Touché! Também me ocorreu isso. Mas, escusado será dizer, é uma monarquia constitucional. Ainda assim, pergunto-me se os monarcas de algumas destas "sociedades perfeitas" se terão verdadeiramente debruçado sobre estas questões que muitas vezes são implementadas sem direito a referendo.
É por essas e por outras que compreendo muito bem aquele dia de "greve real" de Balduíno dos belgas e mais recentemente, do grão-duque do Luxemburgo. O 1º ministro estrebuchou, mas sem resultado, pois a lei passou mas de forma ínvia. Podem ser monarcas constitucionais, mas não têm de assinar de cruz. Nem pensar.
É nessas horas que um monarca demonstra o que vale e a monarquia prova porque é mais sólida do que uma república não coroada. Quando isso não acontece, basta trocar o monarca para que o edifício se mantenha intacto e os direitos da maioria, para não falar dos pilares sobre os quais assenta a civilização, não sejam demolidos pela acção de um minoria activista e poderosa, com ou sem o consentimento dos fracos. Os fracos, como a História lembra, podem por vezes defender políticas suicidas em virtude da doutrinação dos que possuem meios poderosos de propaganda, e esses meios são muito eficazes nos dias de hoje. Infelizmente, e isso tem sido habitual, muitos monarcas preferem ficar calados para não desagradar. Quando agem dessa maneira, sacrificam o futuro da própria monarquia por causa de interesses imediatos.