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Ao contrário daquilo que se pretende fazer crer, a questão dos feriados não se trata de um mero pormenor ou um patético fait-divers. Além do descarado trabalho gratuito oferecido à cleptocrática "competitividade" mais atrevida, quando se encara o Dia da Restauração da Independência como uma data marginal, existe uma clara mensagem política subjacente. Paulo Portas sabe disso tão bem como o mais comum dos portugueses e dentro do seu Partido o mal-estar é claro, não vale a pena qualquer artifício de ocultação. As paredes do casarão transpiram azedas conversas e sabemos bem o que por lá se passa.
No que respeita ao 5 de Outubro que cada vez mais é bem um símbolo do estado a que chegámos, é tão válida a exigência da sua re-imposição arbitrária, como seria o regresso do 24 de Julho, essa sim, uma data prenhe de consequências para o erguer do Portugal de base constitucional que a nossa classe política de forma tão sonora defende. O 5 de Outubro é uma nódoa negra, uma já caquética vergonha dispensável. Se alguns deputados resolverem retirar o mamarracho estatuário que preside aos trabalhos no Parlamento, melhor ainda. Não faz falta alguma.