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Comunicado - Filiação no CDS-PP e Juventude Popular

por Samuel de Paiva Pires, em 04.03.11

 

Quem me conhece e/ou quem me lê, sabe que fui e sou um acérrimo crítico de determinadas práticas partidárias e das respectivas juventudes. Sabe, também, que as realidades que conheço mais de perto são a da JS e a da JSD. Não por acaso, em tempos, estive perto de me filiar na JSD, mais por uma questão de amizade e lealdade para com algumas pessoas, do que propriamente por convicção ideológica - aliás, um liberal-conservador como eu, em pouco ou nada se pode rever na social-democracia, ainda que o PSD tenha correntes que vão desde a social-democracia mais esquerdista ao conservadorismo mais direitista.

 

Contudo, porque não devo obediência a não ser à minha consciência, e porque ainda gosto de estar em paz com esta, certas práticas que, a meu ver, são imorais, ilícitas e/ou ilegais, a que assisti recorrentemente, causaram-me ainda mais repulsa em relação às juventudes partidárias, pelo que não poderia nunca pautar-me pelas mesmas. Mas as realidades das quais tinha mais conhecimento em nada se comparam ao que encontrei na Juventude Popular, quer pelas pessoas que me acolheram com uma simpatia que não me recordo de encontrar noutros lados, quer pela própria postura destas perante a política e, acima de tudo, pelo facto de me rever ideologicamente na matriz do CDS-PP.

 

Ainda que não precise da política para viver, e não tencione vir a precisar, pois que a carreira que pretendo fazer é a académica, certo é que me custa continuar a assistir impávido e sereno a este caminhar para o abismo em que principalmente o PS nos tem levado. É preciso não só intervir na academia e na blogosfera, mas também na sociedade. E em democracia, goste-se ou não, os partidos são determinantes para o rumo que um país tenha. 

 

Sendo que o que me move são causas que vejo reflectidas na retórica do CDS-PP, perante este actual estado de coisas, considerando os incertos e negros tempos que se avizinham e tendo a clara noção que os portugueses apoiam a democracia mas estão cada vez mais exigentes, pelo que o tradicional centrão cada vez vai servindo menos os propósitos do país, decidi, portanto, intervir mais activamente, pelo que, desde hoje sou membro da Juventude Popular. 

publicado às 18:15

Os italianos olhavam para a sua recentemente criada colónia da Líbia, como uma frente de combate convencional, quase à imagem da Venécia ou Flandres da I Guerra Mundial. Pautavam os seus movimentos pela obsessão da conquista de posições, ou melhor, de um terreno inóspito, sem água, calcinado pelo sol e pedregoso, enfim, uma autêntica armadilha para qualquer serviço de logística do mais poderoso exército. Após meses de estéril simulacro de campanha, as tropas do Duce enterraram-se em posições que pensavam ser bastiões impenetráveis. Não houve fosso anti-carro, jardim de minas e de arame farpado, trincheiras, redes de bunkers e losangos de artilharia que as salvassem pois os seus adversários britânicos, com efectivos numericamente muito inferiores, aperceberam-se das verdadeiras condições decorrentes da arcaica mentalidade militar imperante em Roma. A consequência consistiu numa série de desastres, dos quais o governo de Mussolini e o Eixo jamais recuperariam. O desembarque de Rommel em Trípoli, modificaria o estado de coisas e desde cedo mereceu a alcunha de Raposa do Deserto, sempre apto a caçar no terreno que o inimigo pensava ser seu. Invertendo-se os papéis, o general alemão conseguiu com elementos quase irrisórios, anular os sucessos apenas recentemente obtidos pelos ingleses que paradoxalmente, acabaram por cometer os mesmos erros do exército italiano. Rommel manteve a logística como o ponto essencial para o sucesso das operações e a agilidade como norma. Apercebeu-se que combatia num mar de areia, onde os "tanques eram navios" e pouco importando sucessos de ocasião e obtidos pela conquista de uma ou outra desoladora localidade isolada do resto do mundo. Milhares de quilómetros quadrados "conquistados" e apresentados nos mapas avidamente coleccionados pelos estrategas de café, nada significavam. Em suma, compreendeu aquilo que o território líbio significa. Longe ainda estava o tempo em que a Cirenaica se tornaria num ponto vital da indústria petrolífera e ironicamente, sem jamais o saber, o Eixo tinha aos seus pés, o filão de combustível de que desesperadamente necessitou durante toda a guerra. Aliás, a falta de carburante, ditou a sorte da campanha e certamente, o destino da Alemanha e da itália.

 

El-Agheila, Mersa-el Brega, Mechili, Agedabia, golfo de Sirte, Bengazi, Derna, Tobruk, são nomes familiares que hoje voltam aos noticiários, tal como há setenta anos andavam na boca do mundo. As condições não mudaram, a Via Balbia ainda é o eixo essencial que liga o país e é neste estreito âmbito que as "operações" têm decorrido.  As distâncias a percorrer são enormes e num ambiente desolado, quase infernal. As "terras de ninguém" multiplicam-se e naquele país, significam todos os vastos espaços que se encontram entre localidades afastadas centenas de quilómetros entre si. Desta forma, qualquer anúncio de "vitória de Mersa-el-Brega", por exemplo, apenas poderá significar um sucesso limitado. Como se tem confirmado, na Líbia pouco importa um êxito militar, se este não corresponder ao total aniquilamento do adversário. As peripécias dos panzer, dos M13-40 ou dos Crusader, realizavam-se através da contagem de centenas de veículos blindados, acompanhados de outros tantos milhares que garantiam desde a rectaguarda, o abastecimento e o transporte das tropas. Assim, como é possível - a não ser por uma súbita quebra no centro do poder instituído -, pensarmos na vitória total a obter por uma mão cheia de jipes e carros blindados sem rectaguarda organizada? Até hoje, tudo indica que continuaremos a verificar a ocorrência de correrias de parte a parte, pensando-se ser improvável a existência de forças suficientes para a obtenção de uma vitória esmagadora, total. Desta forma se explicam os frenéticos apelos de Kadhafi à não intervenção externa, enquanto ele próprio faz desembarcar corpos expedicionários contratados na África sub-sahariana e recorre aos "bons ofícios" diplomáticos do seu inefável aliado venezuelano. Pelo contrário, a gente que se revoltou na Cirenaica, apela à urgente intervenção das potências, garantindo o êxito da sublevação e o descalabro do regime kadhafista no leste. Na verdade, a Líbia consiste numa invenção recente e de contorno retintamente colonial, saída da vontade de Mussolini. Jamais existiu uma verdadeira unidade territorial entre o leste e o oeste, assim como entre as populações das margens do Mediterrâneo e aquelas que o mar de deserto separa dos escassos e isolados oásis do interior do país. 

 

Sem que se possa garantir esta afirmação, os americanos aparentam ter sido apanhados desprevenidos pela sublevação do leste. Passados alguns dias, já é tempo de verificar alguns eventos que indiciam algo mais que uma simples "explosão por simpatia", querendo isto significar, um efeito de contágio por aquilo que se passou na Tunísia e no Egipto. Decerto existem muitas explicações para o descontentamento e seria útil para a esquerda europeia, meditar acerca do arrazoado de dislates proferidos acerca das virtudes - recorrentemente baseadas no "pelo menos, o anti-imperialista Kadhafi"... - do actual regime. Despótico e abusador, fez o que bem entendeu das riquezas que já jorram do subsolo há décadas, mesmo antes de se ter assenhorado do poder total. Se compararmos a Líbia com qualquer emirato, principado, reino ou sultanato do Golfo, a diferença é abissal. Os kuwaitianos, bahrainenses, sauditas, ou omanitas têm um estilo e qualidade de vida, infinitamente superiores àquele que se verifica entre os líbios. Cidades ordenadas, pujantes de edifícios oficiais e de residências acima dos padrões médios - mesmo em comparação com muitos países europeus -, escolas e hospitais de primeira categoria, um consumo que faz inveja a uma cada vez mais periclitante Europa, centros turísticos e financeiros e museus, são o símbolo daquilo que a esquerda europeia aponta como "opressão obscurantista" ou "absolutismo". Pelo contrário, a Líbia apresenta um confrangedor espectáculo de pobreza, desordem e atraso. Gente mal vestida, localidades sujas e onde o aspecto geral testemunha a não passagem do tempo, infra-estruturas muito deficientes e de paupérrima categoria, são o quadro que diante dos olhos nos é apresentado por impiedosas imagens transmitidas pela televisão. Que enorme diferença se apresenta entre Qaboos bin Said e Muamar Kadhafi! A Líbia nem sequer pode ser comparada, à infinitamente mais pobre Monarquia hachemita da Jordânia. Esta é a verdade dura, mas que não pode ser negada.

 

O Ocidente parece ainda atónito pela evolução dos acontecimentos. Quem é entrevistado nas ruas de Al-Baida, Derna, Tobruk ou Bengazi, mostra sempre uma profunda repulsa por aquilo que a Al Qaeda significa e é com alguma surpresa que ouvimos referências ao desejo de quererem viver e organizar-se ..."como na Europa". Em suma, o nosso destroçado e aparentemente morto modelo de sociedade, parece interessar-lhes. Maior é ainda a surpresa, quando os media euro-americanos verificaram um levantamento popular que reergueu as banidas cores dos Senussi, o tal "regime caquético e obscurantista" que Kadhafi enterrou e o ocidente aprendeu a desprezar através da propaganda do senhor das tendas. Teria sido fácil o recurso à bandeira republicana de 1969, aliás de forte conotação pan-árabe e que hoje enche as ruas do Egipto e do Iémen. Mas não, a verdade é que se confirmaram as bem fundamentadas suspeitas de Kadhafi relativamente à Cirenaica, onde a "sua república" foi pessimamente recebida e nunca aceite por uma população que nos Senussi via os seus libertadores e símbolos de independência. O sistema tribal pode muita coisa explicar, mas de facto, poderemos estar perante o nascimento de um novo Estado que nem precisará da Tripolitânia para sobreviver e até, muito rapidamente prosperar. Neste blog e logo no início da revolta, dissemos ser conveniente olharmos com mais atenção para a União Constitucional Líbia. As próximas semanas confirmarão ou não, esta suposição. A demasiadamente rápida proliferação de milhares de bandeiras executadas com materiais sintéticos - parecendo de encomenda -, posters realistas e outros artigos de propaganda, indiciam algo mais que um acontecimento expontâneo ou fortuito. A Aljazeera também tem ajudado e os nossos leitores facilmente poderão verificar o que queremos dizer.

 

Outro estranho sinal, consiste na prudência da administração norte-americana que já ontem e pela voz da sra. Clinton, utilizou precisamente os argumentos anti-Al Qaeda de Kadhafi, que queiramos ou não, tem sido um parceiro de muitos países ocidentais - os portugueses são disso embaraçadas testemunhas -, nomeadamente o "mundo de negócios" europeu e norte-americano. Por outro lado, sentimos igualmente a hipótese de uma manobra britânica, bem ao estilo de outrora e à revelia do seu privilegiado parceiro além-Atlântico, demonstrando que o velho leão poderá estar bem vivo e de razoável saúde muscular. É claro que não temos qualquer tipo de pretensões de conhecer a realidade do que se tem passado, mas as sugestões vão-se acumulando, talvez não sendo mais que uma miragem num deserto.

 

Se existe um mar de areia e pedras a separar a Tripolitânia e a Cirenaica, convém frisar as grandes diferenças que facilmente poderão cavar um intransponível fosso entre as populações do ocidente e do leste daquilo a que hoje designamos de Líbia. A Via Balbia consiste numa estreita fita que poderá significar a união, ou a divisão de ambas.

 

Para já, o que convém reter, é o facto desta ou daquela vitória obtida por um punhado de homens armados, pouco ou nada querer significar em termos da total conquista do poder. Vive-se um conflito de atrito e apenas uma súbita quebra num dos lados, dirá quem será o vencedor. Pode isto acontecer a qualquer momento e desconhece-se qual a verdadeira solidez do edifício estatal construído por Kadhafi, assim como a verdadeira força da subversão. Estamos perante qualquer imprevisível vitória ou derrota. 

 

Apostamos que o vencedor, já não poderá ser Kadhafi. 

publicado às 17:00

 

MPT – PCTP-MRPP – PDA – PH – PNR – POUS – PPM – PPV


Começou hoje a campanha pública a favor da democracia representativa em Portugal, contra o estrangulamento financeiro e legal que limita os partidos políticos não reepresentados na Assembleia da República. Caso concorde com a petição subscrita pelos partidos políticos MPT – PCTP-MRPP – PDA – PH – PNR – POUS – PPM – PPV acerca do Financiamento partidos políticos solicitamos que a subscreva e que a divulgue profusamente.

 

Leia e assine aqui.

 

publicado às 15:20

O discurso do rei: as palavras são importantes

por Pedro Quartin Graça, em 03.03.11

A opinião de Daniel Oliveira

 

“Quando eu vejo que há aí palhaços que falam, falam, falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada, fico chateado, com certeza que fico chateado”. A frase dos Gato Fedorento – inspirada num desabafo de um concorrente do Big Brother – foi usada vezes sem conta. Quase sempre para acusar outros de falarem muito e não fazerem nada. Não perceberam os plagiadores que, pelo contrário, Ricardo Araújo Pereira fazia uma caricatura dos que desprezam a palavra. Desprezam-na duas vezes. Ao usarem-na sem dizerem nada e ao tratarem-na como um mero adereço da ação. Aqueles que não percebem que, como gritava Nanni Moretti, em “Palombella Rossa”, “as palavras são importantes”. São mais do que sons. São, elas próprias, ação. Constroem realidade. Quem fala, dizendo alguma coisa, está a fazer alguma coisa.

O filme estrela dos oscares deste ano foi “O discurso do Rei”. Um homem que não esperava sentar-se no trono, mas que recebeu a batata quente nas mãos quando o seu irmão abdicou por se querer casar com uma mulher divorciada, acabou por ter um papel central na II Guerra Mundial. Como monarca, não podia aprovar leis, criar impostos ou declarar guerras. A única coisa que tinha a dar ao seu povo era a palavra. E as suas palavras contavam no preciso momento em que o Reino Unido se preparava para enfrentar a Alemanha nazi. Os ingleses precisavam dela para suportar os tempos difíceis que aí vinham. Só que Jorge VI era gago. Era ponderado e corajoso. Tinha tudo para ser um líder. Faltava-lhe a palavra.

A capacidade para mobilizar os americanos através das palavras não chega para Obama ser o presidente que prometeu. E não foi a trágica relação de Bush com a sua própria que língua que fez dele o pior presidente da história dos Estados Unidos. Sócrates é um bom orador, mas isso não faz dele um primeiro-ministro competente. Cavaco não tem qualquer respeito pelas palavras, mas não é apenas isso que faz dele um líder medíocre – apesar de, no lugar simbólico que tem o Presidente, não se tratar de um pormenor. Um político que não domina a palavra é um líder incompleto. Grande parte dos homens e mulheres que recordamos como grandes líderes usaram a palavra para conquistar o nosso respeito.

Portugal passa por um período difícil. E o que aí vem será ainda pior. Palavras certas não resolveriam a nossa dívida externa ou a encruzilhada em que a Europa se encontra. Mas, por só elas poderem expressar ideias, apontar caminhos e dar esperança a um povo desesperado, fazem imensa falta.

Nenhum dos nossos políticos é gago. Mas é como se fossem. Incapazes de mobilizar os que deveriam liderar, não dão sentido a nenhum dos sacrifícios que nos pedem. Não é apenas falta de talento. Talvez eles próprios não saibam o sentido que estes sacrifícios têm.

Quando faltam palavras a um líder temos boas razões para pensar que são as suas ações que gaguejam. Porque as palavras constroem realidade e explicam o sentido do que se faz, são tão importantes como qualquer decisão.Quando eu vejo que há aí palhaços que fazem, fazem, fazem, fazem, fazem e eu não os ouço dizer nada que se perceba, fico chateado, com certeza que fico chateado. Porque desconfio que não fazem ideia do que andam a fazer.

Fonte Jornal Expresso

 

publicado às 13:02

O que se passou na conferência em Bangkok

por Nuno Castelo-Branco, em 03.03.11

Visitem o site da Siam-Portuguese Studies, onde poderão visionar excertos das conferências de Miguel Castelo Branco e de António de Vasconcelos Saldanha. Está também disponível no Facebook, uma página destinada à comemoração do V Centenário. Um acontecimento destacado aqui.

publicado às 11:02

Vicissitudes portuguesas

por Samuel de Paiva Pires, em 03.03.11

Em Portugal a idade é um posto. Até para a deselegância. E ignorância. Pena encontrar ambas onde menos se espera.

publicado às 00:36

 

Diz a mensagem "uiquilique" enviada pelo embaixador americano em Lisboa. Pois, mesmos que isso fosse verdade, onde estaria o problema? Temos o "orgulho visceral" de um país que existe há quase um milénio, facto que para os observadores além-Atlântico, é coisa objectivamente incompreensível. Infelizmente, os nossos actores políticos, apenas disto se lembram quando lhes convém. 

 

De qualquer forma, ficamos com a estranha sensação de tudo isto se dever apenas ao despeito dos nossos aliados, por não terem conseguido vender-nos o seu equipamento em segunda mão. Quanto aos submarinos, se tivessem sido encomendados a uma empresa norte-americana, decerto teria a embaixada uma opinião bem diversa.

 

Business, as usual

publicado às 17:47

Não dói nada...

por Pedro Quartin Graça, em 02.03.11

publicado às 14:02

Em Angola as movimentações populares também se verificam. Neste caso, e da autoria do próprio Comité de Especialidade do MPLA para a Mudança, foi-nos hoje enviada a Circular 01/CEMPLAM/2011 com o seguinte conteúdo:

"Caros Camaradas
Compatriotas

As revoluções populares que estão a varrer as ditaduras do Norte de
África em breve cruzarão a África Sub-Sahariana.
São os ventos da mudança.
Angola tema uma das mais longas ditaduras em África e no mundo. Angola
tem um dos regimes mais corruptos e arrogantes do mundo.

Caros Camaradas
Compatriotas,

Precisamos de calma, inteligência e solidariedade para realizarmos a
mudança de regime sem violência nem pilhagens.
Como membros do MPLA, lançamos o Comité de Especialidade da Mudança.
Este comité vai juntar a vontade dos militantes que desejam o derrube
pacífico do Presidente do nosso partido e da República, o Camarada
Engenheiro José Eduardo dos Santos.
O MPLA precisa de se adaptar às novas circunstâncias em que a vontade
popular supera hoje as ditaduras.
Em Angola, a ditadura é exercida pelo Camarada Presidente Dos Santos e
um grupo muito restrito de membros do MPLA, como o Feijó e o Manuel
Vicente; oficiais generais, como o Kopelipa e José Maria, oficiais
comissários como o Nandó e o Sebastião Martins; e uma cambada de ladrões
a todos níveis da administração do Estado.
Este não é o MPLA do povo. O verdadeiro patriota nada tem a ver com este
MPLA. Temos de salvar o MPLA, para salvarmos a Nação.

Compatriotas,

O Camarada José Eduardo dos Santos não vai arrastar o MPLA para a
tragédia, como o Savimbi fez com a UNITA, por obsessão, arrogância e
desafio aos ventos da mudança. Como patriotas e membros conscientes do
MPLA não permitiremos que o Camarada Presidente siga o caminho do
Kadhafi que prefere destruir o seu país e morrer no poder.

Camaradas,

Aproveitemos a festa de carnaval que se aproxima, para nos manifestarmos
contra o Camarada José Eduardo dos Santos. Ele vai estar lá. Vamos todos
gritar ABAIXO O DITADOR! Ali mesmo no Carnaval, na Marginal.

Aproveitemos todas as manifestações do MPLA para mostrarmos que o MPLA
não é o Camarada José Eduardo dos Santos.

O MPLA deve estar do lado do povo que sofre.

O MPLA deve  expulsar os corruptos!

Viva o Povo Angolano!

Viva o MPLA!

Abaixo o Camarada Ditador José Eduardo dos Santos

Sambizanga, 26 de Fevereiro de 2011"

 

publicado às 13:36

Lisboa destruída: Agora é uma cruz suástica

por Pedro Quartin Graça, em 02.03.11

MPT-LISBOA exige explicações sobre cruz suástica na Almirante Reis

 

Na sessão de ontem da Assembleia Municipal de Lisboa, o Deputado Municipal John Rosas exigiu explicações sobre o aparecimento de uma cruz suástica na calçada na zona da Avenida Almirante Reis. Na sua intervenção sobre a Informação Escrita do Presidente da Câmara, John Rosas afirmou:
"Não poderia deixar de questionar directamente o Senhor Presidente sobre a razão da existência de uma cruz suástica gravada na calçada à portuguesa no passeio norte da Praça João do Rio.
"Para além de entendermos tratar-se de uma ofensa grave à cidade de Lisboa e aos seus munícipes, o Partido da Terra questiona a forma como são geridas as intervenções no espaço público por parte da câmara, seja como intervenientes directos nas obras seja como entidade fiscalizadora das mesmas. 
"Face ao exposto, Senhor Presidente, o Partido da Terra exige o apuramento das responsabilidades inerentes, bem como a imediata intervenção dos serviços camarários no sentido de removerem tamanha ofensa à dignidade da pessoa humana, da cidade de Lisboa e dos seus munícipes!"

E, como se não bastasse já esta questão, e bem mais grave, o MPT interregou também António Costa, sem resposta por parte deste, sobre a supressão de carreiras da CARRIS a partir já deste sábado.

publicado às 12:52

Sai um coelho para a mesa da esquina!

por Pedro Quartin Graça, em 02.03.11

Uma cagarra amiga, voando directamente das Selvagens para minha casa, trouxe-me uma notícia esta manhã que aqui divulgo em primeira mão, com as naturais reservas e os volte-faces em que a política é tão pródiga. O ex-candidato presidencial Coelho, caso não tenha resposta ao ultimato que fez ao PND, concorrerá às eleições regionais da Madeira através de uma nova "barriga de aluguer": O PLD - Partido Liberal Democrata (Ex-MMS), actualmente desactivado. Para um alegado comunista, Coelho entra de novo em contradição ao se candidatar por um partido adepto do mais puro liberalismo de mercado. Que coerência para quem se diz defensor do Estado Social! Fantástico!

publicado às 10:18

Direito à escolha.

por Cristina Ribeiro, em 01.03.11

Num país governado há anos e anos pelo malfadado " centrão ", o conservador não tem lugar: só pode aspirar ao mal menor -  um centro uns milímetros à direita, por vezes, demasiadas vezes, rendido ao que lhe está à esquerda é o máximo a que podemos aspirar, nós os que rejeitamos quaisquer associações a totalitarismos: sem linha de rumo certo, oscilando à menor rajada de vento dos interesses partidários e pessoais, o que o aprisiona ao Sistema que nos trouxe até aqui, até este estado deplorável de coisas. Leio que na Irlanda as sondagens dão a vitória nas urnas aos conservadores; e nós? não podemos escolher? Aqueles que são chamados partidos de direita não se diferenciam, em substância,  do que hoje está no governo. Coisas mínimas, que os leva a integrar, todos eles, o dito " centrão ", porque feridos dos não menos malfadados " complexos de direita " ; como leio num blogue d'além mar, O combate deve ser cultural (... ); as direitas precisam resgatar os valores comuns da vida, da liberdade, da família, do individualismo político, da tradição e da propriedade, além da livre iniciativa.

publicado às 22:39

Tendo em conta a actual situação internacional, prevejo que a agitação no mundo Árabe venha a contagiar também o Sudão num futuro muito próximo. Assim sendo, é também provável que o Sul possa aproveitar o facto de Al Bashir poder estar a braços com uma complicada situação em Cartum, para fortalecer a sua posição em Abyei, uma região de fronteira entre o Norte e o Sul, ainda sem delimitações acordadas, muito rica em petróleo e zona de conflicto tribal.

 

De forma a evitar potenciais abusos de parte a parte, defenderei uma eventual iniciativa da criação, o quanto antes, de uma força internacional para a securização da fronteira. Idealmente esta seria apadrinhada pelos EUA, mas dado que os fantasmas de Mogadishu ’93 ainda assombram a Casa Branca, temo que esta seja uma possibilidade demasiado remota.

 

Como alternativas, surgem a União Africana ou uma nova Missão das Nações Unidas. Parece-me desde logo que uma força da UA não tenha a capacidade de responder adequadamente a uma situação que tem todos os ingredientes necessários para um potencial genocídio, pelo que urge ao Conselho de Segurança da ONU (sem dúvida um ‘mal menor’) discutir a criação de uma Missão especialmente dedicada ao patrulhamento da fronteira, como de resto existe já, se bem que em moldes diferentes, entre a Índia e o Paquistão, a Eritreia e a Etiópia, e o Líbano e Israel.

 

Além do mais, tenho o pressentimento de que a actual Missão da ONU no Sudão (UNMIS) se tornará rapidamente obsoleta, já que é presumível que a vontade de al-Bashir seja ver-se livre dos ‘capacetes azuis’ assim que se torne efectiva a independência do Sudão do Sul. Tomando em consideração esta presumível vontade, seria preferível que a ONU se antecipasse com um plano e um propósito claro, aproveitando os poucos trunfos que ainda terá junto do Presidente Sudanês, para consituir um projecto que possa ser apoiado pelos dois governos.

 

Finalmente, convém referir que, verificando-se revoltas nas ruas de Cartum, seria do maior interesse para al-Bashir ter uma força de salvaguarda da sua fronteira a Sul, mesmo que este não tenha, para já, capacidade ou interesse em o admitir. Escusado será dizer que esta opção servirá ao mesmo tempo os interesses do Sul, mesmo que seja em potencial detrimento de algum território.

 

(Desta questão omiti propositadamente o Darfur, já que o paradigma de fronteiras deste território assume contornos bastante diferentes)

publicado às 16:22

Via Brasil, ficámos a saber qual a posição do PCP quanto aos assuntos líbios.

 

Um conhecido potencial colaboracionista de uma Europa que um dia "teria sido ocupada" pela URSS, decidiu-se pela desesperada defesa de Kadhafi. Como é hábito, procurou transplantar uma parte da hagiografia soviética para as dunas do deserto da Marmárica e nem sequer faltou uma alusão ao ataque ao Palácio de Inverno, agora corporizado pelo rei idris. O funcionário em tempo livre Miguel Urbano Rodrigues, segue rigorosamente as directivas habituais, apontando a "desinformação e confusão" semeadas mundo fora. Em suma, papagueia aquilo que a boca de Kadhafi transmite via CNN. A tagarelice velha e relha da "ameaça imperialista", aliada à sempre omnipresente teoria da conspiração, pózinhos milagrosos e danças de bruxas em que os comunistas são peritos, deliciam qualquer leitor interessado numa viagem ao passado, breve de cinco minutos.

 

Após o inevitável ataque à inofensiva Monarquia dos Senussi, M.U.R. canta hossanas ao regime do coronel saído das areias e a uma  ..."estratégia que promoveu o desenvolvimento económico e reduziu desigualdades sociais chocantes. A Líbia aliou-se a países e movimentos que combatiam o imperialismo e o sionismo. Kadhafi fundou universidades e industrias, uma agricultura florescente surgiu das areias do deserto, centenas de milhares de cidadãos tiveram pela primeira vez direito a alojamentos dignos". Tudo isto parece muito idílico, mas infelizmente não corresponde minimamente ao que as imagens têm mostrado, desde a péssima qualidade urbana que por lá se espalha como uma lepra - qualquer centro de cidade na Líbia, mais se assemelha ao pior dos subúrbios da Grande Lisboa -, até ao aspecto paupérrimo e semi-desclaço, de uma população que vive sobre um mar de petróleo. Ávido comprador de material de guerra soviético, o sr. Kadhafi apresenta ao mundo um exército com um aspecto andrajoso, carros blindados enferrujados, tanques debotados e aviões a caírem aos pedaços. Torrou dezenas de biliões em sucata, biliões esses que engordaram as contas do conglomerado militar-industrial da extinta União Soviética.

 

O sr. Miguel Urbano Rodrigues, não desfia nem uma conta do rosário de atrocidades perpetradas pelo seu camarada de Trípoli, nem sequer tem uma palavra para aquelas que o regime da moribunda "jamahiria" perpetrou contra o seu próprio povo. Este tipo de solidariedades relativas a prazenteiros enforcadores de estudantes e de famílias inteiras, esta condescendência para com bombistas de linhas aéreas e financiadores de patifes da pior espécie como Abu Nidal, Baader-Meinhof, Brigate Rosse, Rote Armee Fraktion e uma imensa panóplia de grupúsculos terroristas mundo fora, elucidam-nos acerca do que ainda fervilha por aquelas néscias cabeças em irrecuperável curto-circuito. 

 

A precisar urgentemente de fosfoglutina, o sr. Rodrigues poderia repensar os eventos que levaram ao saque dos recursos da Ucrânia, países do Cáucaso e da Ásia Central, Roménia Alemanha Oriental, por exemplo. O que tem o sr. Rodrigues a dizer, acerca das "normalizações" imperialistas impostas pelas lagartas dos tanques da URSS? O que lhe pareceu significar a invasão do Afeganistão, a invasão de Angola pelo imperial-internacionalista de bananeira Castro, ou a descarada intervenção na Etiópia com todo o seu cortejo de horrores? A lista é longa, talvez mais ainda que a já provecta idade do sr. Rodrigues. 

 

Fica-nos o aviso acerca  de..."dirigentes progressistas latino americanos (que) admitiram como iminente uma intervenção militar da NATO".  Sabemos perfeitamente a quem se refere, precisamente aqueles ditadores de pacotilha que sabem pertencer a uma indesejável lista de detritos a reciclar.

publicado às 15:54

The Portuguese-Siamese Treaty of 1820

por Nuno Castelo-Branco, em 01.03.11

"Quis a assembleia interpelar-me sobre o livro agora publicado. Nestas coisas, não se deve titubear nem assumir vergonhas nacionais, paralisantes complexos de inferioridade e a sempre velha história dos coitadinhos pedindo desculpas pelo facto de existirem. Fi-lo em tom de defesa agressiva e procurei desmontar um a um os mitos que teimam em repetir-se a respeito de Portugal no Oriente. Correu bem e um pouco de lógica apaixonada e verbo incandescente não fazem mal a ninguém. Só nos respeitam quando, sem fantasia e com plena frontalidade assumirmos o nosso papel no mundo. Ao terminar, confesso que exausto e ainda a pesar-me nas pernas o efeito do jet lag,recebi dezenas de pedidos para autografar o livro. Servir Portugal é um honra e se cada um o soubesse fazer na exacta medida das suas competências, Portugal teria outra visibilidade. Um dos presentes, embaixador da Tailândia num país da União Europeia e parente próximo da família real, teve a gentileza de me confessar que ficara encantado com a sessão e que havia formado um outro juízo sobre Portugal e os portugueses. No mesmo registo, um dos luso-descendentes expressou ao Professor Vasconcelos de Saldanha a importância e impacto do acto, segredando-lhe estar cheio de orgulho pelo ascendente que os oradores haviam conseguido e pela "forma como haviam dito coisas difíceis com tamanho desembaraço"."

 

Leia o texto completo no Combustões

publicado às 11:02

Resumo do Prós e Prós Geração Parva

por Samuel de Paiva Pires, em 01.03.11

Se querem mudar as coisas metam-se na política, disse Isabel Stilwell. É isso mesmo. Mas se alguns destes jovens alguma vez mandarem neste país, avisem-me que é para eu pedir asilo político à Suazilândia.

publicado às 00:40

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