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Mau resultado, pois claro. Passos ouviu o que não queria ouvir e a ele, e só a ele e à sua postura frouxa se deve a falta de engenho do Governo de Portugal. Quando não se sabe negociar e se cede perante tudo, o que esperava Passos Coelho? Que lhe fossem oferecer "de mão beijada" a redução das taxas de juro?A verdade é que Passos passou pela vergonha de ser desautorizado, pasme-se, pelo porta-voz(!) do comissário europeu do euro...
Mas Bruxelas foi ainda mais "cruel", estranha a declaração e lembra que Passos aceitou o plano de resgate espanhol e pode participar nas discussões do memorando.
Portugal não se pode queixar de ser prejudicado com eventuais melhores condições no resgate a Espanha. Bruxelas lembrou hoje que Portugal vai ter direito de voto na aprovação do memorando espanhol, podendo contribuir para as modalidades de crédito e condições a Espanha. Que rica consolação esta...
Amadeu Altafaj disse hoje que "Portugal forma parte das decisões do Eurogrupo" e este decidiu que "o programa [espanhol] se foca no sector financeiro com uma condicionalidade estrita e rigorosa mas focalizada no sector financeiro", enquanto o programa português é dirigido a toda a economia.
Caberá ao Eurogrupo aprovar o memorando, por unanimidade, e definir orientações para o registo dos créditos aos bancos. Portugal, recordou Amadeu Altafaj, participa em ambas as decisões.
A declaração causa estranheza entre responsáveis europeus. "Não sei o que o primeiro-ministro português tinha em mente quando fez essa declaração", disse um responsável esta manhã.
Na verdade, nós também não. Esta serviu, apenas e no fundo, para demonstrar a total inabilidade do Chefe do Governo de Portugal.