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Via 2711 fico a saber que um republicano terá dito:
“Na República, contrariamente à Monarquia, todos nascemos iguais”
Só não me rirei de tal afirmação quando Oliveiras e Costa, Armandos Vara, Dias Loureiros ou graúdos envolvidos no Processo Casa Pia, forem tratados pela justiça como os Bibis deste País.
como dizia ontem na caixa de comentários,
na calamidade em que o País se encontra, só aparecendo um novo João Franco, que ponha os parlamentares e todo o governo na ordem, depois de manietar os carbonários e maçons para os impedir de minar o futuro, como minaram o nosso passado e o presente, e, então a democracia impor-se-ia natural e ordeiramente.
Às 11.00H da manhã de 31 de Janeiro de 1891, consumava-se a derrota de uma aventura que pressagiava aquilo que mais tarde seria o Portugal da República. Um regime de todas as violências, onde uma ínfima minoria pretendia - e conseguiu! - ditar a lei a um país inteiro. Hoje, os herdeiros do senhor Buíça estão todos em farta festança e como sempre, às custas do erário público. Elitistas como convém, lá estão a mostrar os pergaminhos que vêem do tempo do bisavô, do avô, do pai e que eles hoje confirmam. Gente muito bem, da banca, do universal império dos negócios e das sinecuras erguidas em fechadas academias. Uma infindável lista de nomes envolvidos em todo o tipo de trapaças, processos em curso ou pendentes e que conformam plenamente aquilo em que a "situação" se tornou: um tugúrio de parasitas grã-cruzes. Corrompem a História, exaltam o ataque ao Estado de Direito, legitimam a ilegalidade, nem se dando conta da péssima mensagem que pressagia um modus faciendi de que serão vítimas. Não perdem por esperar, estes percevejos.
E já agora…
Oporto this evening is a city of rejoicing. The storekeepers have thrown down the barricades from the windows and doors of their houses, and everybody is congratulating everybody else that the insurgent outbreak was not so serious as people at first expected it would be.
New York Times, 1 de Feveiro de 1891
Severel proeminent men, named as being members of the insurgentes directorate, disavow any connection therewith Judge Soares and Banker Lute [Leite?] being among the number.
New York Times, 2 de Feveiro de 1891
As a result of the investigation into the recent revolt, the police officials report that they have obtained convincing proof that the insurgents were in league with spanish revolutionist*. Among the proofs in the hands of the authorities are documents seized in the office of the Republica Portuguesa, wich include messages of congratulation received from spanish republican organizations, greeting the portuguese revolutionists as “brothers” who were on the eve of triumph.
New York Times, 5 de Feveiro de 1891
* Lembrem-se do verde e vermelho da Federação Ibérica.
Enquanto estes patetas gastam mais umas dezenas de milhar à nossa conta, ouçamos algumas palavras sensatas.
Ao passo que essa dinheirama toda é desbaratada,
Constata-se assim que a prioridade governativa é o tal fogueteamento republicano, além de, mais uma vez , ficarmos a saber que há regiões mais iguais do que outras. E se as menos iguais fizessem uma espécie de 31 de Janeiro, mas a valer, e, agora, mais do que justificado?
Então é hoje que começa a gastar-se aquela dinheirama toda a foguetear uma coisa que nos touxe até à miséria actual, em todos os sentidos que possam imaginar, ?
Razão para decorar a data para, na altura certa, que não há-de tardar, pedirmos responsabilidades a quem de direito, sabendo que são irresponsáveis, mas não inimputáveis.
Amanhã lá estarão todos, para mais um regabofe que o site oficial do regime - a tal vigarice do template grátis a 100.000 Euros - única e exclusivamente propagandeia. Champanhadas, bolinhos, banquetes, charutões, é o que as fotos têm mostrado e nem um texto que se leia, um projecto de regeneração da vida pública ou um simples bocejo de enfado pela desastrosa situação actual. Dali não vem coisa alguma que preste. Nada.
Ratoneiros globais de um Estado exangue. Aldrabões compulsivos que das instituições se servem como esconderijo para todo o tipo de roubos, vigarices e ilegalidades. Uma chusma de térmitas como há muito não se via, sujará amanhã as ruas da cidade azul e branca.
Entretanto, a mitragem escolheu o 1 de Fevereiro, Dia do Regicídio, para a cerimónia do lançamento da primeira pedra do Museu dos Coches. Provocação atrás de provocação e ainda têm a coragem de publicamente afirmar que ..."os republicanos nada tiveram que ver com o Regicídio"... Gabam-se e assumem-no abertamente!
Divirtam-se à conta do Zé Povinho e fartem bem, vilanagem. Enquanto podem.
Agora que já tinha duas irmãs grandinhas, nunca mais pensei em jogar ao pião.Tínhamos de improvisar: ver sardinhas nas folhas da laranjeira, café na terra, arroz no areão, e pratos nos cacos de telhas partidas, mas a diversão estava garantida, com uma de nós a fazer de cozinheira, à vez, senão havia zanga pela certa.
Por vezes havia convidadas para o jantar, invariavelmente umas primas vizinhas, e lá vinha a cozinheira dizer que o arroz não chegava.
Por essa altura vendia-se na feira local umas bonecas pequeninas, de plástico, que custavam vinte e cinco tostôes - quando arranjámos dinheiro para comprar uma, passámos a ter uma filha, mas uma filha que era das três. Lembro de irmos à costureira, que nos fazia os vestidos, pedir sobras de tecido para vestirmos a nossa filha: coitada, nenhuma de nós tinha jeito para a costura, e parecia um espantalho...
Brincadeiras que me fazem sorrir quando as recordo. E como gosto de as recordar!
Do nosso colega Radical Royalist:
Mohammad Reza Ali Zamani (37) and Arash Rahmanipour (19) were executed on 28th January 2010. According to his indictment, Zamani´s conviction for the capital crime of Mohareb, or "taking up arms against God," was based on his membership in the pro-Royalist group, Anjoman-e Padeshahi-e Iran, and on allegedly meeting in Iraq with United States operatives and receiving money from a source based in the US, all for the purpose of instigating unrest in Iran. According to his lawyer, the other defendant, Arash Rahmanipour, had been forced to confess to membership in the same group.
Ex. mo Senhor Presidente da Direcção
Do Ateneu Comercial do Porto,
Os meus respeitosos cumprimentos.
É com profunda e muito sentida mágoa que me dirijo V.ª Ex.ª para solicitar a minha demissão de associada do Ateneu Comercial do Porto.
Esta minha decisão, devidamente ponderada, deve-se à minha total discordância relativamente ao facto do Ateneu ser o organizador de um evento público (no exterior das suas instalações) no âmbito das Comemorações do Centenário da República, em Portugal.
Trata-se, com efeito, de uma atitude que repudio veementemente por escusada e não muito conforme aos princípios do Ateneu Comercial do Porto.
Sócia há mais de 28 anos, continuando a tradição de muitos antepassados e familiares, não me consigo identificar com uma instituição que toma atitudes como esta. Não me é possível participar nestas comemorações que, para mim, evidenciam mais uma incoerência na sociedade portuguesa - todos os dias nos queixamos do sistema e do regime em que vivemos... mas espantosamente toda a gente se prepara para festejar alegre e insconscientemente o triste centenário de um regime imposto pela força e que até hoje nem sequer foi referendado! Pensava que estas manifestações pertenciam ao passado conturbado do republicanismo em Portugal e nomeadamente ao período da I.ª República.
Infelizmente parece que se querem ressuscitar essas práticas que, se violentas nessas épocas, seriam evitáveis na actualidade. Assim, e não cabendo aqui mais considerações deste teor, o que me resta a fazer e faço é desvincular-me do Ateneu Comercial do Porto.
Acreditava sinceramente que se tratava de uma instituição isenta, pluralista! Aqui se receberam – e bem! – individualidades de todos os quadrantes políticos e ideológicos mas, quando se toma uma atitude pública com estas características não mais se recupera essa imagem!
Como é evidente,não estão em causa as cerimónias calendarizadas para o Salão Nobre em que as palestras anunciadas serão certamente interessantes até porque é indubitável o prestígio dos oradores, mas não posso deixar de colocar duas questões :
1 -Para quê a cerimónia de um clube privado, no exterior das suas instalações?
2 - A quem serve este exercício exibicionista de cidadania republicana?
Quem me conhece poderá calcular o sofrimento que me vai na alma!
Nas instalações do Ateneu Comercial do Porto passei dos melhores momentos da minha Vida. Aqui cultivei saberes ,e sobretudo, grandes amizades. Aqui cresci, frequentando assiduamente os seus magníficos salões e a sua inigualável biblioteca, desde os 14 anos, na minha qualidade de filha de sócio. Durante vários mandatos integrei a Direcção quer como Directora quer como Vice-Presidente (a primeira Senhora a exercer este cargo) orgulhando-me da forma como fui desempenhado sucessivamente estes cargos aos quais me entreguei de alma e coração.
Compreenderão portanto o quanto me é penosa esta tomada de posição mas, os meus princípios assim o determinam.
Mais do quer ser associada desta prestigiada instituição, sou uma pessoa livre e, nesta conformidade, continuo a ser monárquica, advogando para Portugal um futuro melhor do que o presente. Como é do conhecimento de muitos dos associados do Ateneu, acredito que o regime monárquico é preferível ao da república pelo que seria incorrecto da minha parte continuar a pertencer ao Ateneu Comercial do Porto, nestas circunstâncias.
A V.ª Ex. ª e a todos os elementos da Direcção desejo, no entanto, as melhores venturas no exercício das V/ funções a bem dessa instituição que tão querida me é e para quem auguro um futuro que não desmereça o seu riquíssimo passado.
Solicito ainda o favor de apresentar os meus mais cordiais cumprimentos a todos os funcionários que sempre tão correctos foram para mim enquanto sócia e durante o exercício das minhas funções.
A Associada ( n.º 542)
Iza Maria Barbosa Flores Marcos
Porto, 27 de Janeiro de 2010
Eles fizeram desaparecer o conteúdo que apresentámos ontem no post das 20.00H, mas agora surge a confirmação. O dr. Costa Pimenta quer publicar na net uma lista completa de juízes que põe a sua fidelidade de seita, acima do interesse geral da população, do país. Que o faça e sem tardança.
Os do costume não querem ter a festarola de domingo estragada pela verdade que uma vez mais surge a público, por informação do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Efemérides do ano da Revolução: raparigas para todo o serviço e elixires para todo o serviço - com menção honrosa para as diarreias pútridas.
Elixir para a paz no mundo: o homem passar a deixar de impor sua superioridade à mulher - e, realmente, não é que desde aí deixou de haver guerras, hem!
Elixir para o indivíduo se emancipar da autoridade da Igreja: aplicar uma dose de socos.
E Viva a República!
De um mundo violento, este detective como que atravessa o tempo , e encontra a paz que entretanto os homens desaprenderam.
31 de Janeiro de 1891-2010
Com que então, Dr. António Reis, a tal 2ª República que "nunca" existiu...? Ou serão apenas originalidades do Sem-tenário?
1ª O Supremo Tribunal Administrativo é uma loja maçónica criada, instalada, dirigida e presidida por maçons - como, aliás, o Supremo Tribunal de Justiça é uma loja maçónica, criada e instalada por maçons, em aplicação do disposto no Ritual do Grau 27, e sendo o seu primeiro presidente — B… — e seguintes igualmente maçons.
2ª E sabe-se como ensina o maçon C… — ex-Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, Soberano Grande Inspector Geral e presidente do Supremo Tribunal Maçónico — «onde está um Maçon está a Maçonaria» (António Arnaut, Introdução à Maçonaria, Coimbra Editora, p. 86).
10ª Além disso, enquanto loja maçónica que é, o Supremo Tribunal Administrativo sempre tem procurado seguir o ensino do grande maçon António de Oliveira Salazar, a saber: «criminosos arvoraram-se em juízes e condenaram pessoas de bem» (Discursos, vol. V, p. 52); «o que muitas vezes resulta em Portugal do funcionamento das instituições legais — o castigo dos justos» (vol. II, p. 357); «se os tribunais não fazem boa averiguação dos factos e recta aplicação da lei, temos (…) “a mentira da justiça” (vol. 1, p. 28); «os povos, como os indivíduos precisam ser tratados com justiça» (111:108); e «a sociedade tem de inspirar-se nas suas decisões pelo princípio da justiça devida a cada um (vol. IV, p. 108).
Querem ler o documentozinho na íntegra? Ora venham AQUI !