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Uma das causas do estado comatoso de Portugal é uma certa direita ignorante, que só é de direita porque a esquerda diz que ela é de direita, mas que se julga de direita mesmo quando aplica medidas socialistas. A outra é a esquerda da auto-proclamada autoridade moral, dos amanhãs que cantam, que a direita diz que é a esquerda, e que se diz pela liberdade enquanto sonha com uma ditadura socialista. Entre uns e outros, nesta fluidez de perspectivas do que sejam a direita e a esquerda, todos eles não passam de socialistas, apenas existindo diferenças quanto ao que acham por bem destinar o dinheiro dos outros. Estão bem uns para os outros, e até podiam assinar em conjunto o manifesto n.º 3283991982 da esquerda indígena. Como escreveu Ortega y Gasset, "Ser de esquerda é, como ser de direita, uma das infinitas maneiras que o homem pode escolher para ser um imbecil: ambas, em efeito, são formas da hemiplegia moral."