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Lisboa Arruinada: cá está mais um Calimero

por Nuno Castelo-Branco, em 01.10.11

 

Esta é a salgada Lisboa do "requalificador" (Duque de Loulé, 35, praticamente "às moscas")

 

Pobre do Manuel, anda mesmo prejudicadíssimo pela sua inclusão na (indi)gestão municipal de Lisboa! Numa  esfarrapada entrevista ao i, um dos responsáveis pelas demolições a eito que continuam por toda a cidade, tece loas à sua azáfama, gaba-se da empresa familiar "não ter trabalho" e já se prepara para mais um mandato. Pois é, entre outras coisas "liscontadas", a arranjada conversinha com o jornal destina-se a isso mesmo, a relançar a candidatura costista à C.M.L. 

 

O Sr. Salgado diz ser obcecado pela requalificação da cidade. Sabemos o que isso significa, pois as Avenidas Novas, a Avenida da Liberdade - acabaram de demolir mais um edifício diante do D.N. -, a cada vez mais pestífera "da República", a zona adjacente à Torre de Belém - com o hotelzinho-mamarracho que construiu para o conhecido açafatismo que serve um certo Partido -, o desastre na Duque de Loulé - onde outra familiar entidade "salgada", o BES, conseguiu a proeza de fazer retirar o nº 35 do inventário municipal, demoli-lo num ápice e em seu lugar erguer uma ignóbil nojeira terceiro-mundista jacuzzizada -, a Praça José Fontana, a zona da Estefânia, o já quase completo arrasar do Saldanha - o edil deve andar mortinho por colocar bulldozers na antiga sede do MASP/Salão Rubinstein -, etc, etc, etc, fazem deste "Manel", mais um estranho sucedâneo bípede da ocorrência do 1º de Novembro de 1755. Chegando uns dez segundos antes do resto da impante massa corpórea, aquela pança leva tudo em frente, fazendo inveja a Abecassis e batendo Soares e Santana aos pontos.

 

Para cúmulo, ainda vai justificando a para ele imperiosa necessidade do repensar da chumbada questão dos contentores de Alcântara, como se não soubessemos todos a bem provável razão desse ralar de miolos. A Liscont que o diga, estamos ansiosos por escutar novas. Dado o palmarés adquirido ao longo de árdua faina, até poderemos desconfiar que aqui está um dos principais motivos da dita entrevista. Um cheirinho a salgada maresia ou um encarte atempado, tomando o pulso dos munícipes.

 

Enfim, deixemos  a grasnada requalificação do espaço urbano para uns posts mais adiante. Entretanto, o Calimero Salgado nem uma palavra deixou acerca da "requalificação" de saguões, quintais de prédios, enfim, aqueles "metros quadrados inúteis" a que certos "Fundos Imobiliários" dariam bom proveito. Belo festim para alguns, claro, com talvez mais uns aperitivos salgados, como convém. 

 

Adenda: o camarada Salgado minimiza o impacto visual dos contentores em Alcântara. Dada a sua boa vontade, sugerimos que o dito terminal seja efectivamente adjudicado à Liscont que para isso apenas terá de alterar os seus planos e transferir-se para a zona oriental da cidade. Mesmo diante da propriedade onde reside o Sr. Manuel, fica este mais perto de uma "requalificada modernidade". Que tal? 

publicado às 08:19

Os 100 dias de Governo, por Vasco Pulido Valente

por Pedro Quartin Graça, em 01.10.11

 Vasco Pulido Valente, Os 100 dias [no Público]:

      '(...) O que não se viu ainda foi um plano de reforma coerente, claro e compreensível. Não há um plano para a reforma da administração central, não há um plano para a reforma da administração local, não há um plano para a reforma do sector empresarial do Estado, não há um plano para a reforma da Saúde. Não há um plano para nada. Os ministros cortam aqui e cortam ali, extinguem isto e aquilo ou fundem alhos com bugalhos: talvez bem, talvez mal. Infelizmente, essa grande actividade parece uma caçada aos pardais. No meio da confusão não se distingue um objectivo, um método, um propósito. Cada um atira para onde lhe dá na gana ou trata do sarilho do dia. É escusado procurar uma ordem. E o dr. Passos Coelho, com a sua suavidade e simpatia, não se explica e de quando em quando contribui mesmo para aumentar a confusão.
      Os ministros, coitados, não ajudam. O ministro das Finanças, com o seu pequeno ar de contabilista melancólico, não chega a ninguém. O ministro da Economia, que escreveu um livro pedante e pueril, anunciando que, se o deixassem, iria rapidamente limpar a casa, desapareceu num mundo que ele não conhece. A sra. ministra da Justiça continua remota e misteriosa. E o sr. ministro Relvas, sem qualquer autoridade que o país reconheça, ocupa quase sozinho o palco, e gesticula e berra, provavelmente sem consequência. Em conjunto, o Governo, entre a súplica e a bravata, entre uma fé espúria no futuro da Pátria e ameaças de tragédia, não convence. Passos Coelho é um homem resoluto à procura do compromisso e da "unidade". E um homem hesitante à procura de firmeza e respeito. É muito capaz de perder pelos dois lados.'

publicado às 07:32

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