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Um milhão de pessoas à beira Tamisa, esperando horas a fio sob baixas temperaturas e molhados pela tradicional chuva das ilhas britânicas. Dez mil festas de rua por todo o país, as lojas cheias de artigos comemorativos, onde o coleccionismo de qualidade - e outro de gosto mais dicutível - investe em força. Os hotéis cheios, milhares de empregos garantidos e outros tantos criados para o efeito. Turistas, programas televisivos que em todo o mundo ocupam durante horas a fio os tempos de antena, numa publicidade sem custos para os contribuintes britânicos. Uma festa patrocinada por empresas privadas que assim prestam homenagem ao símbolo máximo do Estado.
Compreende-se então que em cada dez britânicos, oito queiram manter a Monarquia que garante a unidade do Estado e dos laços com a Commonwealth. Sabem que a Monarquia significa muito mais do que festas, paradas de casacas vermelhas, carruagens, brindes e vestidos de noite. Basta-lhes olharem à sua volta e para lá do Canal. A conclusão é mortífera.
Jamais se fez qualquer estudo sério quanto ao apego dos portugueses pela "sua" República, desde sempre refém dos políticos que a tutelam e exploram. Já ouvimos de tudo, desde o seis para quatro, o oito para dois ou o sete para três e sempre favoráveis "ao que está". Isto, após mais de cento e trinta anos de propaganda ininterrupta, censura descarada, abusos de toda a ordem e alarvidades "históricas" marteladas até à exaustão. Tudo seria normal, se o resultado de uma República de um século não fosse sobejamente conhecido.
Os portugueses devem estar a precisar de frequentar o psiquiatra.