quando o meu pai mo emprestou, disse-me que me iria prender como se de um bom romance se tratasse. E assim tem sido.
Dou comigo a pensar no que não daria para ter ao alcance de um botão, que se liga para nos dar entrada num mundo maravilhoso ou, pelo contrário, degradante, consoante as escolhas de programação, um programa televisivo como o que depois foi transcrito para o papel. Um programa que desfizesse as muitas dúvidas linguísticas - tantas!- que vão surgindo.
E, aquando do debate sobre o malfadado acordo ortográfico, vimos já que não é por míngua de bons linguistas...; é, tão só, por opção programática...
Adenda: não consegui referir nas etiquetas o conhecido choro feliz de Fernando Pessoa, a que alude em « A Minha Pátria É a Língua Portuguesa », quando leu pela primeira vez o Padre António Vieira.
Há quase cinquenta anos, um misterioso tiroteio em Dallas, tornou possível testemunhar quase em directo, o assassínio de um Chefe de Estado. Na ocasião, John Kennedy - uma das mais colossais fraudes mediáticas do passado século - foi abatido aos olhos de uma população chocada e incrédula. As imagens do acontecimento, são igualmente o testemunho da normal aflição de Jackie Bouvier Kennedy que desvairada, rasteja pela parte traseira da limusina presidencial. O pânico daquela mulher, a cabeça estilhaçada do presidente e a tragédia interiorizada por um povo inteiro, remete-nos para aquele outro dia, pouco mais de meio século antes, quando o landau preto, transportava a família real portuguesa. Os mesmos sons de tiroteio, as correrias apavoradas dos atónitos espectadores da matança, a coragem abnegada de cocheiros, polícias e de alguns populares. Mas neste caso, o que a memória colectiva registará para sempre, foi a atitude de uma rainha que erguendo-se na carruagem, não fugiu nem procurou proteger-se. Mais do que a própria vida, defendeu os seus e com a esta demonstração pública de abnegada coragem, honrou o trono e a sua pátria de eleição.
Duas mulheres de ascendência francesa. Duas opostas atitudes e uma certa maneira de exercício do dever. De uma, a senhora dos salões mundanos, registará a história o delírio da obsessão pela imagem, o fait-divers e a futilidade glamourosa de uma capa de revista. Da outra, a heroína do Terreiro do Paço, ficará para sempre, o testemunho de que provou estar preparada para o perfeito desempenho da esmagadora tarefa representativa que a vida lhe reservara. Em suma, duas formas de ver a França. A de ontem e a dos nossos dias.
*Post dedicado ao António Bastos, do Estado do Tempo