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António Costa compra a maioria

por John Wolf, em 30.10.15

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Temos um problema Houston. António Costa quer comprar a maioria que anda a congeminar. E começa pela aquisição do próprio aparelho de Estado. A reposição de salários na Função Pública não gera o efeito multiplicador que a economia precisa. É como deitar dinheiro fora. É igual a montar as decorações de Natal na Baixa. É muito pouco, mas agrada a 700 mil cidadãos e isso representa um (re)começo das políticas que conduziram Portugal ao descalabro. O dinheiro colocado nas carteiras dos funcionários públicos vai servir para mais uma prendinha e o bacalhau de uma noite de consoada, mas em nada dinamizará a economia. Será apenas uma de muitas medidas populistas para dissimular as dificuldades de sobrevivência de um acordo de oportunistas à Esquerda - não tem a ver com as necessidades urgentes da população. Este caminho é o mais fácil para fazer um atalho e cair na graça alheia. O acordo das esquerdas? Provavelmente nunca veremos o tal acordo, porque simplesmente nada têm para oferecer que gere receitas a partir da base matricial da economia. O lastro do Deve e do Haver parece ser a única equação que os socialistas e os seus mais recentes amigos conhecem. Ainda não escutamos nada sobre hipotéticos modelos de geração de riqueza que não tenham a ver com a dimensão fiscal do desafio. Ou seja, para já estamos na fase de mãos largas, como se estivéssemos em plena campanha eleitoral. Em vez de colocar 600 milhões nas mãos da economia aberta e das empresas geradoras de emprego e produtividade efectiva, António Costa quer comprar os favores dos funcionários públicos. Só que temos um pequeno problema. A função pública nem sequer é pública. É corporativa e não foi concebida para ser eficiente, produtiva e promotora de justiça social. O seu ADN é comprometedor. Mas faz todo o sentido que António Costa dependa dela. Os regimes socialistas apenas sobrevivem com pesados fardos públicos. E estão sempre em saldos. Pagos por todos nós. Vós.

publicado às 18:24

Falta de respeito

por João Almeida Amaral, em 30.10.15

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Tomou hoje posse o XX governo constitucional.

A PaF ganhou as eleições com cerca de 38% dos votos, o Senhor Presidente da República deu e muito bem posse a Pedro Passos Coelho.

A oposição resolveu não comparecer na tomada de posse , com excepção do PS que enviou o deputado Galamba, quando o normal é serem representados pelas principais figuras parece estranho.

Que o PC partido não democrático não esteja presente, não aquece nem arrefece. O BE idem . O PS herdeiro de princípios democráticos que gosta de invocar, parece estranho.

António Costa, mostra assim que não tem um pingo de categoria e não respeita o protocolo do Estado Democrático. Fica bem na fotografia com as forças antidemocráticas PC e BE . Já ganhou tiques autoritários. 

Mostra mais uma vez que não está ao nível de liderar nem o economato lá do partido.

Acima de tudo, foi uma falta de respeito para toda a nação Portuguesa.  

publicado às 15:32

Sonho de 24 de Abril

por Fernando Melro dos Santos, em 29.10.15

 

publicado às 17:31

Correio da Manhã forever!

por John Wolf, em 29.10.15

 

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Não devemos ficar admirados se Sócrates e o seu capanga Araújo vierem atrás de bloggers da praça. Eles que venham. Temos um sindicato forte e bem organizado. E estamos dispostos a marchar em nome da liberdade de impressão que podemos causar. Descemos a avenida e faremos uma vígilia à noite, em nome da manhã - do correio. Se alguém me enviar um detalhe do processo Marquês, prometo devolvê-lo à origem. No entanto, para não ser chamado de ganancioso, farei o favor de partilhar o que tiver à mão com quem quiser. Agora, o que acho verdadeiramente escandaloso, é ter de conviver com aqueles que têm um complexo de superioridade cultural em relação ao Correio da Manhã. Sempre soube que Portugal era um país intensamente estratificado, mas o pedantismo intelectual tem limites. Seja qual for o estilo que imprime ao corpo dos seus textos, o Correio da Manhã tem a mesma legitimidade que o Expresso, o Sol ou o Público para ser um opinion maker. Podemos não concordar com as suas posições ou afirmações, mas não devemos confundir o que está em causa - a censura já não paira no ar - tomou a forma de providência cautelar. Pela mesma ordem de ideias de discriminação, seria o mesmo se o Presidente da Assembleia da República impedisse a entrada de um deputado iletrado, incapaz de assinar o seu próprio nome - alguém que tresandasse a transumância pastorícia. Assistimos, lamentavelmente, a um ataque descabido ao Correio da Manhã. Se desejam usar a mesma régua de acreditação jornalística, então acho bem que a estendam a outras casas de imprensa diária ou semanal. Eu sei que a genealogia ideológica pode ser invocada para estabelecer a ligação entre Sócrates e as movimentações socialistas, mas não vou por esse caminho. Agora vou ler a Bola para não ficar enjoado.

publicado às 14:26

Crónicas do Jardim de Infância (4)

por Fernando Melro dos Santos, em 29.10.15

 

É hoje noticiado que a Europa, essa construção mirífica que almejou a proeza de dividir esquerdas, direitas, centros e centras em nome de uma agenda neo-Soviética, passou legislação (a letra da Lei, senhores, no lugar do Espírito Santo) autorizando a inclusão de matéria proteica não-cancerígena, não-mamífera, não-vermelha, não-salgada, não-alcoólica, não-insira-aqui-o-seu-fetiche-partidário-pessoal, nas dietas recomendadas ao contribuinte modelo.

 

Fosse a União outra coisa além do gládio da inclusividade, não assumindo as culpas da rebaldaria discriminatória que grassa em certos Estados e compensando até invasores bárbaros utentes diferenciados com o direito inalienável da fuga ao frio , e pensar-se-ia que o comboio do progresso estaria para sempre perdido.

 

A ideia pode parecer peregrina, fruto de poluções madrugadoras supervenientes à geração mais bem preparada de sempre, mas não. Já há meses, senão anos, que a urdidura vem sendo aproveitada - e paga, claro, a soldo de impostos extorquidos a esses hunos do norte que nunca fizeram outra coisa senão produzir, grandes cabrões capitalistas. 

 

Resta congratular Bernardino Soares, um visionário sem gravata à frente do nosso tempo, por ter promovido esta causa logo após a sua ascensão ao trono de Loures.

 

um contribuinte sem rumo

pode ir torto ou directo

beba agua ou beba sumo

tem de ingerir o insecto

 

- antonio aleixo, remodelado

 

 

 

publicado às 13:55

Aumento da receita

por Fernando Melro dos Santos, em 29.10.15

Medidas que o Comité das Esquerdas Portuguesas Onano-socialistas (CEPO) pode tomar por forma a aumentar a receita: estender a figura do casamento a pessoas não-humanas.

 

Imagine-se a factura-tipo:

 

assento de uniao de facto entre Jorge, o cão Fido e a palmeira de ambos, de 29/10/2015

 

  • documentos da pessoa humana, copias, certificacao, e conferencia: €200
    passaporte de contribuinte nao-humano (e fitossanitario no caso de plantas), copias, certificacao, conferencia: €200
  • atestado de presenca dos documentos, copia, etc.: €200
  • emolumentos do registo €200
  • piso de sala €200
  • total primario €1000
  • taxa especial sobre o total €1000
  • total secundario: €2000
  • IVA a 25% €500
  • total terciario €2500
  • pagamento por conta de actos futuros: €1250
  • total quaternario €3750
  • contribuição solidária para um mundo melhor (arredondamento discricionário conforme estipulado pelo oficial ideológico): €11250
  • valor total a pagar: €15000 (quinze mil euros)
    prazo de pagamento: 28/10/2015
  • coima por incumprimento, ja incluida para comodidade do contribuinte-utente-passivo-anestesiado: a determinar em sede de IRS.

publicado às 11:50

Temos que resistir

por João Almeida Amaral, em 28.10.15

 

Resistência elétrica.jpg

 A tarde vai longa entre abertas e fornece-nos uma temperatura agradável.

Na televisão, o escândalo Sócrates ganhou hoje, com uma providência cautelar , uma dimensão que não era esperada. ( a defesa de Sócrates mediu mal as consequencias)

Uma juíza, aparentemente meteu a pata na poça e o Correio da Manhã foi silenciado. 

Sendo Sócrates do PS e ex primeiro ministro, está atitude de um magistrado que aceitou silenciar um grupo de comunicação, leva-me a pensar no pior. Será isto o preambulo para um regresso ao passado? Iremos voltar a censura comunista ? 

Estou horrorizado. Estou a ficar assustado. 

A liberdade de expressão começa a ser pressionada. Lembro-me de como Sócrates tem uma má relação com a democracia , perseguia alguns jornalistas, enquanto primeiro ministro. Não aprendeu nada com a estadia em Évora. Não quero acreditar que a justiça Portuguesa vá perder a sua independência.

 

Com um cenário de um possível possível governo viabilizado ou emparceirado com comunistas e trotskistas a única coisa que me ocorre é : TEMOS QUE RESISTIR 

publicado às 16:04

Ler

por Samuel de Paiva Pires, em 28.10.15

João Miguel Tavares, António Costa anda a aldrabar-nos.

 

Rui Ramos, Quem tem medo de eleições?

publicado às 15:32

Falência 1 - 0 Cofres

por Fernando Melro dos Santos, em 26.10.15

Baganha ataca de novo.

 

Relembrando:

 

Manuel Pedro da Cruz Baganha foi Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais entre 1999 e 2000 no Governo de António Guterres. 
Secretário de Estado do Tesouro e Finanças entre 2000 e 2001 no Governo de António Guterres. 
Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento em 2005 no Governo de José Sócrates. 
Desde 2006 é o presidente do conselho directivo do Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social. 

Em 27 de Fevereiro de 2001 nomeou a licenciada em economia Maria Luis Casanova Morgado Dias de Albuquerque para prestar serviços de consulta e apoio especializado, com condições equiparadas às de adjunto, no Gabinete do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças.

Em 09 de Abril de 2001 autoriza a licenciada Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque, destacada no Gabinete do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças a desempenhar actividades docentes no ensino superior e actividades compreendidas na respectiva especialidade profissional.
No mesmo ano de 2001, Maria Luis Casanova Morgado Dias de Albuquerque entra para a Refer, para directora do Departamento de Gestão Financeira. 
Entre 2007 e 2011 é Coordenadora do Núcleo de Emissões e Mercados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP).

Em 2009 Manuel Pedro da Cruz Baganha casa com uma senhora que se passará a chamar Maria Luísa Pinto Pacheco da Cruz Baganha.
Em Outubro de 2009, José Sócrates cria uma Secretaria de Estado da Igualdade.
Em 30 de Novembro de 2009, com efeitos desde 31 de Outubro de 2009, é nomeada Maria Luísa Pinto Pacheco da Cruz Baganha, como chefe de Gabinete da Secretária de Estado da Igualdade, a recente esposa de Manuel da Cruz Baganha, publicamente sempre com a omissão do nome do marido.

Em 20 de Junho de 2011, Maria Luis Albuquerque toma posse como Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças .

Em 28 de Junho de 2011 é nomeada Maria Luisa Pacheco (da Cruz Baganha) sugerida por Manuel Baganha a Maria Luis Albuquerque.

 

publicado às 16:44

"A hora negra do regime"

por Samuel de Paiva Pires, em 26.10.15

Pedro Lomba, A hora negra do regime:

A verdadeira novidade é esta: a alteração das condições de legitimidade em Portugal para formar governo. Os governos minoritários (do PS ou PSD) foram sempre uma opção tida como viável e legítima não podendo o Presidente obrigar o partido ou partidos vencedores a uma maioria que estes não pudessem construir. A mudança abrupta das regras de legitimidade significa que os governos minoritários do centro-direita passarão a ser uma opção impossível podendo um grupo de partidos derrotados unir-se para impor ao Presidente uma maioria, mesmo que este a considere inconsistente. Os equilíbrios do nosso sistema político serão assim rompidos.

(...)

i) Por tudo isto, e sem que saibamos todos os desenvolvimentos deste processo, há desde já um facto a que possivelmente já não iremos conseguir escapar: a ruptura das regras de confiança política na nossa democracia. Uma ruptura que afectará as relações entre PSD, CDS e PS, mas também entre todos os restantes partidos. Uma ruptura nas regras de legitimidade na formação dos governos e nas fronteiras e equilíbrios que sempre nos habituámos a respeitar. Uma ruptura que impedirá a construção de consensos ao centro, ora mais para a esquerda, ora mais para a direita, o que atendendo às decisões parlamentares que carecem de maiorias de dois terços só irá agravar o bloqueio e a erosão do nosso sistema político. Ao ser mudada a regra de que quem ganha com maioria (relativa) afinal não governa, são os equilíbrios políticos entre a esquerda e a direita que sairão destroçados. Com isto regredimos anos e anos; e podemos regredir ainda mais. E não sei quantos mais levaremos depois para recuperar. A estabilidade de Portugal é o bem mais valioso. Boa sorte para todos nós.

publicado às 13:14

Donos do regime

por Samuel de Paiva Pires, em 26.10.15

Alexandre Homem Cristo, Os soberanos:

É que, vistas em conjunto, estas e outras contradições exibem, afinal, uma harmonia infalível: Freitas do Amaral e Ferro Rodrigues podem ser contraditórios, mas o seu objectivo em ambas as circunstâncias não varia – defendem os seus próprios interesses (através dos do PS), procurando limitar o acesso da direita ao poder. Nas suas cabeças, as questões constitucionais e eleitorais dispensam grandes discussões: se os beneficia, a regra está correcta; se os prejudica, aconselha-se a excepção. Numa adaptação livre do pensamento de Carl Schmitt, são soberanos: decidem quando a regra é válida, quando a excepção se impõe, quando a tradição se cumpre.

publicado às 12:19

Do desrespeito pelas tradições

por Samuel de Paiva Pires, em 26.10.15

Se há algo que os desenvolvimentos recentes no panorama político luso nos têm mostrado é que assim como podemos contar com a direita e o seu natural temperamento conservador para respeitar as tradições, mesmo se emanadas a partir da esquerda socialista e sempre tendo servido os propósitos desta e da conversação que é a política entre uma esquerda e uma direita que, em democracia, são adversárias mas não inimigas, também podemos contar com os socialistas e progressistas e as suas mentes prenhes do construtivismo dogmático e do revolucionarismo para desrespeitar as tradições quando assim lhes convém. Ademais, ter de ouvir Pedro Filipe Soares, que propugna uma ideologia totalitária, a afirmar que "Em democracia mandam os votos e não as tradições", quando a democracia liberal é, por definição, tradicionalista (para os interessados, veja-se como conservadores e liberais como Friedrich Hayek, Karl Popper, Michael Polanyi ou Michael Oakeshott defenderam a democracia liberal precisamente considerando o seu carácter tradicionalista) só acrescenta substância à ideia  de que a má fama da política fica a dever-se ao facto de ser protagonizada por gente não só muito pouco decente como assaz ignorante.

publicado às 09:54

Reforma da Segurança Social

por Fernando Melro dos Santos, em 26.10.15

Leitura fundamental.

publicado às 05:33

Rotambulações - uma rábula clássica

por Fernando Melro dos Santos, em 25.10.15
Chove dez minutos. Pagamos impostos. O da frente trava a fundo, a três metros da omnipresente rotunda, mesmo sem que haja viv'alma à vista num raio, que o parta, de cem metros.

Eu, a quarenta, travo. Os nossos impostos inconseguiram pagar a devida manutenção da estrada sobre a qual rolo, derrapa-se, há um momento de injustiça gravítica. Para não bater no idiota que me precede, desvio, e arruíno de uma só trancada um pneu, a saia dianteira esquerda, oitenta centímetros cúbicos de lancil e boa fracção dos nervos que me restam.

O pior não são os danos. É eu ter estado a trocar uma roda manualmente, à chuva, sem que alguém - travador impulsivo incluso - se dignasse a dar-me as boas tardes.

Se ser humano no meio desta gente já custa, mais valor dou ainda à minha fardinha.

publicado às 16:31

Comunistas fora da NATO, do EURO e do COSTA

por John Wolf, em 25.10.15

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Jerónimo de Sousa é bom homem, educado e coerente. Enquanto discute com o corretor de apostas António Costa e modera o seu discurso para consumo interno, avança em Bruxelas com o apoio à iniciativa para financiar países de saída do Euro. A ironia do destino dessa proposta é implicar a traição do Tratado da União Europeia da parte daqueles que o sustentam. Seria como pedir a Sócrates para se acusar e decidir a sentença mais pesada. A Juventude Comunista, presente em massa no protesto contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) de ontem em Lisboa, porventura também terá enviado um delegado de informação ideológica à sede da NATO para propor uma forma de desembarque daquela organização. Aposto que as centenas de participantes na marcha nem sequer sabem quais são os seus princípios fundadores e a sua missão principal. Contudo, há questões mais prementes. Com que estojo de facas e garfos se lida com Putin? Talvez seja boa ideia perguntar ao comité-central do Partido Comunista Português. Afinal os estalinistas têm grande experiência na arte da dizimação de povos inteiros e no envio de detractores para a Sibéria.

publicado às 07:14

Direito ao Contraditório

por Fernando Melro dos Santos, em 23.10.15

Cara TSF - Rádio Notícias,

 

o nível de Eduardo Ferro Rodrigues é em si mesmo uma ode ao horror e à mais grotesca perversão da democracia. Tendo a v/ instituição pudor, mais depressa ocultaria a imagética deste ser com qualquer outra coisa mais convivial e menos indutora da náusea, como minions ou pastores curdos violadores de gado ovino.

 

Assim, não.

publicado às 17:31

O auge da rebaldaria

por Fernando Melro dos Santos, em 23.10.15

Quando um suposto pedófilo que comprovadamente se caga para a Justiça ocupa o lugar de onde pode orbitar livremente em torno da Justiça. E das criancinhas, que a ver, são quem o lá pôs. Aurea mediocritas. 

publicado às 16:41

Três Reis

por Fernando Melro dos Santos, em 23.10.15

 

Dúvidas que jamais serão carreadas para o meu fim-de-semana: que um canalha cuja viscosidade impele a vender partido, ideologia, alma e até talvez as raspas dos calcanhares, a troco de meros fetiches transitórios na espuma dos dias, é um canalha que tão facilmente vende a nação, a identidade, a herança, o Direito. 

 

Com um pequeno senão: as primeiras são dele; as segundas, são nossas. 

 

Já se ouve o muezzim. A ralé aguarda o derby. Uns empilham lenha. Outros trajam a rigor.

 

Está feito o caldinho, mas nada disto é novidade. É público o que foi feito da Câmara de Loures. Se contássemos as migalhas, haveriam de faltar algumas.

publicado às 15:45

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Cá vamos mais uma vez. Se certas ideias são boas para os outros, também devem sê-las para os próprios. O que fará António Costa se eventualmente "três minorias" dentro do próprio Partido Socialista (PS) decidirem formar uma "maioria" para o remover da liderança? Será que aceita essa realidade ou será igual a Cavaco Silva? As semelhanças são mais que muitas com o Presidente da República, não tenhamos dúvidas. Mas analisemos mais em detalhe o "percurso de favas contadas" do secretário-geral daquele partido. Primeiro pensou (e mal) que bastaria varrer António José Seguro da sua frente e que as eleições legislativas estariam no papo. Assim não foi. Depois, sem nunca abrir o jogo, e como solução de recurso face à derrota eleitoral, inicia negociações com o Bloco de Esquerda (BE) e a Coligação Democrática Unitária (CDU). E isso correu mal, ficando provado que não é possível misturar as bebidas políticas - ser europeísta convicto e ao mesmo tempo sair do Euro. Ser atlanticista de gema e procurar abandonar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). António Costa meteu-se mesmo em trabalhos. Mas não fica por aqui. Assume desde já que rejeitará qualquer iniciativa governativa emanada da coligação (sem as conhecer). Ou seja, irá impor um regime autoritário a eventuais deputados que façam uma outra leitura do estado da nação. O Partido Socialista não existe mesmo. A sua razão de ser, neste momento único da história de Portugal, é derrubar o governo de coligação em vez de avançar com soluções de compromisso político que seriam também a sua única tábua de salvação. Será que António Costa ainda não percebeu que perdeu as legislativas, a liderança do seu partido, o respeito de pares da sua bancada parlamentar, a consideração dos portugueses e a confiança das instituições europeias ou externas que tornam possível a solvabilidade de Portugal? A dissolução do Parlamento, e a convocação de novas eleições, obriga Costa a coligar-se com o BE e a CDU, mas já sabemos que resultados isso trará. Os socialistas moderados não querem ser confundidos com bloquistas ou comunistas, e desse modo abster-se-ão de votar no PS contribuindo para um ainda maior descalabro daquele partido e uma mais que provável maioria absoluta do governo de coligação. António Costa não se revelou por completo, mas oferece provas irrefutáveis do modo como entende a política e  como esta deve ser conduzida em Portugal. Ainda vamos ter de levar com ele durante algum tempo, mas quando for, será como se nada fosse. Passará à história para ser lembrado com pouco carinho.

publicado às 14:06

A penúltima cena

por Pedro Quartin Graça, em 23.10.15

Cavaco-Silva.jpg

Muitos bem que se esforçaram. Outros, no mínimo, toleraram. Uns, ainda, condescenderam. Mas nem assim. A escassos seis meses de terminar o mandato, Aníbal Cavaco Silva esteve igual a si próprio: assumiu aquilo que sempre foi, um Presidente de facção, que nunca conseguiu unir os Portugueses. Ontem, se dúvidas houvesse, deu a penúltima prova disso ao, desnecessariamente, insultar o milhão de eleitores que, legitimamente, escolheram nas urnas quem bem entenderam eleger como seusrepresentantes. Não era de todo necessário tê-lo feito como fez. Cavaco assim não o entendeu. Segue-se um Governo que, ao que parece, não verá o seu programa aprovado e cairá. Cavaco, de novo igual a si próprio, não deixará de o manter em funções naquele que será um verdadeiro golpe de Estado constitucional. O próximo Presidente que resolva depois o assunto. Cavaco, nessa altura, já estará longe, gozando de uma injustificável mas generosa reforma, para além de outras prebendas, que a falida 3ª República lhe assegurará para todo o sempre. E vamos andando...

publicado às 10:23

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