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Por referência aos U2 e à sua música One, fui dar com aquele hit da maravilhosa Shania Twain, You're Still the One, que aqui deixo na versão ao vivo, a solo, e na versão em dueto com Elton John. Mas o melhor mesmo é o que encontrei no site da própria Shania Twain. Depois do massacre de hoje da equipa das quinas à Suécia, que, mais uma vez, não resultou em qualquer golo, parece-me que a Bandeira Nacional bem precisa de uma remodelação, pelo menos para moralizar Carlos Queiroz e a restante selecção, e Shania Twain parece já ter uma proposta:
Entram directamente para a coluna da direita o Clube das Repúblicas Mortas, o novo blog de Henrique Raposo e Rui Ramos, e um blog da Sábado que reúne João Vacas, João Miranda, João Gonçalves e Rui Castro, o Blogue de Direita.
Terminei ontem a leitura de um pequeno livro da autoria de Ladislas Farago, "A Guerra Secreta, História da Espionagem na II Guerra Mundial", Edições 70 (história narrativa).
O livro narra factualmente alguns dos episódios mais marcantes do conflito, iniciando a narrativa com o golpe de mão propagandístico que levaria à criação do pretexto para o ataque do Reich à Polónia. Os meandros da conspiração, a preparação logística e a correlação de forças presentes na cúpula directiva do aparelho de Estado alemão, são o capítulo introdutório de uma obra que analisará as actividades desenvolvidas pelos serviços secretos do Eixo e dos Aliados, embora peque por apenas focar os assuntos mais conhecidos e pelo autor considerados relevantes. Assim sendo, Farago dá-nos uma visão global da excelência e deficiências dos organismos adstritos aos serviços secretos, especialmente aqueles pertencentes à Alemanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos, embora o organismo soviético seja sumariamente mencionado, sobretudo devido ao factor Sorge.
Da madrugada da "inventona" de Gleiwitz até ao desnecessariamente absurdo bombardeamento nuclear de Hiroxima e Nagasáqui, uma outra e por vezes desconhecida história da guerra.
E finalizando, a 5ª frase da página 161:
"A Grã-Bretanha parecia mais firme, mas esta estabilidade era enganadora".
E agora, como passatempo de fim de semana, atiro a batata quente para todos aqueles que conseguirem agarrá-la...
era para lá que fugia, numa tentativa de se desprender dos ruídos que sempre a ensurdeciam.
Um pequeno ribeiro atravessava os campos, e era junto dele, onde a água corria dolente mas devagar, que procurava a paz perdida. E o pequeno rafeiro, que encontrara havia algum tempo naquele mesmo local, coberto de chagas, e parecia entender que agora era a vez de lhe lamber as feridas,seguia-a, pronto a dar-lhe o " amor desinteressado " de que falam os poetas.
As andorinhas, que entretanto se lhes tinham juntado, como que traziam histórias para a distrair, e o certo é que acabavam todos quase em doce cavaqueira.
Escurecia já quando se dispôs a voltar, e se era verdade que o coração lhe doía ainda, também era certo que reencontrara alguma daquela p'az.
a seguir atentamente .
Dizia a Drª Fátima, sempre que nos encontrava, em Guimarães.
Vinte anos tinham passado desde que saíramos do Liceu, a maior parte de nós para rumar a Lisboa, Coimbra e Porto.
Surgiu a ideia de celebrarmos a data, juntando antigos colegas e professores, e coube a mim e a uma amiga convidarmos a Drª. Fátima, que tinha sido a nossa professora de Alemão; que contente ficou! A uma amiga que estava com ela acentuou o facto de antigos alunos a não terem esquecido, passados 20 anos...
No fim da festa convidou alguns de nós para irmos tomar chá a casa dela: que iríamos, claro! Mas sempre os afazeres de cada um foram adiando a visita, e quando a encontrávamos lembrava-nos a nossa falta...
Foi, pois, um choque muito grande, quando, há dias, a mesma amiga me disse que a Drª. Fátima tinha morrido.
é de uma edição anterior, mas foi este o primeiro livro que li da Condessa de Ségur, deu-mo o meu pai numa das primeiras visitas à Feira do Livro do Porto, numa altura em que à minha irmã coube « Os Desastres de Sofia»; lembro que não gostei mesmo nada da distribuição de títulos, mas lembro também que , quando li o livro, achei que tinha tido muita sorte.
Entretanto o livro desapareceu, e hoje tenho uma pena enorme.
Coisas do passado que ainda hoje me comovem, e que me fazem pensar que tenho a grande sorte de guardar muito da criança que fui...
madrugada ainda, alumiado o caminho pela candeia alimentada por petróleo, a tia avó Maria a caminho da igreja, longe que ela ficava.
A essa hora, já a irmã, minha avó, havia muito tratava de cozer o pão, a tempo de quem ia trabalhar o ter já pronto para, lá na Venda, acompanhar a aguardente mata-bicho com que cada um começava o dia.
De cada vez a tia Maria batia na janela da casa do forno, a dar os Bons Dias, e quando a irmã dizia ser ela tola, que àquela hora deveria estar em casa, que deveria estar a fazer companhia à mãe , respondia: vou rezar por vós, já que não podeis ir...
A prosa de Gonçalves Costa, publicada no jornal Humanidades, conotado com o partido do outro Costa, o Afonso. Pensem bem, leitoras do Estado Sentido. Esta gente que escrevia inanidades deste calibre, sabia que além de competentes regentes, Portugal beneficiara por duas vezes - Maria I e Maria II - do exercício da chefia do Estado por duas rainhas. Em 99 anos de república, jamais qualquer mulher esteve, mesmo remotamente, perto da presidência. Nós temos razão, quando peremptoriamente confirmamos o Estado Novo como a 2ª república. Este texto costista, serviu de molde à concepção da mulher como entidade doméstica, num plano de submissão reconhecido pela Lei da república.
A mulher, razão da existência de muitos homens, adorado símbolo da virtude e da pureza, objecto patético do ideal e do sonho, síntese, delicada da beleza nas suas modalidades mais emocionantes, a mulher estímulo de muitas actividades, causa suprema das mais divinas inspirações, única de mil tragédias, a mulher o perfume, a mulher o crime, vai hoje também cair sob o nosso inexorável bisturi. Percorrendo as páginas da sua história através os tempos, ela surge-nos aqui causa originária de um imenso rosário de tragédias e de crimes, alem manancial de amor e de inspiração, guindando as mais sublimes concepções poética, os mais fecundos génios. (…)Podemos ser cruel joeirando a poeira que lhe conspurca a personalidade, todavia como vêem o reverso da medalha patenteia-nos gestos que inspiram ao mesmo tempo piedade e simpatia. O que não podemos contestar é que ela tem apetites muito variegados e estômago para digerir com o mesmo custo frutos bons e frutos venenosos. (…)(…) A mulher de hoje, sobretudo aquela que vegeta nas cidades onde há cheiros de civilização, não é a mulher como devia ser, nem tão pouco parece aproximar-se da devida meta, é uma mulher manequim, chapa aonde os holofotes das. casas de modas de Paris e de Londres projectam as linhas caprichosas dos seus figurinos complicados. E’ uma mulher falsificada, pretensiosa, entalada em rígidas lâminas de aço, e aumentando sensivelmente o seu peso real com alguns quilos de algodão que lhes retocam as deficiências do físico.
"
(…) Muito se tem escrito acerca da educação da mulher, criticando as suas aberrações, traçando de varias formas qual deveria ser o seu trajecto na vida social. Uns querem arma-la com os pesados fardos dum soldado, outros que ela seja o que é, e ainda outros que ela se perca e agite no complicado labirinto da vida externa esquecendo os cuidados periódicos que reclama a sua débil constituição. E assim ela naturalmente sensível e instável em frente de tão divergentes opiniões respeitantes ao seu verdadeiro papel, move-se indecisa, hesitante no meio da vasta arena das suas manifestações acabando em geral por integrar-se resignadamente na situação primitiva. Algumas vezes protestando contra os preconceitos que a esmagam, com um gesto repulsivo, grita revoltada pela sua emancipação. E nesta palavra ela compreende a fuga do lar, a fractura (cruel dos elos que a ligam ao esposo e aos filhos e aí vai sob a impulsividade da enganadora corrente feminista. Tristes quimeras! Aneearido pela sua regeneração, degenera-se. As mulheres na (sua maioria são verdadeiras crianças, com caprichos singulares, excêntricas exigências, são histéricas, nervosas, morbidamente tímidas, deploravelmente ignorantes.Em frente desta fotografia, o que pretendem as feministas, onde quer que elas existam?
Para disfarçar a sua infantilidade, os seus caprichos, as suas exigências, envergam um trajo tanto ou quanto possível semelhante ao do homem, para proteger o nervosismo, o histerismo, e a sua timidez, usam pistola e para acabar de vez com a ignorância, uma formatura. (…) Basta que ela saiba ser mãe para o que é preciso aprender. Uma parte desta sublime missão sabe-a ela instintivamente, outra desconhece-a geralmente - a educação dos filhos.
Lisboa encontra-se pejada de cartazes enganosos, prosseguindo uma desbragada propaganda de fazer inveja ao dr. Goebbels. Razão tinha A.O. Salazar, quando afirmava que em política o que parece é. Parece então que a república deu a igualdade de direitos às mulheres? Mais uma mentira. A manipulação dos simples, a enraizada crendice em tudo aquilo que os senhores lá do alto ditam, distorce a verdade, destruindo a História.
A Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República decidiu criar um curso sobre a 1ª república e o republicanismo (a 2ª e 3ª sem que se lhes mencione o nome).
Num país com dez milhões de habitantes, o entusiasmo generalizou-se às mais diversas áreas sócio-profissionais, conseguindo-se a inscrição da astronómica quantidade de 153 alunos, prevendo-se a necessidade do recurso à recruta de mais docentes que possam satisfazer a ansiosa procura popular.
O curso obedecerá a uma criteriosa explanação da natureza do regime republicano deste os seus primórdios oitocentistas. Desta vez, destacamos alguns pontos de interesse para a formação dos estudantes:
1- Como o prp prosseguiu uma política de agitação, através de campanhas de boatos, calúnias e manipulação da informação através da coacção física e moral.
2- Como o prp conseguiu obter deputados no Parlamento da Monarquia, através do favor dos dois principais partidos do sistema, o Progressista e o Regenerador, servindo assim como elemento desestabilizador e de ameaça à segurança do Estado (aula obrigatória).
3- Como o prp decapitou o regime, através do recurso ao terrorismo. Como construir uma rede bombista e como organizar grupos de executores de figuras públicas (aulas facultativas)
4- Como criar uma sensação de permanente insegurança pública, inventando notícias numa imprensa fragilizada pela ausência de censura prévia (aula obrigatória).
5- Como delegar no braço armado não filiado, as acções de violência subversiva, para após conseguido o objectivo, o Directório do prp se apoderar do poder que não conquistou por esforço próprio.
6- Como desenvolver - em conúbio com correligionários estrangeiros - uma campanha alarmista acerca da solidez institucional no país. Neste capítulo explicar-se-ão as razões que levaram a 1ª república a submeter-se de uma forma até então jamais vista, à tutela da Grã-Bretanha, como preço a pagar pela neutralidade de Londres perante a subversão em Lisboa.
7- Como liquidar o movimento sindical. Como destruir o Partido Socialista Português (aulas obrigatórias).
8- Como manipular as contas públicas, fazendo crer numa efectiva redução do défice orçamental (aula obrigatória).
9- Como forçar centenas de milhar de potenciais "reaccionários realistas" a emigrar para o Brasil e Estados Unidos da América (aula obrigatória).
10- Como convencer dezenas de milhar de matarruanos a partir para as trincheiras da Flandres, fazendo simultaneamente crer em Paris, num ingente esforço de guerra. Novos uniformes, novas bandeiras regimentais e logística ad-hoc (aula obrigatória e explicativa das missões das FAP no Iraque e Afeganistão).
11- Como entrar em guerra com a Alemanha e a Áustria-Hungria, cumprindo apenas os objectivos estratégicos do sector político que almejava ao completo reconhecimento diplomático.
12- Como ignorar o esforço de guerra do Rei que em Londres organizava o serviço hospitalar para os soldados portugueses. Como diminuir-lhe a acção no campo do aprovisionamento. Como aproveitar-se a influência da Majestade na Inglaterra, em benefício do Estado português e ao mesmo tempo, desencadear uma violenta campanha de imprensa em Lisboa.
13- Como ser derrotado em todas as frentes de batalha e apresentar-se em 1918, como potência vitoriosa e coberta de honra nos campos da Flandres, Angola e Moçambique.
14- Como consolidar o regime através da formação de 45 governos em 16 anos.
15- Como conseguir a respeitabilidade institucional, proclamando e depondo 8 presidentes em 16 anos.
16- Como organizar milícias de caceteiros eleitorais, dando força ao reordenamento dos círculos para a eleição de deputados e desenhando-os de forma a beneficiar exclusivamente os detentores do poder da força (aula obrigatória e modelar em perspectiva do próximo reordenamento do mapa eleitoral português).
17- Como ter um Parlamento onde o número de deputados uniformizados ascenda às dezenas.
18- Como transformar a GNR no exército privado do partido do regime.
19- Como organizar núcleos de coação, como a Formiga Branca ou a Legião Vermelha, capazes de acções de força intimidatória e exterminadora.
20- Como liquidar a influência do Estado sobre a hierarquia da Igreja, instituindo a Lei da Separação e permitindo a radicalização incontrolada do clero ultramontano.
21- Como assassinar um presidente da república, em nome da própria república. Como assassinar um primeiro-ministro republicano, em nome da própria república.
22- Como eliminar os opositores indesejáveis, promovendo passeios de Camioneta pelas ruas de Lisboa.
23- Como eliminar de uma assentada todos aqueles que sendo republicanos, se tornaram incómodos pelos seus próprios crimes, organizando-se uma Leva susceptível de ser emboscada na zona do Chiado/Corpo Santo.
24- Como prometer a construção de uma armada de couraçados do tipo Orion e conseguir manter em actividade a Armada Real durante mais 25 anos.
25- Como conseguir a ameaça de intervenção externa nas finanças e alfândegas nacionais (colónias incluídas). Pela actualidade, estas aulas são obrigatórias.
26- Como liquidar a solvência do Banco de Portugal, através do laxismo no controle da circulação da moeda, permitindo-se a falsificação de papel-moeda (aula obrigatória e explicativa da evolução do sistema off-shore).
27- Como encher as prisões com presos políticos em nome da liberdade, aplicando-lhes tratamento vexatório e conforme os figurinos do senhor Kamal Attaturk.
28- Como conseguir manter em circulação durante vinte anos três moedas diferentes no espaço nacional: o Real, o Escudo e a Libra esterlina, paralelamente a cédulas monetárias de âmbito local.
29- Como conseguir transformar a bandeira de um braço armado do prp em bandeira nacional, manipulando-se o significado das cores e elementos constantes no escudo nacional (aula obrigatória).
30- Como transformar um Hino claramente monárquico e dedicado ao Rei, em Hino da república (aula obrigatória).
31- Como criar as condições para uma sublevação militar que garanta indefinidamente a vigência do regime republicano.
32- Como reciclar a Formiga Branca, transformando-a em Polícia de Vigilância e Defesa do Estado.
33- Como criar e ampliar o campo de internamento do Tarrafal, para melhor controlo de facciosos extremistas.
34- Como conseguir a consagração do prp reformulado e crismado em União Nacional, como elemento único no Parlamento da república.
35- Como proceder a uma maciça campanha em prol dos símbolos do regime, de uma forma jamais vista em Portugal: bandeira, hino, presidente e presidente do Conselho de ministros (aula obrigatória, ministrada com a assistência de um famoso treinador de selecção de futebol).
36- Como manter o poder durante quatro décadas.
37- Como resistir a qualquer tipo de negociação ou período prolongado de transição, garantindo para a república a posse das províncias ultramarinas.
38- Como se desfazer apressadamente do Império Ultramarino, beneficiando os correligionários políticos e a potência dominante do campo internacional oposto às alianças em que Portugal participa.
39- Como retirar a nacionalidade a populações africanas, tendo como critério a cor da pele (aula obrigatória, dada a actualidade com a situação dos nacionais estrangeiros em Portugal que servem de mão de obra sem contrapartida legal).
40- Como destruir a economia, assinando os acordos necessários à adesão política da república portuguesa à Comunidade Económica Europeia, garantindo-se em contrapartida, a instauração por tempo indeterminado, do sistema de subsídios que acabarão por conduzir Portugal a uma União das Repúblicas Ibéricas (aula obrigatória, parcialmente ministrada em castelhano por um professor da Universidade Complutense, de Madrid).
41- Como promover a extinção de classes sociais, permitindo apenas a existência de duas: a dos muito ricos e a dos pobres.
Consiste esta breve súmula do programa, na primeira parte a desenvolver pelo corpo docente criteriosamente escolhido pela sua fidelidade ao regime, dependência de lugares cativos obtidos por nomeação de confiança político-partidária e comprovada linhagem republicana transmitida hereditariamente.
vejo que me foi restituído o arquivo da Nefelibata, por tanto tempo removido, embora a postagem me continue interdita -who cares, se tenho aqui outra casa? - mas ao reler um bocadinho dele, dou-me conta de que esta Catedral ficaria bem junto à série de claustros vistos " de Norte a Sul "; tenho é de colar-lhe outra etiqueta...
Valham-nos essas pessoas, porque daqui...
de todo o lado oiço falar na " escandalosa " roubalheira no final da Taça da Liga.
Aconteceu esse jogo na véspera da minha saída, já, e dizem-me que todos os canais televisivos preencheram os seus horários nobres com a polémica, o que significa que aquela história do ópio do povo nunca esteve tão actual, a fazer esquecer o que realmente atormenta o país. Adivinhem quem estará muito e muito agradecido?