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Ciclo kármico

por Fernando Melro dos Santos, em 23.06.14

sri ram jaya ram jaya jaya ram

 

apuramento do naipe de amigos mais necessitado -> projecto -> financiamentos operacionais -> o vara ricardo inserir infiltrado assina -> jornalista da família é contactado -> projecto "considerado o mais belo destino para golfe na europa" -> fascínio indígena -> construção -> realidade -> assobios para o ar

 

sri ram jaya ram jaya jaya ram

publicado às 17:45

Os dois pesos

por Nuno Castelo-Branco, em 23.06.14

Pelos vistos, anda muita gente distraída com casos secundários. Há perto de um ano, alguém hasteou a mesmíssima bandeira ao contrário. Diante de todas as objectivas de fotógrafos e das câmeras de tv, o zelador-mor da República foi até ao fim, não parecendo muito aborrecido pela habilidade. Não consta ter sido movido qualquer processo "derivado" do ultraje à flâmula do regime.

 

No antigo Reino dos Algarves, existe uma justiça muito mais célere e capaz de colocar os prevaricadores em sentido. 

 

Estranho país que viu serem queimadas milhares de bandeiras nacionais num já longínquo 1º de Dezembro de 1910. Celebraram este crime como grande coisa, como se se tratasse de um clarão libertador. E quem caprichadamente organizou esse ultraje? Nada mais nada menos senão a gente do poder instituído por assalto, exactamente aqueles que foram os antecessores de quem actualmente o exerce e faz respeitar através do conhecido sistema "dois pesos e duas medidas". 

publicado às 14:50

Opções do eleitorado

por Fernando Melro dos Santos, em 23.06.14

Durante 40 anos, a escolha foi clara.

 

Entre progressismos para inglês ver, barra, feitos histórico-estatísticos, e investimento sério, estrutural e duradouro, o eleitorado foi cantando e rindo contente com as migalhas.

 

Agora? Pobreza da que já não se cura com subsídios. Colorido ou não, documental ou romanceado, um bom texto de Paulo Moura no Público.

publicado às 12:49

Somos todos socialistas

por John Wolf, em 22.06.14

O problema do Partido Socialista (PS) é que o país inteiro está a ver. O problema do PS já não é o governo que se encontra em plenas funções - é o próprio PS. O problema do PS já não é o desemprego ou o crescimento económico - é a perda de credibilidade perante os portugueses. O problema do PS é terem feito asneiras e não haver modo de as desfazer. O problema do PS é haver muitas agendas pessoais sobre a mesa. O problema do PS é não haver alternativa ao PS. O problema do país é não poder contar com uma oposição centrada nas questões que efectivamente contam. O problema do país é ser obrigado a assistir a um espectáculo degradante nos meses que se seguem. O problema dos políticos é julgarem que o seu partido e o país são a mesma coisa. O problema do PS é haver um duelo entre estátuas e estatutos. O problema do PS é tornar irreversível certos processos de fractura interna. O problema do PS é ter perdido contacto com a realidade. O problema do PS é julgar que o legado do passado pode resolver os problemas do futuro. O problema do PS é não ter realizado a reflexão apropriada sobre o caminho percorrido pelos socialistas por essa Europa fora. O problema do PS é ter de vender a alma ao diabo para conquistar o poder. O problema do PS é julgar que os seus conflitos internos não afectam o país. O problema do PS é considerar que não será julgado pelos portugueses nas próximas legislativas. O problema do PS não é o meu problema, mas já é de todos nós.

publicado às 20:25

Negócios com caracóis, coiratos e canecas

por Nuno Castelo-Branco, em 22.06.14

Convidado para o televisivo substituto de degustação de caracóis, coiratos e canecas de cerveja, Bernardo Pires de Lima esteve no Eixo do Mal. Além dos sempre transcendentes e edificantes temas da ainda insucessiva sucessão no PS e do regalado aperto salgado no BES, o docente abordou ao de leve a situação em Espanha.

 

Entre os senhores do poder em Portugal, existem aqueles que embora não possam reconhecê-lo de forma politicamente correcta,nem por isso deixam de  pertencer às hostes da plutocracia pura e dura, vulgarmente disfarçada de liberal. Enfileiram-se normalmente entre os mais ferozes opositores de qualquer possibilidade de re-instauração daquela forma de representação do Estado que fez e consolidou Portugal ao longo de oito séculos. Dado tudo aquilo que temos observado no nosso país, entendemos facilmente a sua oposição à possibilidade de um cercear de uma importante parcela do exercício do poder total. Compreende-se, pois a presidência da República é um assunto exclusivo da oligarquia financeira que dita sobre os ombros dos seus súbditos da política. Quanto a este aspecto da ainda existente dicotomia Monarquia-República, batem os próprios comunistas quanto à aversão que a tradição representa. São assim os companheiros dilectos de outros convivas do banquete proporcionado pelo regime, os que patinados pelo discurso das boas causas, aparentemente são os irredutíveis adversários dos precedentes. Irredutíveis, apenas porque são candidatos concorrentes ao exercício da distribuição das benesses, neste bloco cabendo as diversas sensibilidades - bem traduzidas no actual Parlamento - do programa emitido pela empresa mediática do Sr. Balsemão. Nada de suspeito, portanto. 

 

Dizia Bernardo Pires de Lima que a situação em Espanha merecerá alguma atenção, embora previamente tivesse julgado azado fazer a sua Made in USA profissão de fé, obviamente anti-monárquica. Iniciando o seu curto depoimento com a caracterização da proclamação de Filipe VI como algo próprio do "mundo das revistas cor de rosa", logo se embrenhou numa mais razoável justificação da necessidade da manutenção do actual regime no país vizinho. Nada de novo aventou, apontando aquilo que qualquer leitor de A Bola será capaz de lobrigar, ou seja, a conveniência da preservação de fronteiras estáveis num espaço compatilhado por Portugal e consequentemente, a paz e o status quo numa Europa dilacerada pelos consecutivos erros e pequenas ambições dos seus dirigentes. Previsivelmente, esses dirigentes entre os quais ele próprio encontra o seu campo político, aquele que gizou a catastrófica balbúrdia que é a União Europeia. Afinal, Pires de Lima acaba por contradizer-se, apontando a Monarquia como um factor imprescindível de coesão e daquilo que talvez mais lhe interesse: a prosperidade da economia e a paz social. O pensamento dos nossos liberais da viragem do século, infelizmente não consegue ir mais longe que o manusear do tradicional ábaco a que a nova tecnologia teve o condão de transformar em calculadora via ordenador.

 

Talvez será muito optimismo pensarmos que os ditos liberais tenham a perfeita consciência do perigo que representaria a queda da República em Portugal, dadas as iniludíveis consequências que isto teria na nossa política externa, no reordenamento da estrutura do poder político nacional e no inevitável cercear das tentativas de amalgamar a que os abusivos "tratados" europeus conduzem. 

 

Fique o Sr. Bernardo Pires de Lima ciente de algo que talvez até agora lhe tenha escapado. A Monarquia vizinha, consiste no derradeiro obstáculo erguido diante daqueles émulos espanhóis dos que por cá tomaram de assalto o Estado. Precisamente os que escudados por siglas de bancos e similares, de escritórios de diversas assessorias ou estudos de mercado, vivem obcecados pela cartelização do poder poder político totalmente subjugado pelo pulso forte do dinheiro virtual cuja posse não tem rosto ou assinatura que se veja. É risível, a sugestão de o monarca espanhol não passar de um simples autenticador de documentos enviados pelos sucessivos governos que se revezam na Moncloa. Todos sabemos que esta é uma daquelas mentiras que não resiste à mais superficial análise dos factos. 

 

A verdade é outra, apesar das aparências ditadas pela Constituição de 1978. A influência da Coroa - não "eleita", logo não controlável - estende-se muito para além da normal gestão dos assuntos correntes e tem sido essencial no tecer da trama que mantém a coesão do Estado, influência esta que também é decisiva quanto às Forças Armadas. Sendo estas muito diferentes do banal simulacro castrense que existe em Portugal, o detentor da Coroa é mesmo o elo mais forte para a manutenção do controlo civil sobre aqueles que desde o advento do Liberalismo, têm sido os nem sempre bem dispostos vigilantes de qualquer ameaça que eventualmente possa colocar em causa a unificadora obra de Isabel e Fernando. Neste nada desdenhável aspecto do destrinçar da realidade política existente em Espanha, parece existir a unanimidade entre os uniformizados do lado de lá da fronteira, sejam eles castelhanos, bascos, catalães, valencianos ou baleares. Se a isto juntarmos a impressionante carteira de contactos que o Rei de Espanha tem em praticamente todas as capitais mundiais, abrimos então aquele capítulo que se torna no principal ponto de interesse dos obcecados pelo neo-mercantilismo, mercantilismo este conceptualmente tão adulterado como o liberalismo que julgam defender. O Sr. Bernardo Pires de Lima que consulte o patronato e as cabeças do sindicalismo espanhol e logo concluirá acerca do que representa a Coroa na economia e logo, no trabalho, no essencial progresso material daquela sociedade. Não lhe pedimos mais e assim bem pode limitar-se ao que mais lhe interessa.

publicado às 19:11

RIP

por Fernando Melro dos Santos, em 22.06.14

 

Morreu o Miguel Gaspar.

 

Inesperei, não fazia ideia. Era um apóstata sob o meu ponto de vista, mas era um relator fiel, um escriba que sabia quanto custava pertencer à guilda.

 

Descansa, que o Mundo trará matéria quanto baste. 

 

Até sempre.

 

 

 

publicado às 14:42

De Vasco Pulido Valente

por Nuno Castelo-Branco, em 22.06.14

"Apesar da comitiva e da segurança, não dei por que os reis de Espanha estivessem no hotel. Um Secretário de Estado português teria sido mais conspícuo. Não vi o rei Juan Carlos que não saiu do último andar, excepto no dia em que se foi embora. Mas vi a rainha na varanda comum, a tomar um chá e a discutir com um secretário com muitos papéis não sei que problema. Na mesa do lado, a ler um livro, nunca me distraíram ou incomodaram. Aquela monarquia despretensiosa e bem-educada não me pareceu um perigo para ninguém. De resto, não passa de um símbolo, com algumas funções de representação e, constitucionalmente, sem sombra de poder político. Como em Inglaterra, o rei nem sequer dissolve o parlamento e lê no parlamento os discursos que o governo lhe manda.

Agora, Juan Carlos resolveu abdicar e foi substituído por Felipe VI. Parece que Juan Carlos perdeu o prestígio por causa de uns tantos casos de infidelidade conjugal (que não se percebe como interessam ao Estado) e por causa de uma caçada ao elefante no Botswana, em que partiu uma perna (um genro vigarista no tribunal também não ajudou). Nas cerimónias de sucessão, uns vagos milhares de pessoas gritaram“España mañana será republicana”, provavelmente inconciliáveis da guerra civil (1936-1939) ou anti-franquistas que guardaram uma velha vontade de revanche. Esperemos que nunca aí se chegue por duas razões. Primeira, porque o rei é melhor garantia da unidade do país. E, segunda, porque a República tarde ou cedo criaria um tumulto em Espanha e na Europa.

Um presidente sairia por força de uma das nacionalidades de Espanha que se autodenominam “históricas” (Castela, Catalunha, o País Basco e a Galiza), sendo suspeito aos grupos que ficassem de fora: uma receita infalível para a desordem e o conflito. Pior ainda, a dissolução de Espanha iria inevitavelmente encorajar o separatismo da Escócia e do norte de Itália. De qualquer maneira, não se compreende a ansiedade de um pequeno povo para se fechar na sua pequenez (nós por aqui sabemos bem quanto ela custa) ou o desejo de falar uma língua que ninguém mais fala ou escreve. Esta perversão do paroquialismo, numa economia global e num mundo em que o inglês se tornou de facto a “língua franca”, leva fatalmente ao isolamento e à fraqueza, pelo prazer de uma glória “nacional” sem sentido. A Escócia, pelo menos, quer ficar com a rainha e, de caminho, com a libra."

publicado às 10:16

Broncos e broncas

por Nuno Castelo-Branco, em 21.06.14

1. Cinco horas à chuva, ansiosamente esperando as vedetinhas que chegaram do outro lado do Atlântico. Uma eufórica multidão de brasileiros e de luso-descendentes, foi completa e sobranceiramente ignorada por Cronaldos e restantes broncos. Só visto.

 

Por quem é que esta gente se toma?

 

2. A bronca BES e respectiva famiglia, promete. A temível queda significa umas tantas desgraças a pagar por quem todos já adivinham, mas decerto também é portadora de algumas boas novas. O BES está na vereação da CML e este facto é por si elucidativo de tudo o que temos visto na capital portuguesa. Cerejinha em cima do bolo seria a saída de Costa da CML, consigo levando o primo do Sr. Salgado. A ver vamos se as ligações do candidato a líder do PS se limitam aos bons ofícios e desinteressadas amizades. A propósito, seria útil sabermos se o BES pende para Costa ou para Seguro. 

 

* Também a propósito, o 1º ministro agiu correctamente em não avalizar as pretensões do competente e benemérito grupo de banqueiros. 

publicado às 21:29

356 anos depois...

por Nuno Castelo-Branco, em 21.06.14

 

 

...acasos da genética

publicado às 15:54

Os jogadores da Selecção e Paulo Bento

por Manuel Sousa Dias, em 21.06.14
Portugal tem uma Selecção Nacional bem recheada de talentos, grande parte deles a jogar nas melhores equipas do mundo. São estes jogadores que, nas suas equipas, estão habituados a ser orientados e inspirados pelos melhores treinadores do mundo. Não é o caso agora. Longe disso. Que se contentem em ser orientados e inspirados por Paulo Bento, já agora, "com toda a tranquilidad".

publicado às 15:36

Sócrates e o Templo de Shaolin

por Manuel Sousa Dias, em 21.06.14
Sem honra nem glória Sócrates escolheu refúgiar-se em França quando tombou da cadeira do poder. Tal como um guerreiro (acho que ele gosta de se ver assim) que precisa, primeiro, de recompor-se, e depois, de adquirir novas técnicas de luta, Sócrates escolheu, como num filme série B de artes marciais, o seu Templo de Shaolin. Se antes foi acusado de não ser um engenheiro (acusação terrível para um alguém do norte que se apresenta como tal), então na Sorbonne conseguirá um título, não de engenheiro mas de filósofo, não se chamasse ele Sócrates. E estudou muito. Estudou os clássicos, de Aristóteles a Platão passando, claro, pelo seu homónimo. Estudou longas horas a fio retórica e as suas várias técnicas. E estudou os Sofistas, que adorou, imaginando-se num futuro próximo enganar os portugueses e deliciar os seus amigos do PS com sofismas novinhos em folha inventados por si. Quando, depois de inúmeras horas bem gastas sobre os livros de filosofia e muitas reguadas nos dedos recebidas do mestre por cada resposta errada, o guerreiro finalmente obteve o grau pretendido, então decide regressar à pátria que antes o escorraçou. E, como no argumento de um mau filme série B de artes marciais, o guião segue um modelo: 1) Lavar a sua honra e restituir o bom nome a si e aos seus 2) matar o tirano que ilegitimamente usurpou o poder 3) devolver o poder aos bons - assim será a vingança suprema do guerreiro Sócrates!
A política portuguesa é um filme série B sem qualidade e Sócrates tenta, com a ajuda da falta de memória dos portugueses, lavar a sua honra semanalmente na sua homilia no canal 1 da RTP, com sofismas, mentiras e muita falta de vergonha. Segue-se a vingança suprema, neste caso, a ascensão de António Costa ao cargo de Primeiro Ministro, figura esta que não se poupa a esforços para restaurar a honra perdida do governo criminoso de Sócrates e dos seus cúmplices. Já vi este filme e é mesmo muito mau. V

PS: Estas retiradas estratégicas para os templos de Shaolin devem ser uma tendência da familia Pinto de Sousa, pois já o primo de Sócrates esteve anteriormente na China incomunicável numa espécie de Templo de Shaolin ou, por outras palavras, longe do braço atrofiado da justiça portuguesa.

publicado às 14:45

As opções de Costa 4

por Manuel Sousa Dias, em 21.06.14
Não deveria Costa abandonar a Quadratura do Círculo? Neste programa, no qual faz parte do painel de três comentadores, Costa, em nome da decência, absteve-se de fazer comentários à gestão da CML, pelo interesse próprio que lá mantém. Agora, que diz pretender alcançar a liderança do PS vai abster-se de comentar esta luta interior do seu partido? Não seria mais fácil e mais sério apenas largar a Quadratura do Círculo? E, na ausência desta decisão (compreende-se que despudoradamente não queira abdicar desta tribuna na qual semanalmente massacra Seguro), não terão Pacheco Pereira e António Lobo Xavier algo a dizer sobre estas meias tintas?

publicado às 13:28

As opções de Costa 3

por Manuel Sousa Dias, em 21.06.14
Se António Costa pretende pegar no PS e ganhar as próximas legislativas tem de fazer bem mais do que recolher o apoio dos ilustres do partido e restaurar a honra perdida de Sócrates e dos seus "camaradas": Costa deveria tomar o PS depois de um mandato na CML pleno de vitórias. Mas não. O Autarca, apesar de alguma boa imprensa, não tem mão na recolha de lixo, que está pior que nunca; os pavimentos estão crivados de buracos, lombas, desníveis, carris de eléctricos sem uso, paralelos e alcatrão a remendarem-se um ao outro e zero manutenção - ZERO!!!, provavelmente com mais buracos do que Bagdad; para não falar das opções do trânsito; para não falar do fecho de artérias da cidade para favorecer marcas da grande distribuição e cantores sofríveis; para não falar de mais umas festas da cidade com organização muito sofrível, com milhares de pessoas a urinarem na ruas na falta de casas de banho de apoio; para não falar de umas obras intermináveis na Ribeira das Naus; para não falar em etc. Etc, etc.. Uma lista interminável...
É este homem, cheio de vitórias, que pretende ser o próximo PM de Portugal.

publicado às 05:14

Novo Rei, novo retrato e uma mensagem

por Nuno Castelo-Branco, em 20.06.14

1. Sendo um dado tão previsível como amanhã ser sábado, os canais televisivos têm demonstrado um misto de fascínio pelo que "cá também poderíamos ter", profunda inveja pelintreira de meia branca e irritação por tudo aquilo que ontem vimos em transmissão directa  de Madrid. Os duzentos e poucos símios que apenas não passaram despercebidos mercê dos bons ofícios das Judites de cá e de uma meia dúzia de outros preenche-horários de telejornal, não foram suficientes para estragar uma festa que afinal todos previam. Dizia há umas semanas que os espanhóis - os tais nefandos monárquicos -  não precisavam de organizar qualquer manifestação de desagravo, pois esta naturalmente surgiria no dia da proclamação. 

 

Filipe VI desfilou lentamente pelas principais avenidas e praças da sua capital, coisa que em Portugal é impossível desde aquela tarde de 1 de Fevereiro de 1908. De pé, em carro descoberto, não temeu, porque nada deveu ou deve. Estava entre os seus. Gostaríamos de um dia podermos verificar em Lisboa, um simulacro daquilo que o Rei de Espanha fez em Madrid, subitamente deparando com o Sr. ACS descendo a Avenida da Liberdade a bordo de uma viatura descapotável e em data comemorativa à escolha. Também seria interessante vermos o Sr. Soares a pé Chiado abaixo, previsivelmente nada ameaçado por qualquer retornado de boa memória ou um daqueles agora camaradas que há uns vinte e poucos anos lhe desferiram uns sopapos na Marinha Grande. Quanto a Sampaio, esse estará sempre à vontade, tão à vontade quanto qualquer vendedor de castanhas de desconhecida identidade. Saberá alguém distingui-lo num grupo de três peões?

 

2. O zapping permite-nos avaliar a perspicácia da gente da nossa informação. Claro que todos repararam no facto de Filipe VI ocupar hoje o gabinete ainda há dias pertencente ao seu pai e antecessor no trono. Pela esganiçada conversa das nossas várias Judites, o novo Rei mudou duas ou três fotos.

 

Também se tornou bastante nítida a mensagem que o Rei enviou ao mundo, mas que infelizmente passou totalmente despercebida aos nossos crânios da informação. Durante anos, João Carlos I trabalhou naquele gabinete onde pontificava o retrato de Filipe, o fundador dos Bourbon de Parma. 

 

Filipe VI já não precisa de a todos  indicar um início ou um recomeçar do que quer que seja. A ordem natural está estabelecida e escolheu como mudo vigilante do seu trabalho, aquele que foi o mais capaz dos Bourbon espanhóis. Esta manhã, o retrato de Filipe de Parma tinha sido substituído pelo do seu irmão, o muito feio, honesto, brilhante estadista, austero e grande monarca Carlos III. Esta é uma clara indicação daquilo que o novo Rei pretende ou gostaria de realizar durante um reinado que esperamos longo e frutuoso. Um reinado de profundas reformas, honradez e crescer do poder espanhol na Europa e no mundo.

 

O Rei Filipe fez uma excelente escolha, este foi um sinal que em tela complementa aquilo que dele ontem ouvimos nas Cortes. Oxalá seja esta subliminar mensagem perfeitamente entendida em Espanha e também - o reinado de Carlos III em muito influiu em Portugal - para cá da fronteira. Neste caso, a periclitante república portuguesa que se cuide. 

publicado às 21:36

América Latina (1)

por Fernando Melro dos Santos, em 20.06.14

A este, na minha mais sincera opinião, seria justo que o cobrissem em esterco de raça frísia até não mais poder inalar.

 

publicado às 18:01

As opções de Costa 2

por Manuel Sousa Dias, em 20.06.14

 

 

 

 

 

As “ecopistas” são decididamente as novas rotundas dos autarcas, portanto vamos lá fazer ecopistas como se não houvesse amanhã. António Costa aderiu claramente à moda e vai até mais longe: constrói uma ecopista roubando uma faixa de autocarros. Podia ser de outra maneira? Claro que sim, podia tê-la feito de forma mais económica e racional na estrada que serve o Porto de Lisboa, aliás, conforme fez à frente na Matinha. Mas não. Que se dane o trânsito, que se danem os autocarros. E assim, numa via que, para todos os efeitos, é uma circular de Lisboa, passou a haver filas, o que não acontecia anteriormente. Assim vai a Câmara Municipal de Lisboa.

publicado às 16:21

As opções de Costa

por Manuel Sousa Dias, em 20.06.14

A cidade pára por causa do picnicão do Toni Carreira. Só mesmo num pais atafulhado de bimbos que adoram fazer picnics à beira da estrada é que se lembram de fechar a Avenida da Liberdade para uma iniciativa destas. Porque é que o António Costa não mandou o mais famoso capachinho de Portugal - e o que está por baixo dele - fazer o seu picnicão na Quinta Pedagógica dos Olivais ou, sei lá, para Monsanto, onde além de árvores há também óptimas estradas para fazer picnics?

publicado às 16:17

Aforismos (55)

por Fernando Melro dos Santos, em 20.06.14

Persistir em habitar este país, com o dom da lucidez, é assinar por punho próprio a condenação eterna a ser-se um leopardo, acuado e em vias de extinção, a assistir ao triunfo dos escaravelhos enroladores de merda.

 

 

publicado às 14:09

Estou a ouvir o imbecil do Guterres em directo na BBC, na qualidade de Alto Comissário da UNHCR em relação aos aumento do número de refugiados, a dizer que a solução para o problema é criar uma nova ordem mundial. Alteração dos limites de poder dos estados face à falência do modelo de organização mundial que surgiu após a Segunda Guerra mundial, e reforço da autoridade de um poder central a nível global. Depois digam que estas guerras de merda não servem a ninguém, e que as Nações Unidas não têm responsabilidades na manutenção deste estado de conflito perpétuo em África e no Médio Oriente.

publicado às 13:13

Portugal Pós-Troika

por John Wolf, em 20.06.14

publicado às 11:19







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