Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O homem é horroroso. Ordinário a fazer juz ao péssimo porte, língua afiada para a gracejola de beco de doca e um enorme baú de esperadas vulgaridades, este perfeito bon à rien foi um poço de promessas e de todos os arrivismos, tudo fazendo para chegar a este resultado. Vencido à tangente por um molusco, tem uma Sra. Le Pen a morder-lhe as canelas. Quanto ao resto, já se confirma aquilo que todos desconfiávamos: o fulano que tanto podia ser candidato pela extrema-direita como pela extrema-esquerda, a coqueluche do luso Bloco, ficou-se naquele residualismo que pouco conta, apenas sobressaindo entre outras ninharias presentes no cortejo.
O que a França tem visto nestes últimos 40 anos, roça a risota em pleno teatro do guignol: o Giscard dos negócios vergonhosos e do petit commerce africain, o Mitterrand das escutas, silenciamento de opositores, mortes misteriosas e semeador de sedícias, o Chirac semi-presidiário militante e agora isto que ainda está e aquilo que talvez venha, são um panorama desolador.
A ideia de um país que teve Luís IX, Henrique IV, Luís XIV, os dois Bonapartes e até De Gaulle como Chefes do Estado, ver-se reduzido ao espampanante bordel cor de rosa da dupla Sarkozy-Bruni, é sintomático. Enfim, c'est la République e o que ainda há para dizer está aqui, como é costume.