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Momento Rangel de Centeno

por John Wolf, em 31.08.15

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Mário Centeno também quis ter o seu momento Rangel. O putativo mestre das finanças do Partido Socialista congratula os portugueses pelos indicadores respeitantes ao desemprego - foram os trabalhadores e os empresários que melhoraram os indicadores, e não o governo. Podemos deduzir, por esta lógica da batata, que qualquer governo é dispensável, incluindo um eventual executivo de matriz socialista. Não fica bem a um pseudo-político não dar o braço a torcer. Vá lá, pelo menos o principezinho não afirmou que os números do Instituto Nacional de Estatística só foram possíveis porque a coligação PSD-CDS está no poder. E sabemos porque não o diz. Aquele instituto está carregado de camaradas socialistas, matemáticos caídos em desuso na disciplina de economia, ou que findaram as sabáticas no Instituto Superior de Economia e Gestão. Ah, já agora, passei por essa escola, mas apenas fiz uma cadeira antes de mudar de curso: estatística. O professor era simpático, mas fumava em cadeia. Na sala de aula.

publicado às 17:14

Sobre a Alemanha

por Samuel de Paiva Pires, em 31.08.15

Os alemães que acolhem de bom grado milhares de refugiados que atravessam o Mediterrâneo são os mesmos que punem com medidas de austeridade, de há anos a esta parte, os povos de países que fazem parte da União Europeia, fomentando Merkel e Schäuble a desconfiança generalizada em relação ao futuro do projecto europeu. Desculpem-me a intromissão, podem continuar a elogiar os alemães.

publicado às 11:30

A alegria da pobreza está nesta grande riqueza

por Nuno Gonçalo Poças, em 28.08.15
O bacalhau não se quer outra coisa que não em posta. No limite, desfiado. E esmiuçado. Esmiuçar o bacalhau, tarefa minuciosa, tem sido feito aqui, ali e acolá, mas nunca sem grandes resultados. O mesmo acontecerá aqui: não haverá quaisquer resultados a apresentar após o bacalhau esmiuçado. Mas é importante esmiuçar o bacalhau. Com todos.
O bacalhau foi, durante décadas, alimentação paupérrima, das classe mais baixas de um país pobre - que é como quem diz que foi alimentação de um país inteiro. O bacalhau, ao contrário do resto do pescado fresco, aguentava a salgadeira, percorria quilómetros sem necessidades especiais. Hoje, o bacalhau é caro e todo menino bem é educado a comer a sua posta com cuidados, talheres de peixe e guardanapo ao colo. Aconteceu o mesmo, na justa medida das óbvias diferenças, com o pão escuro, por exemplo. Ou, no litoral, com a sardinha - peixe miúdo às carradas e carregado de sal, para alimentar uma multidão esfaimada. Olhem o que fizeram com o pão de centeio. Com as panelas de ferro, hoje vendidas nos antiquários por um balúrdio, antiga propriedade de famílias de pobres. E a açorda. Pão duro molhado, água, sal e coentros. Manjar de quem se lavava, para além das mãos e do pescoço, uma vez por ano - ou menos. Hoje, fantástico repasto, com gambas, com tamboril, com o diabo a quatro. E as tabernas. Casas de fadistas, em Lisboa, prostitutas, chulos, gente vadia; lugares imundos para homens do campo, no resto do país, onde se bebia vinho da pipa até ao vómito. Hoje, a taberna é um nome chiquíssimo que se dá a um restaurante caro onde se come comida de pobre (peixinhos da horta e por aí fora) a preços não raras vezes absurdos. E aqueles "chouriços" de pano que se encostavam às portas, para evitar que a bicharada e a sujidade entrassem em casa? São hoje "sardinhas", também de pano, meramente decorativas, vendidas pelo país inteiro a turistas e a locais. E o fado, que durante anos foi a cantiga do fascista, depois uma piroseira portuguesinha, coisa de meter nojo, e que está agora recuperado, em variações mais ou menos pop, por uma rapaziada fidalgota e que o país adora?
Há uma geração que está a recuperar o culto da portugalidade, dos corações de Viana, dos pastéis de bacalhau (ainda que com queijo da Serra), da sardinha assada no pão. É a geração do José Avillez e da Joana Vasconcelos, da Carminho e da Catarina Portas. No máximo, é a minha geração que o está a fazer também. Mesmo que não saiba disso. O Portugal pobre e rural do Estado Novo está aí - e em força - a dar cartas, com ares cosmopolitas, de gente urbana, formada e viajada, nas baixas das cidades, nos locais turísticos, a dar estalos a ingleses, dinamarqueses e suecos, graças a uma ou mais gerações de gente descomplexada e sem preconceitos - e, até, sem política e sem ideologia.
Mas, apesar disso, esse Portugal do Estado Novo, não recauchutado para vender aos turistas, ainda existe. No interior, sim, mas no litoral também. Vive nos subúrbios, no grande centro, nos comboios regionais e nos táxis. Os avós, analfabetos, ainda existem. Os pais, analfabrutos, ainda existem e ainda trabalham, espalhados por todos os ramos de actividade. Só os filhos, hoje carregados de licenciaturas, mestrados e actividades extra-curriculares, recuperam a portugalidade de um povo pobre com gosto e modernidade. Mas o país continua a sofrer a ruralidade de há cinquenta anos. É ver como nos portamos na estrada, é sentir o cheiro dos transportes públicos em hora de ponta.
Não interessa nada. Não há aqui um resultado. Conforme prometi, cumpro. Não esmiuçámos, ainda, o bacalhau. Estamos só a limá-lo. Acho encantador que recuperemos tudo isto. Só me custará se um dia perceber que nos estamos a enganar, com paragonas de novo-rico, a esquecermo-nos do passado e a ignorarmos os analfabetos rurais que, com a graça de Deus (como diriam os próprios), ainda temos em casa. Recuperar esse passado só valerá a pena se não o pintarmos de ouro. Se o fizermos, significará apenas que não aprendemos nada e que nos tornámos apenas nuns cínicos oportunistas. Porque não há alegria nenhuma na pobreza. Mas também a não há na ignorância.

publicado às 16:16

A caixa de esmolas de Santo António do PS

por John Wolf, em 27.08.15

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Onde é que António Costa julga que está? Nos States? Na terra do Uncle Sam sempre se praticou socialismo civil - uma modalidade que este senhor desconhece. O contributo de cidadãos mais ou menos anónimos, mais ou menos abastados, para a edificação de projectos, o desenvolvimento de centros de arte, a instalação de equipamentos públicos em jardins localizados nas comunidades locais. Nestes casos a ideologia e os partidos não fazem parte das considerações - são as causas públicas que ganham.

O que o candidato a CEO de Portugal quer, não é para si nem para Portugal - é para o Partido Socialista. O quadro de honra dos melhores dadores serve exactamente para quê? Para pagar os favores? Minhas senhoras e meus senhores, assistimos à falência ética em todo o seu esplendor. Uma coisa é dar, outra coisa é receber para mais tarde premiar quem deu. E tudo isto feito às claras, com toda a naturalidade. A grande contradição genética deste empreendimento de financiamento é afastar a possibilidade de não militantes poderem, de um modo utópico e surreal, convenhamos, ajudar a causa facciosa daquela força política. Eu proponho um caminho alternativo: merchandising. O Partido Socialista deveria abrir lojas, numa lógica de franchising ou não. Iria mais longe. Começava por transformar a Fundação Mário Soares em flagship store. E o que venderiam nesse centro comercial? Um pouco de tudo. Porta-chaves em forma de punho, DVDs com a história dos compadres de Portugal, refeições bio com pétalas rosa comestíveis ou cupões-oferta para brindar aqueles que nos fizeram favores e que tantas vezes esquecemos no corre-corre da vida das grandes cidades. Ao que chegamos. Ao que chegamos. Eles nem por isso.

publicado às 09:32

Morgenthau e Arendt

por Samuel de Paiva Pires, em 26.08.15

What an idiocy,” Morgenthau once said to Arendt, “to assume that when you write you must of necessity champion a cause.”

publicado às 14:43

O candidato que não quer ser eleito

por Pedro Quartin Graça, em 25.08.15

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Raramente tal se viu na política mas a verdade é só uma: Marinho e Pinto, eurodeputado, não quer ser eleito para a Assembleia da República. E não deixa de dar mostras disso mesmo ao assegurar que a sua eleição é muito difícil e que, se não for eleito, ficará no Parlamento Europeu. Nada que, na verdade, não se soubesse já. Marinho escolheu cirurgicamente Coimbra para reduzir ao mínimo tal hipótese de sucesso. O mesmo Pinto, que desde que tomou posse, e pese embora vocifere contra os altos ganhos da sua euro - ocupação, "a mete toda ao bolso" já que, afirma, tem contas para pagar e a educação da sua filha sai cara.

Assim sendo, façamos-lhe a vontade: nem um voto em Coimbra no Partido de Marinho. Dr. Marinho, não queremos que lhe falte nada por Bruxelas!

publicado às 11:59

Portugal não tem culpa desta crise

por John Wolf, em 24.08.15

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Lamentavelmente, Portugal e tantas outras nações, encontram-se no momento errado da história do mundo. Há quem lhe chame sina, há quem lhe chame fado. Mas em todo o caso, não se trata de um assunto jocoso. Se quisermos dar-lhe um nome, esse terá de ser parente de tragédia. E não me refiro à Grécia. Inauguramos hoje, um pouco por todo o mundo, uma nova crise financeira com contornos mais graves do que a de 2008. Não se trata agora de uma crise subprime, mas provavelmente de uma crise resultante dos efeitos da terapêutica que foi prescrita ao longo dos últimos anos para a curar. O crash bolsista da China, e que rapidamente incendiou o resto das praças financeiras do mundo, relaciona-se com um conceito financeiro que comporta na sua essência grandes perigos. O quantitative easing, iniciado nos EUA e depois aplicado a outras divisas e regiões económicas, serviu para promover a ideia de ficção económica. A noção de que os banqueiros centrais poderiam substituir a verdadeira dinâmica das economias. Ora baixaram juros a níveis nunca antes visto, ora compraram títulos de tesouro para garantir o funcionamento de governos e Estados, ora aprovaram, sozinhos ou em conjunto, pacotes de salvamento de países. Por outras palavras, foram só facilidades financeiras inventadas com um estalar de dedos. As dificuldades, essas, poderiam ser resolvidas mais tarde - pensavam eles. Pois bem, esse "mais tarde" é agora, mas infelizmente não vem só. No seio da União Europeia, se não bastava a crise Grega, podemos agora juntar a desaceleração da economia chinesa, a ascensão imperial da Rússia, o acordo com o Irão, a clivagem entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, a crise de migrantes e refugiados que galga as margens que separam a Europa desenvolvida da África e do Médio-Oriente, a ameaça crescente do Estado Islâmico, entre outros factores imponderáveis resultantes da combinação nefasta destes elementos. O perfect storm, a que muitos se referem, não trará bons ventos a Portugal. Veremos de que modo cínico e oportunista os detractores de Portugal se irão servir desta ementa de consequências nefastas para vaticinar de um modo pós-orácular - como se já soubessem, como se pudessem prever. Numa frase: this does not look good and Portugal´s not to blame.

publicado às 20:39

Este é o tratamento que os candidatos presidenciais de Portugal pedem.

 

 

publicado às 19:31

Da ditadura fiscal vigente

por Samuel de Paiva Pires, em 22.08.15

André Azevedo Alves, Os abusos do fisco não acontecem por acaso:

O problema em Portugal assume contornos particularmente gravosos e ofensivos dos mais básicos direitos dos cidadãos porque, como oportunamente salientou Nuno Garoupa na mesma discussão, o aperto da malha fiscal não foi acompanhado de quaisquer melhorias estruturais nos mecanismos de recurso e verificação disponíveis para salvaguardar os contribuintes relativamente a erros do fisco. A reforma dos tribunais administrativos e fiscais é uma das muitas que continua por fazer e assiste-se a uma impunidade generalizada relativamente aos erros e abusos praticados pela máquina fiscal do Estado. À excepção de uma pequena minoria com recursos e poder suficientes para defenderem adequadamente os seus interesses, a generalidade dos contribuintes encontra-se assim indefesa perante a ditadura fiscal.

publicado às 17:56

Os donos disto tudo

por Samuel de Paiva Pires, em 21.08.15

O afã com que PS e PCP querem calar o CDS nos debates televisivos diz muito dos pergaminhos democráticos daqueles. Convém não esquecer que, afinal, são os donos da democracia pátria, não é verdade?

publicado às 16:26

Rebuscado ou talvez não

por João Almeida Amaral, em 21.08.15

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 Final de Agosto de 2015 Sócrates tem a agenda preparada. Já mandou arrumar livros e material da cela. 

Afinal esta quase a ser posto em Liberdade.

Próximo passo contribuir para uma derrota estrondosa de Costa.

Com essa derrota luta pela liderança do partido e prepara-se par uma novidade ; disputar a Presidência da República.

O mártir tem o apoio dos adeptos e é eleito.

Rebuscado ou talvez não.  

publicado às 00:03

O presidente da república de Mr. Burns

por John Wolf, em 20.08.15

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Esqueçam os partidos. Esqueçam a Esquerda ou a Direita. Esqueçam os tiros nos pés do Partido Socialista. Esqueçam o actual Presidente da República. Olhem para o homem. Passem os olhos pela mulher, e façamos um simples exercício;

 

1. Um(a) Presidente da República deve ser o embaixador dos Portugueses no seu próprio país. Deve ser um cidadão comum na acepção de cada um imaginar-se sócio da responsabilidade desse cargo.

2. Um(a) Presidente da República deve ser legitimado pelo cidadão político, mas não necessariamente pelo cidadão partidário - os valores que deve corporizar não são pertença de um qualquer sistema ideológico. São abstractos e arquetipais.

3. Um(a) Presidente da República deve ter um cadastro limpo. Por outras palavras, nunca deve ter estado associado a processos de falência ética, quer de um governo ou de lideres passados e presentes.

4. Um(a) Presidente da República deve ter um nível cultural que transcenda o nível de "técnico de ideologia política" e ser capaz de reconhecer as suas limitações intelectuais.

5. Um(a) Presidente da República deve ter dotes de comunicação. Por um lado deve ser sinceramente afável no trato das gentes que representa, e por outro lado não revelar dificuldades guturrais ou de dicção.

6. Um(a) Presidente da República deve forçosamente ter o domínio de diversos idiomas estrangeiros, incluindo a língua de países vizinhos e não dissimular a sua pronúncia provinciana, se for esse o caso.

7. Um(a) candidato(a) a Presidente da República nem deve sequer considerar uma candidatura se for necessário muito esforço para se poder qualificar como candidato.

8. Um(a) candidato(a) a Presidente da República não pode ser o último recurso por não haver melhores candidatos.

9. Um(a) candidato(a) a Presidente da República deve romper em definitivo com a sua matriz partidária para se qualificar como representante de todos os Portugueses.

10. Um(a) candidato(a) a Presidente da República tem todo o direito a sonhar com as regalias inerentes ao posto e o sem número de viagens que irá realizar.

11. Um(a) candidato(a) a Presidente da República não pode pensar em Belém como o fim da carreira, um lar de terceira idade - a estação terminal para sacar mais benefícios.

12. O candidato a Presidente da República Portuguesa não existe.

 

Então como poderão ter um Presidente da República?

 

 

publicado às 14:06

O meio-coração de Sampaio da Nóvoa

por John Wolf, em 15.08.15

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O coração de um candidato presidencial, que se afirma "independente", não pode bater nem à esquerda nem à direita. E afirmar que se trata de uma candidatura nacional e patriótica significa, forçosamente, que é simultaneamente de esquerda e de direita. Ou seja, António Sampaio da Nóvoa integra o elenco político nacional com grande naturalidade - contradiz-se. Faz o que outros que o antecederam já fizeram e com mais arte. Apresenta pseudo-argumentos e meias-razões, e não enjeita a possibilidade de tudo ou nada. Diz que não pertence a partido algum, mas refere que o apoio do Partido Socialista "seria importante mas não "essencial". Por outras palavras, assim que chegar a Belém o seu coração passará a bater por inteiro. O misticismo de Sampaio da Nóvoa, na minha opinião, não serve o momento político de Portugal. Não entendo porque alguém que supostamente não precisa de grande coisa, não aproveita a ocasião para afirmar a ruptura em relação ao sistema de castas políticas de Portugal. Virar as costas aos partidos é que seria de homem presidencial. O único acordo lógico e eticamente aceitável seria aquele selado com os cidadãos de Portugal. Ao proclamar a aorta esquerdina da sua corrente de sangue política, discrimina potenciais apoiantes, possíveis eleitores. O magno reitor declara deste modo a sua doutrina de acomodação ideológica. Na esquerda e apenas na esquerda é que se está bem, mas para chegar a Belém terei de encarnar outro personagem. São joguetes desta natureza que nos desiludem mandato após mandato. Se os socialistas não são assim tão importantes, por que razão Sampaio da Nóvoa perde tempo com o atraso no calendário de candidatura de Maria de Belém? Há qualquer coisa que não bate certo aqui. E já sabemos isso desde o dia D.

publicado às 18:31

Veneza em Lisboa

por John Wolf, em 13.08.15

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Alcântara - Veneza em Lisboa.

Hoje, dia 13 de Agosto de 2015.

Obrigado, autarcas do passado e do presente, planeadores urbanos corruptos, amigos construtores, directores de empresas municipais, políticos e outros vigaristas da capital.

Fotografias publicadas no Observador.

 

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publicado às 11:28

Julia

por João Almeida Amaral, em 12.08.15

Júlia apresenta-se como o primeiro Trans a ser candidato ao parlamento nas próximas eleições legislativas. 

O BE apresenta-a/o em 8 (Oitavo) lugar por Setúbal. 

Júlia aceita o 8 (Oitavo) lugar por Setúbal. 

O BE usa um cidadão ou uma cidadã que se afirma transexual nas suas listas e coloca-o em 8 (Oitavo) lugar por Setúbal.

Que hipocrisia a do BE , que ingenuidade do Transexual.

Em oitavo lugar pelo BE em Setúbal, só serve para criar um motivo de conversa sobre o BE .

Em nada serve os propósitos do Transexual.

Nos tempos que correm é o vale tudo que impera.  

Estou repugnado com os meios para atingir os fins.

publicado às 23:13

Música para hoje: Blur - Charmless Man

por Samuel de Paiva Pires, em 10.08.15

 

publicado às 18:53

O PS e o apelo ao medo

por John Wolf, em 09.08.15

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A agitação em torno da ficção dos cartazes do Partido Socialista faz parte da matriz política - deplorável. A comunicação ideológica em Portugal assenta em diversos pilares iconográficos rudimentares, e não se restringe àquele partido em particular. O futebol é um deles, mas não é o único. Se António Costa pudesse acumular ambições, e fosse simultaneamente presidente da Câmara Municipal de Lisboa e candidato a primeiro-ministro, poderia se servir da linguagem de alcatrão e mandava arranjar umas ruas de Lisboa - os fregueses amam os seus carros. Mas esses tempos já lá vão. Na bola as perspectivas também não são as melhores. As taças de Portugal erguidas nos Paços do Concelho são meros postais de um passado avistado com laivos de nostalgia.  E a igreja católica também já não pode dar uma mãozinha: António Costa não pode seguir o caminho de apelo à fé do eleitor. Não jogaria com o seu DNA ecuménico, universal, espelhado na inclinação de um Martim Moniz admitido para mitigar diferenças. Não esqueçamos que a própria instituição religiosa tem os seus próprios casos de falência ética. Por isso, e à falta de argumentos prospectivos assentes na construção política positiva, os socialistas escolhem o instinto primário enquanto veículo principal. Nomearam o medo enquanto mediador de vontades. Servem-se da imagem de caos laboral para semear pânico. Usam o desemprego para afugentar peregrinos, mas tropeçam nos raciocínios feitos à pressa, enganam-se na matemática. O papão já não mete medo, e, à medida que os índices de desespero aumentam, e a retoma económica se consolida, os socialistas procurarão sacar uma qualquer vantagem e embarcar num tuk-tuk político - algo pensado por outros, mas convenientemente aproveitado pelos marketeers do Largo do Rato. Um país político dependente de cartazes e outdoors não augura um futuro promissor. No fundo quem controla os conteúdos e as mensagens da oposição política em Portugal é a soma das partes - a coligação PSD-CDS. O governo de Portugal conseguiu pôr os partidos concorrentes a responder à letra. Levou os pensadores da alternativa e da confiança a morder o isco. Os socialistas, vendedores de utopias e detractores da realidade, ficaram cegos. Não são capazes de imaginar. Não são capazes de vislumbrar um país para além de uma coligação. Sinceramente esperava mais. Tinha expectativas que fossem capazes de saltar fora do seu rancor ideológico e abraçar a sociedade civil. Mas não. Em vez disso, fecham-se em copas. E esmagam-se em cartazes com gente que não existe - mal empregada.

publicado às 11:32

Beasts of the Southern Wild

por Fernando Melro dos Santos, em 08.08.15

Expliquem-me como é possível uma entidade esconsa ter a pretensão de coimar o meu carro, com fotografia e tudo, por uma passagem a 108 numa zona de 80 em Póvoa dos Sobrinhos, 09/2014 se o meu carro não transpõe a latitude correspondente a Alverca do Ribatejo desde 10/2013.

publicado às 14:05

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Para além da crise económica e social que assola Portugal, agora temos de lidar com a intensa crise de cartazes da campanha eleitoral do Partido Socialista (PS). Lá para os lados do Largo do Rato existe mesmo um défice de soluções. É caso para dizer: "até eu faria melhor", e, na senda dessa ideia, talvez não fosse mal pensado os alegados profissionais de comunicação e marketing políticos instalarem ardósias, para que cada cidadão pudesse inventar o seu chavão de agravo, partilhar a sua consternação, chamar nomes aos que estão no governo, e com um mata-borrão apagar a memória de outros mandatos que tiveram desfecho em Évora. Isso sim seria a plena expressão de democracia participativa. Iria mais longe até. O cartaz e slogan mais criativos teriam direito a prémio de consternação: um lugar na lista eleitoral ou um posição numa empresa pública. O giz poderia ser distribuído gratuitamente com o patrocínio de um grupo económico qualquer ou uma ex-instituição financeira da praça. Acho muito bem que os discípulos de Seguro exerçam pressão sobre o chefe socialista. Afinal mandaram o Seguro às urtigas, mas não me recordo de algo tão sórdido quanto isto no reinado do Tozé. Contudo, existe uma outra possibilidade. O responsável pela comunicação política do PS ser um agente-duplo, uma toupeira plantada na estrutura partidária para arruinar os planos de Costa e companhia. Tudo é possível na política, não se esqueçam disso. Embora estejamos de vento em popa na silly season, o que vemos escrito em tamanho garrafal nesses cartazes infames, tem mais a ver com silly reasons. Ou seja, veneno destilado e cuspido da boca para fora, sem que houvesse um tempero de reflexão, a análise profunda que os slogans políticos exigem ainda antes de serem rejeitados. No PS sente-se essa vontade de partir a loiça toda, mas falta a tranquilidade e o bom-senso para pensar além-dor, para além do rigor de um inverno que foi imposto a Portugal, mas que não caiu de pára-quedas, assim sem mais nem menos.

publicado às 15:09

Exactamente

por Nuno Castelo-Branco, em 07.08.15

...há cinco anos:
five years, fünf Jahre, cinco años, cinq ans, fem år, bost urte, пяць гадоў, pesë vjet, ห้าปี, 5年,  pet godina, пет години, পাঁচ বছর, beş il, cinc anys, lima ka tuig, pět rok, vijf jaar, viis aastat, limang taon, viisi vuotta, ხუთი წლის განმავლობაში, πενταετία, પાંચ વર્ષ, öt év, fimm ár, lima tahun, cúig bliana, cinque anni, 5年, бес жыл, ប្រាំឆ្នាំ, 오년, ຫ້າປີ, quinque annis, pieci gadi, penkerius metus, ħames snin, таван жил, pięć lat, cinci ani, пять лет, пет година, päť rok, pet let, beş yıl, năm năm, pum mlynedd, eminyakeni emihlanu.

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publicado às 10:10

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