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Tratar o patriotismo como algo pejorativo sem operacionalizar e qualificar o que se entenda por patriotismo é, vá lá, um bocadinho para o iliberal, irracional e academicamente pouco sério. Umas leituras de MacIntyre ou Scruton podem ajudar. E relembrar o que é uma ordem espontânea também. Por mim, continuo a subscrever Pessoa quando diz que o «O Estado está acima do cidadão, mas o Homem está acima do Estado» e apenas acrescento que a pátria está acima do estado, não podendo ser aprisionada por este nem por nenhum de nós e sendo, na realidade, o mito que fundamenta o burkeano contrato entre os mortos, os vivos e os ainda por nascer. E continuo também a subscrever Samuel Johnson quando falando no falso patriotismo afirma que este é o último refúgio de um canalha. Relembrando Miguel Torga, a pátria é "o espaço telúrico e moral, cultural e afectivo, onde cada natural se cumpre humana e civicamente. Só nele a sua respiração é plena, o seu instinto sossega, a sua inteligência fulgura, o seu passado tem sentido e o seu presente tem futuro." Nenhum homem é uma ilha, ao contrário do que muitos pensam.
Como tal, quando defendo o Caritas Patriae Camoniano é no sentido do Agapé (há um estudo muito interessante sobre Os Lusíadas como Viagem iniciática, onde o autor, Hélder Macedo, discorre sobre Os Vários Tipos de Amor Sublime na perspectiva de Camões...:), de Humanidade para com a população de um país , hoje, maioritariamente na miséria material e moral (não sou falsa beata- o que considero miseria moral é a ausência de Vera Espiritualidade, pela objectivação própria e alheia, i.e., pela tal OVM...:)- o Portugal que eu perscruto ter todas as condições para se afirmar com todas as suas potencialidades naturais no turismo segmentado de forma inteligente, nas energias renováveis, na agricultura e na pesca de qualidade, no artesanato (das ondas, eólica...:) nas indústrias do vestuário e do calçado, no seu património tão rico e, hoje, entregue às moscas! (a última vez que visitei o Convento de Cristo, em Tomar, partiu-se-me o coração!), et caetera...E o que temos assistido desde o 25/74? A uma maior abertura, por um lado, mas à manutenção e até ao acirrar de uma matriz sociocultural secular (mas, ao menos, Salazar tinha Honra, nunca roubou um tostão ao Estado e di-lo uma anti-salazarista, Filha de quem enfrentou a PIDE comme il faudrait! :) que Camões, Camilo e Eça de Queiroz, Jorge de Sena, José Gil et alii caracteriza(r)am tão bem que beneficia sempre as mesmas (com o acrescento dos boçais novo-riquistas sucateiros) corjas laicas e religiosas na forma endogâmicas, entrópicas, egocêntricas, sem algum sentido de Ética, de Deontologia (só as demonstram no palco, pois cultivam (quase) todos a matriz do culto das aparências e da forma, descuidando o conteúdo, as mesmas corjas que vão para a TV lutar pela Liberdade de Expressão, mas no seu dia-a-dia não admitem aos seus subordinados ter uma opinião distinta da sua, penalizando-os por isso; as mesmas que andam sempre com o abrilismo na boca, mas se toparem alguém que não lhes assina a matraqueagem marcam-no(a) a ferros e anulam-no como numa caçada pidesca imoral (e não estou a exagerar!:), num mobbying imoral primitivo, as mesmas que defendem os Direitos Humanos frente ao ecrã, mas sempre os desrespeitaram de forma aviltante, sendo sempre aplaudidos pela marabunta alienada que os sacraliza, pelo analfabetismo funcional reinante muito acirrado pelo F alienante futeboleiro e pelo futebolês, em vez de lhes desconstruir as manhas, as farsas, os crimes de lesa-pátria e Contra a Humanidade e responsabilizá-los de facto et de juris ...As mesmas que anulam à la carte alguém se lhes apetecer, pois “ a prostitutra universal” compra tantas (in)consciências e não há, de facto, órgãos de fiscalização a sério, pois são todos filhos da mãre dos primos da tia da irmã!!!...
Se esta é a minha Pátria onde veros psychos vêem as suas dívidas de créditos criminosos lhes serem perdoadas pelo Estado e Famílias com Crianças que passaram uma Vida a pagarem as suas casas aos bancos, que lhes prometeram sempre benesses, e, agora não demonstram algum sentido de responsabilidade social, despejando-os,sem contemplações, na rua, aumentando o número de sem-abrigo, pelos quais passam com desprezo nos seus bólides como se fossem lixo ? Não, não é, por tudo isso, mas sempre defendi e defenderei os Direitos dos Pobres, dos mais Frágeis e por inerência o real desenvolvimento deste país, face a estes egos despóticos que consideram gado Os Frágeis, gente de segunda, ainda que os abracem nas campanhas e os vilipendiem de tantas formas !!! Arrenego esta matriz falsa beata laica ou religiosa que destrói Vidas!!!
Como tal, O meu Patriotismo É-o perante Um Mito, e a maior prova de descentração que posso dar a um povo cuja matriz sociocultural sempre foi e me é completamente estranha é defender O Que considero Justo e Correcto, sempre lutando contra estas corjas…!