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Que seja um Santo Natal, para todos.

por Cristina Ribeiro, em 23.12.09

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publicado às 19:09

A ponta do corno da corrupção

por Nuno Castelo-Branco, em 23.12.09

 

 

“Os Supremos Magistrados”

Por Joaquim Letria

"O GENERAL GARCIA DOS SANTOS  foi à TV conversar connosco. Contou-nos, outra vez, como esteve 14 anos sem trabalho, afastado e condenado por ter denunciado a existência de corrupção na Junta Autónoma das Estradas, que agora é a mesma coisa mas com outro nome, pois chama-se “Estradas de Portugal”.

A parte mais interessante da conversa talvez tenha sido, no meu ponto de vista, aquela em que o homem das comunicações do golpe militar de 74 confessa que não foi para estarmos no estado em que nos encontramos que se fez o 25 de Abril.

O general, que foi chefe do Estado Maior do Exército, recorda que escreveu ao presidente Sampaio por causa da corrupção, mas que este nem sequer lhe respondeu, tal o interesse demonstrado e como compete e fica bem a um Chefe do Estado, o qual, revela o general, parece andar agora muito interessado no combate “a este flagelo”, o que, no mínimo, lhe dá vontade de rir. Também o actual Presidente da República, na opinião do general, não está a fazer a ponta dum corno para dificultar a vida aos corruptos.

Esta conversa e as atitudes impolutas dos “Supremos Magistrados da Nação” nela contidas bem nos podem tranquilizar. Estamos sempre nas melhores mãos."

 

publicado às 17:58

Resposta a López Garrido: não.

por Nuno Castelo-Branco, em 23.12.09

 

 

Aterradas pelo desagregador processo de autonomias, as autoridades espanholas procuram convencer a sua opinião pública, da inevitabilidade de um futuro Estado unificado peninsular, ainda que para tal procure novas soluções integracionistas. Uma delas, consiste no acenar da cooperação transfronteiriça e os exemplos mais marcantes residem na Extremadura-Alentejo e Galiza-Minho-Trás os Montes. Os governos autónomos das províncias limítrofes, têm desenvolvido intensa actividade aliciadora nas franjas da fronteira portuguesa, desde o sector empresarial, até à saúde, educação, etc. 

 

O plano é conhecido e oferece uma miríade de possibilidades de condicionamento da vontade de resistir das autoridades portuguesas, geralmente radicadas nos centros de decisão longe da fronteira. A questão das águas, os portos de escoamento ou entrada de mercadorias, as vias de comunicação e agora, as universidades, são alguns dos aspectos que têm merecido uma especial atenção por parte dos espanhóis. No meio de uma tremenda crise económica e financeira, as autoridades de Lisboa têm contemporizado, vendo logicamente em Espanha, um motor da nossa debilitada economia que no país vizinho, tem agora o seu maior parceiro. Um erro de mais de duas décadas que ameaça a autonomia de Portugal.

 

 A proposta de institucionalização de uma versão do Benelux entre Espanha e Portugal, pode satisfazer as necessidades internas dos nossos vizinhos, convencendo finalmente catalães, bascos ou o recente arrivismo galego, da necessidade material  da pertença a um espaço económico com claros reflexos políticos. Mas os espanhóis querem ir mais longe que aquilo que o dito Benelux supõe e todos sabemos o que tal significa. No entanto, o que os nossos vizinhos não parece quererem reconhecer, é o interesse nacional português, cada vez mais indeciso perante uma Europa que já nos proporcionou melhores dias e as possibilidades que surgem de novo, daquelas áreas do planeta com as quais mantivemos uma convivência de séculos. Portugal não é uma Catalunha e muito menos ainda, um País Basco.

 

Conhecendo e aproveitando o estertor desta fase do regime português, a Espanha ataca e quer convencer com as vantagens materiais que só podem ser lobrigadas pelos sectores financeiros/empresariais, perante os quais a população portuguesa nutre bem fundamentadas suspeitas. Antecipando-se ao que eventualmente possa suceder a médio prazo, Madrid vê a grande oportunidade que pelo menos, adie um desenlace que muitos adivinham. 

 

Sendo absolutamente indesejável para  a segurança de Portugal, a ameaça da balcanização de Espanha poderá significar um risco agravado de arremetidas a que a nossa irresponsável e fraca classe política, poderá não ser capaz de dar resposta. Resta-nos a esperança da súbita reacção popular que a todos poderá surpreender.

publicado às 13:56

Presidência da inútil República

por Nuno Castelo-Branco, em 23.12.09

 

A república habituara-se a monarquices extravagantes de dedos brasonados e bizantinas exibições genealógicas; hoje debate-se com uma verdadeira insurreição cultural que lhe mina os fundamentos, a legitimidade e desafia a sua mitologia. De facto, a república nunca teve republicanos e os que teve confundiram-se sempre com o Partido Democrático, essa coisa tentacular, carregada de baias e dominada por pulsões liberticidas. Os republicanos, hoje, são poucos, inconsistentes e invertebrados. Pedem a mudança na república, mas tudo o que defendem já foi experimentado e falhou: falhou no republicanismo parlamentar primo-republicano, com uma chefia de Estado simbólica, falhou com o cesarismo plebiscitário de Sidónio, falhou com a presidência submetida ao "presidencialismo do Presidente do Conselho", falhou com o semi-presidencialismo de voto directo universal que ainda temos. No fundo, a república é o passado e desse passado não se consegue libertar.

 

Texto a não perder, no  COMBUSTÕES

publicado às 00:11

 

 

Já estamos a imaginar as reacções das catatuas habituais: "paternalismo, hipocrisia, relações públicas do Palácio de Buckingham" e outras sandices mais.

 

Guilherme de Gales passou a noite nas frias ruas de Londres, dormindo com os sem abrigo. No seguimento dos exemplos de Carlos - ecologia, património, saúde pública - e de Diana, chegou a sua vez, como presuntivo sucessor do pai.

 

Não podemos afastar a clara mensagem política deste tipo de atitudes, sempre tão estranhas ao chamado establishment, seja este britânico, francês, português ou americano. Numa época em que princípios tão basilares quanto ancestrais como a caridade foram normalmente substituídos pela ideologia politicamente correcta da solidariedade - actualmente o mesmo pressuposto, mas laicizado -, a Monarquia envia à sociedade uma inequívoca mensagem de alerta perante um mundo cada vez mais desigual e que enfrenta problemas que radicam na excessiva influência plutocrática. Compreende-se assim o acendrado republicanismo de gente como os Murdoch, financeiros da City e lobbies da construção. A atitude de Guilherme não pode ser considerada como uma excentricidade, mas como um claro sinal de desagrado e de demarcação política. É que estas acções têm de ser vistas num todo, em complemento das actividades de Carlos nos campos do ambiente, agricultura, ordenamento territorial e assistência social. É esta a Monarquia do século XXI.

 

Aqui em Portugal, sabemos quem se tem dedicado - evitando surgir nas parangonas da imprensa - a todo o tipo de causas relacionadas com a assistência social. Uma boa parte do país ainda o ignora, mas não tardará em aperceber-se e valorizar quem verdadeiramente se interessa pelos seus. 

 

Entretanto, Belém vai-se preocupando em fritar sonhos para a consoada, enquanto S. Bento afia as canetas, á guisa de punhais. Tudo normal.

publicado às 19:50

A última revolução violenta

por João Pedro, em 22.12.09

 

Há precisamente vinte anos dava-se a última revolução sangrenta da Europa. Foi o culminar da derrocada do Bloco de Leste nos últimos meses de 1989. Depois de todas as outras "democracias populares" ligadas ao Pacto de Varsóvia caírem, só restava a Roménia, paradoxalmente o mais independente regime do bloco face à URSS, e ao mesmo tempo o mais paranóico, megalómano e controlado. Décadas de projectos de expansão industrial com vista à autonomia energética e de obras faraónicas em contraponto com estrito rigor orçamental no que tocava aos bens essenciais, insufladas por um culto de personalidade a Ceausescu, levaram à explosão social e às primeiras revoltas em Timisoara, perto da Hungria, de onde sopravam os ventos de mudança.

 

As autoridades reagiram com toda a dureza possível, alvejando os manifestantes, o que multiplicou a revolta. A 21 de Dezembro, o ditador convocou um aparatoso comício de apoio na capital, em frente ao Palácio do Povo, o enorme edifício que congregava os vários poderes, símbolo máximo daquele regime totalitário que não hesitou em destruir o centro histórico de Bucareste. Às primeiras palavras que correram na imensa praça fronteira, recebeu aplausos dos apoiantes, sobretudo da Securitate, a polícia política. A pouco e pouco, os manifestantes começaram a entoar gritos de protesto entre a multidão, e como uma bola de neve os apupos aumentaram, até o povo gritar em uníssono "Timisoara" e "abaixo o tirano". impotente, Ceausescu retirou-se do local e ordenou que as forças de segurança ripostassem. As tropas pretorianas leais ao regime dispararam sobre a multidão, espalhando o caos no centro da capital, mas as forças regulares não se moveram. a reacção apenas gerou mais revolta por parte da população, à qual se começaram a juntar unidades militares.

 

Fechado no seu "bunker" Ceausescu não se decidia a fugir pelos inúmeros subterrâneos do palácio, quando a situação piorou para o seu lado, e incapaz de aceitar a queda iminente ou sequer de negociar, decidiu fugir de helicóptero com a sua mulher, Elena, e dois ou três fieis. A fuga. no dia 22,  foi vista por todos e registada, mas ou por engano, ou por dificuldades mecânicas, o aparelho aterrou na cidade de Targoviste. Prisioneiro, o casal Ceausescu passou uma noite no calabouço, antes de enfrentar um julgamento militar sumário que acusou o ditador de tentativa de genocídio e de "roubar a alma da Roménia". Este ripostou com acusações aos traidores "fascistas e anti-nacionalistas". Lida a sentença de morte, um pelotão de fuzilamento levou para fora e metralhou Nicolae e Elena, que permaneceram juntos no fim, recordando Mussolini e Clara Pettaci. O fim dos Ceausescu foi proporcional ao regime de opressão, miséria e estalinismo que instituiu na Roménia. O anterior Conducator romeno, Ion Antonescu, líder de um governo aliado de Hitler, fora também ele fuzilado após a guerra. Agora, a mesma sorte cabia ao intitulado Conducator comunista.

 

Seguiu-se um governo nacional com figuras recicladas e vagamente opostas ao ex-ditador. a década de noventa seria conturbada e difícil e só recentemente o país obteve algumas melhorias sociais e económicas, o que lhe permitiu, com reservas, aderir à União Europeia em 2007. Quanto à herança de Ceausescu, basta ir ao centro de Bucareste para se avistar a sua marca mais visível.

 

 

publicado às 15:46

A tradição à mesa.

por Cristina Ribeiro, em 22.12.09

 

Depois de ler este post da Luísa, fiquei-me a pensar como seria uma ceia de Natal diferente daquela que sempre conheci: as batatas cozidas a rodear o bacalhau, o ovo, as cenouras e as couves galegas, bem curtidas pela geada que, por tradição também, cai por esta altura, tudo regado com o bom azeite de Trás-os-Montes. A broa de milho, que nesta quadra é enriquecida com centeio.

Concedo que o muito frio, que por estas bandas sempre está presente, amenizado pelo calor da lareira,  torna mais propícia uma comida assim substancial, mas o que é certo é que já nenhum de nós a troca pelo prato mais requintado.

Depois da conversa que a todos une, servem-se os doces tradicionais: as rabanadas, os formigos, a aletria. O vinho, esse, terá de ser maduro tinto.O remate ideal : um cálice de vinho do Porto e queijo da serra.

 

Como diz um slogan televisivo - a ceia até poderia ser diferente, mas nunca seria a mesma coisa :)

publicado às 00:08

O regresso do País da Monarquia

por Nuno Castelo-Branco, em 21.12.09

 

 Algo está a mudar em Portugal.

 

Ainda ontem, no post em que afirmámos a apropriação, ou adesão de Mário Soares ao informal Programa da Monarquia, enunciámos os vectores da urgente reforma institucional que no nosso país se torna inevitável. Temas como a independência de  jure e de facto da Chefia do Estado, tornaram-se num lugar comum, não esquecendo a adopção do sistema uninominal/misto, a presidencialização do governo, o papel fiscalizador da Câmara Baixa do Parlamento e a instituição da Câmara Alta, composta por especialistas. Se a isto acrescentarmos a súbita paixão do mundo empresarial pela CPLP e a necessidade do regresso a África, à América do Sul e à Ásia, temos o quadro geral praticamente completo. Vinte anos depois, o programa de acção - actualizado e adaptado a esta época - daquilo que foi a N.M., surge como a saída possível e desejável para as graves ameaças que pendem sobre a existência de Portugal.

 

Os acontecimentos de guerrilha institucional, luta pelo protagonismo e mútuo enxovalho, tornaram subitamente visíveis aos olhos de todos, um conjunto de situações hoje impossíveis de ocultar. Esta tarde, num programa da TVI que concede tempo de antena aos ouvintes, um politólogo demonstrou cabalmente o beco sem saída em que se encontra o regime, frizando bem a necessidade de uma clara separação de poderes - que não existe - e aventando qualquer uma das seguintes possibilidades:

 

1. Presidencialização do regime, com a subalternização do parlamento e desaparecimento da figura tutelar do 1º ministro.


2. Presidencialização do Chefe do Governo, servindo o Parlamento como entidade fiscalizadora. Isto pressupõe um novo sistema eleitoral e a existência de uma Câmara Alta que escape ao total controlo partidário e o consequente desaparecimento, por inutilidade, do cargo de Presidente da República.

 

3. Liquidação da forma de representação republicana do Estado, com a instauração da Monarquia Constitucional, no esquema do ponto 2.

 

Poucas horas decorridas, surgia pela voz do senhor Ricciardi, o comentário da área financeira e da economia, referindo-se aos fortes investimentos de Angola e do Brasil em Portugal. Mais, sublinhava a questão da dupla cidadania ou dos seus direitos, entre portugueses, angolanos e brasileiros. É este o programa que pode encontrar raízes no longínquo ano da instituição do efémero Reino Unido de Portugal e Brasil, assim como no imenso legado histórico de séculos.

 

Decididamente o maior partido clandestino de Portugal, o País da Monarquia, atravessa todos os outros e surge como uma inequívoca esperança que a população não tardará em descobrir. Quando abertamente surge como hipótese a estudar, a questão da Monarquia é por si mesma, um ponto de reflexão com toda a credibilidade. Está distante aquele tempo, em que os monárquicos eram considerados como relíquias saudosistas e agora, ei-los que vão surgindo em todas as áreas de actividade. A discussão séria pode ocorrer e trata-se apenas numa questão de tempo, porque a apropriação parcial do esquema exequível, saldar-se-á num anunciado fracasso a médio prazo. Há que ousar e assumir a mudança total.

publicado às 20:39

Respeitar o nosso património histórico.

por Cristina Ribeiro, em 21.12.09

 

Vivendo muito perto de S. Lourenço de Sande, freguesia onde, no Monte de Sabroso, povo proto-histórico construiu um povoado fortificado- Castro de Sabroso -, também ele, como a não muito longínqua citânia de Briteiros, descoberto e dado a conhecer por Martins Sarmento, era esse um lugar de frequentes peregrinações.Nessa altura viam-se ainda alguns pequenos fragmentos de cerâmica e sentia-se uma atmosfera de quase religiosidade. Há algum tempo fiquei escandalizada ao ver que tinha sido construído muito perto do local um complexo fabril de proporções gigantescas. Não, não posso concordar que a Regionalização nos moldes pensados seja solução para estes males, com os homens que temos nas autarquias; uma descentralização que não se limite a " para inglês ver". Um verdadeiro Municipalismo, onde os munícipes, vivam ou não na cidade, como é o caso, tenham uma palavra a dizer, em que as decisões não sejam tomadas à revelia de quem aí vive, e a quem impõem estas monstruosidades como facto consumado, sem apelo nem agravo.

publicado às 01:00

Mário Soares adere ao Programa da Monarquia

por Nuno Castelo-Branco, em 20.12.09

  

 

 Num extenso e interessante artigo publicado no Diário de Notícias, Mário Soares mostra-se preocupado pela evolução da situação portuguesa, apontando alguns dos principais problemas que minam a sociedade. Aqui deixamos em linhas gerais, o parecer do antigo presidente.

 

1. O Pessimismo nacional.

 

Presuntivo admirador da gente da Geração de Setenta, Mário Soares aponta o pessimismo nacional, como uma das principais causas da falta de perspectivas no país que ainda alguns teimam acreditar existir. De facto, toda a propaganda dissolutora que obteve o estatuto de situação anímica produzida pelas elites intelectualizadas saídas do Casino, condicionou quatro regimes. Minou a confiança na Monarquia Constitucional, pariu a absurda e inútil 1ª República, prolongou-se pela 2ª dos "pequeninos, sós mas orgulhosos" e conclui-se agora, na fase do estertor absoluto, na actual versão terceiro-republicana de todos os equívocos. Quem não se lembra dos centos de horas de lamúrias tecidas por políticos, sociólogos, comentadores ao estilo de filósofos de bar de faculdade, que da televisão transmitiram à população uma imagem de inevitável Finis Patriae? Quem insultou nos compêndios, os protagonistas da gesta que levou Portugal além-mar e lhe garantiu uma presença em todos os continentes? Quem ridicularizou - sempre por comparação com terceiros - o património nacional, amesquinhando-o sempre em proveito de modelos estrangeiros, num caricato exercício de macaqueação? Quem incutiu o complexo miserabilista  e escusado da pequenez territorial que parece afinal vir condicionando toda a vitalidade própria de qualquer sociedade normal?

 

Criaram a síndrome do doutourismo a qualquer preço, desprestigiando as outrora tão necessárias e procuradas  profissões técnicas e pior ainda, arrastando para o lodaçal da suspeita de favorecimento indevido, velhas academias que formavam quem efectivamente queria saber. Liquidaram o ensino superior, massificando a produção de licenciados sem perspectivas de um dia poderem vir a exercer uma profissão condizente com o pretenso estatuto social adquirido. Pior, o sistema  quase tornou vergonhosas as profissões que Mário Soares hoje - e bem - aponta como necessárias, como a mão de obra não especializada dos "electricistas, canalizadores, trabalhadores para os campos", etc. Aqui, o antigo presidente comete o erro comum de remeter esses trabalhos técnicos, para o campo pouco prestigiante da não especialização. Como se fosse possível confiar uma instalação eléctrica, a canalização de um prédio, os trabalhos do pedreiro, do soldador e até de pintura, a  alguém que não seja especializado e capaz na matéria? É este inconsciente desdenhar dos "trabalhos menores" que conduz à actual situação de autêntico deserto em sectores produtivos essenciais ao desenvolvimento. Como Soares diz, ..."é terrível!"

 

 

 

 

publicado às 15:49

porque se trata da nossa " casa " comum e, consequentemente, da nossa qualidade de vida.

 

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Expresso+da+Meia-Noite/2009/12/cimeira-de-copenhaga14-12-2009-125923.htm

 

Mas, não tendo tido oportunidade de assistir  ao Expresso da Meia-Noite, quando mão amiga me fez chegar este vídeo, calaram fundo as palavras, de cepticismo, do Engenheiro Rui Moura, assim como o relato desmistificador do próprio jornalista do Expresso.

Já antes tinha lido da demagogia à volta do tema, alertando para o facto das alterações climáticas serem um fenómeno natural, que se repete ciclicamente, e a descoberta do Climagate mais me pôs de pé atrás. Tratar-se-á de mero dramatismo?

publicado às 15:48

Música para hoje: Metallica - Broken, Beat and Scarred

por Samuel de Paiva Pires, em 20.12.09

 

 

publicado às 01:49

Citações e Pensamentos de Agostinho da Silva

por Samuel de Paiva Pires, em 20.12.09

 

Obra organizada por Paulo Neves da Silva.

 

Criador - "O criador é uma espécie de monstro em que há o homem e o outro; quem desanima, quem se abate, quem chora, é o homem: o outro, se é grande, até os desesperos utiliza. O essencial é que nunca o homem traia o artista, que a troco de uma felicidade que tanta gente tem se perca a obra que ninguém mais poderia realizar" (p. 21).

 

Felicidade - "Só por costume social deveremos desejar a alguém que seja feliz; às vezes por aquela piedade da fraqueza que leva a tomar crianças ao colo; só se deve desejar a alguém que se cumpra: e o cumprir-se inclui a desgraça e a sua superação" (p. 29).

 

Amor-próprio - "O que é preciso para uma pessoa gostar dela própria é que ela faça o favor de fazer quanto a si tudo o que é preciso fazer para a partir de determinada altura se esquecer completamente daquilo que é ou daquilo que precisa. Se a pessoa não fez consigo tudo quanto achava que seria necessário fazer para se esquecer de si mesmo, está errada. Então deve ser egoísta até esse ponto. A pessoa só deve poder deixar de ser egoísta quando olhar para o espelho e nunca vir a cara própria, e ver qualquer outra coisa no dito espelho, em vez de si própria. Enquanto se vir a si própria, está errada e precisa de ser egoísta" (p.76).

publicado às 00:59

Porque Portugal é nosso ( 2 )

por Cristina Ribeiro, em 19.12.09

Vêm a propósito as palavras que Jorge  Ferreira confiou em entrevista a Manuel Azinhal:

 

" - Eu sempre tentei refutar esse fatalismo, que não é novo. Bem como aquele fatalismo iberista, que deve ser a base de raciocínio do ministro iberista Mário Lino, que nos diz que um país que apenas consegue obter um PIB como o da Catalunha, não tem o direito nem as condições para aspirar a uma soberania no mundo de hoje. Sempre militei nas margens do sistema e tive a alegria de, em certas circunstâncias, sentir que é possível dar luta. Dar luta, dar sempre luta, é isso que o sistema não gosta, porque se é certo que é guloso, também é verdade que está anafado e preguiçoso. A alternativa é fechar o país ou desistir. Não vou por aí.

publicado às 18:03

Manhã soalheira mas fria. A pedir luvas e cachecol.

por Cristina Ribeiro, em 19.12.09

 

Ir a pé ao centro da cidade, a melhor maneira de aquecer.

0bjectivo: comprar um livro para cada um dos sobrinhos pequenos, para presenteá-los no Natal. Como sempre acontece num Sábado de céu azul, essa parte do burgo está animada. Decido entrar numa livraria que dantes frequentava, que me faz lembrar a saudosa livraria Pax: no atendimento, próprio das livrarias tradicionais, na familiaridade que o livreiro mantém com os livros.

Aviados os livros para os sobrinhos, por ele aconselhados depois de lhe dizer as idades, e aprovados após a leitura de alguns excertos, reparo num livro que logo me parece ser de memórias de Adriano Moreira: nascido em 1922, leio, penso que muito terá a contar sobre a nossa história mais recente, protagonista e testemunha privilegiada que foi de acontecimentos marcantes da vida de um país que é o nosso. Daí, a juntá-lo aos que estavam já no saco foi, pois, uma questão de segundos.

publicado às 15:55

Revelações Divinas do Natal de 2009

por Samuel de Paiva Pires, em 18.12.09

Paulo Cardoso e Samuel de Paiva Pires são bafejados pelo Divino, em uma fantástica Revelação, num Campo Pequeno perto de si. Não recomendável a pessoas susceptíveis. Não digam que não avisámos. 

 

 

publicado às 23:45

 

 

Um Coelho pouco atento às armadilhantes realidades da plutocracia que conduz o mundo a situações como a que hoje vive, resolveu tornar-se num arauto de mais uma investida contra o futuro Rei da Grã-Bretanha.

 

Príncipe de Gales é um homem que não cede ao comodismo do aquecimento central palaciano e tem a opinião que pode e deve manifestar pelo bem comum. Gosta do seu país, ama as suas paisagens e a arquitectura que caracteriza as zonas urbanas e rurais. Não depende deste ou daquele financiador de águas turvas, não se compadece com os interesses imediatistas da plutocracia esbulhadora, nem come qualquer porcaria que "por bem" lhe colocam nas prateleiras do supermercado da esquina. Com ele no trono, maus dias virão para os especuladores, usurários e destruidores de centros urbanos e da vida rural. Boas notícias para o ambiente, para a saúde pública e para o património cultural.  Os britânicos terão quem os defenda.  Um homem do século XXI.

 

Carlos é de pedra e cal. Naquele edifício humano, não existe palha. 

publicado às 18:55

A berrante porcaria a cem metros de altura

por Nuno Castelo-Branco, em 18.12.09

 

 

Definitivamente, a localidade de Paredes - e o pateta PSD lá do sítio- parece estar a tornar-se num local mal frequentado. Diz-se por aí que o edil perdeu a cabeça e resolveu comemorar não se sabe bem o quê e quem, erguendo um pau de bandeira com perto de cem metros de altura. Logo a correr, veio o senhor da tutela manifestar o seu apoio a tal iniciativa, exactamente no momento em que o governo pede sacrifícios e contenção nos gastos. Um milhão de Euros vai custar a brincadeira de mau gosto político e visual. Mau gosto visual, porque a coisa está desprestigiada, pouco tem que ver com o Portugal que interessa - o dos 900 anos de História - e ainda por cima, é feia e simboliza a derrota de um século. Mau gosto político, porque mais uma rotunda ou o trigésimo melhoramento nas infraestruturas desportivas da localidade, seriam obras mais úteis. Mas em Paredes, o dinheiro corre num caudal digno do Amazonas. Não há melhoramentos a fazer nos centros sociais, nem os Bombeiros precisam de mais meios, sejam eles de combate a fogos ou ambulâncias. Em Paredes, a terceira idade vive em casas aquecidas, decentemente construídas e com todos os confortos. Em Paredes, não são necessárias creches nem jardins de infância. Em Paredes, as estradas são impecáveis e o saneamento básico recomenda-se. Então, porque não atirar ao vento mais um milhão desnecessário?

 

O que vale, é a justiceira natureza que com uma brisa mais forte fará o pano de polyester cobrir uns metros quadrados do buraco de ozono, lá para as bandas do Polo Sul. Enfim, é o parolismo Guiness Record no seu melhor.

 

Aqui em Portugal e desta vez bem longe de Lisboa, espatifa-se mais uma batelada de massa que escapa à contabilidade dos 10 milhões da Comissão do Centenário, aos 17,5 milhões anuais de Belém e ao "pagamento por conta" aos presidentes passivos ainda no activo do Orçamento de Estado. Sem sequer falarmos mais na comemoração republicana da adulteração do Terreiro do Paço.

 

Rui Ramos tem razão. A coisa está mesmo por um fio.

 

É fartar, vilanagem! Irra!

publicado às 18:17

Porque Portugal é nosso

por Cristina Ribeiro, em 18.12.09

Quando prefere sublinhar a impaciência e sugere que as pessoas deviam intervir, deviam fazê-lo como, através de que instrumentos, meios e palcos?

 

" Em primeiro lugar, na atitude. O mínimo que uma pessoa pode fazer é interessar-se pelo que acontece e manifestá-lo em todas as oportunidades - quem dá aulas, quem assiste às aulas, quem fala com amigos, com jornalistas, quem está na vida partidária, quem intervém em inquéritos de opinião. A minha impaciência deriva também de não haver mais ambição. Estamos a desprezar custos e o preço que se paga é muito alto. Temos uma taxa de desemprego como nunca tivemos, sobretudo nos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho. É preciso um maior interesse pelas realidades. Vivi um ano no estrangeiro, na Holanda, e não me esqueço que as pessoas acompanhavam no dia-a-dia o que ocorria, sabiam que o país era deles, não dos políticos. Aqui acha-se que Portugal está entregue aos políticos. É uma atitude cultural comodista, mas sobretudo irresponsável porque quem paga a conta são os próprios, que não têm tempo nem empenhamento para tentar obter melhores resultados".

  João Salgueiro dixit, em entrevista ao jornal i, e a minha assinatura já lá está.

 

Para que um dia voltemos a ter o País que nos foi legado.

Basta de laxismo.

publicado às 13:33

Muito foi dito e ainda se poderá dizer sobre o famigerado caso da deslocação do evento Red Bull Air Race do Porto para Lisboa. Podemos bradar contra a crónica centralização, contra a macrocefalia, contra o sistema, contra o País e apontar mil e um culpados e excitar os mais disparatados bairrismos. A mim o que mais interessa é a perspectiva municipalista.
Dentro desta perspectiva, soa um pouco a procedimento de qualidade duvidosa o total de cerca de um milhão e trezentos mil euros que o evento custou à empresa pública Turismo de Portugal durante os três anos que foi efectuada na Invicta, mesmo que o retorno das receitas fiscais em termos turísticos e hoteleiros cobrisse boa parte do investimento e se estivesse a contribuir para o fomento do turismo da região - o que na minha opinião foi manifestamente insuficiente. Por outro lado, todavia, não deixa de ser um aviltamento despudorado que essa mesma empresa invista um montante de quase o dobro para transferir o evento para Lisboa.
Numa perspectiva municipalista cada uma das cidades pode organizar os eventos que seja capaz de assumir em termos financeiros e de infra-estruturas. Nunca se daria uma transferência de um evento de uma cidade para outra à custa o erário público e sob a responsabilidade de uma empresa pública, com custos associados e muito prejudiciais para uma região de Portugal.
Numa perspectiva municipalista, quem quer brincadeiras com aviõezinhos, carrinhos, futebóis e quejandos pois que as pague do seu bolso. Se assim fosse, pouco me ralava com o voo dos planadores para Lisboa, para Hong Kong ou para a Conchichina.
Enfim, temos o Socialismo no seu melhor - o centralismo pago pelo bolso do contribuinte.
 
 

publicado às 18:57







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