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Um cartoon injusto

por Samuel de Paiva Pires, em 10.07.12

O cartoon que o Pedro aqui deixa, embora tenha apenas como objectivos caricaturar e criticar uma determinada situação, é manifestamente injusto. Deveria ler-se "Põe-nos a estudar Ciência Política e Relações Internacionais na Lusófona". Ninguém faz Ciência Política e/ou Relações Internacionais no ISCSP, Nova ou Católica como o chico-esperto Miguel Relvas fez. A área científica não tem culpa que existam Universidades que não são dignas de ter esta designação.

publicado às 10:01


13 comentários

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De Pedro Miguel Costa a 10.07.2012 às 11:17

Permita-me discordar da generalização que o senhor faz.
Sou estudante finalista de Arquitectura no Grupo Lusófona e tenho amigos nos cursos públicos de Arquitectura. Em conversas com eles, noto que a exigência do curso na Lusófona é, pelo menos, igual à exigência no público. Em algumas disciplinas, até é superior.

O problema não está na (falta de) exigência do Grupo Lusófona, mas, sim, nas "Novas Oportunidades" académicas proporcionadas a um ou outro políticos. E estas existem, infelizmente, tanto no privado como no público.
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De Samuel de Paiva Pires a 10.07.2012 às 11:33

Caro Pedro, generalização é o que o cartoon faz. Eu refiro-me apenas à exigência na área científica de CP e RI. E não há comparação possível entre a Lusófona e o ISCSP, Nova ou Católica. Talvez fosse mais correcto, por este prisma, dizer "Põe-nos a estudar CP e RI na Lusófona".
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De Samuel de Paiva Pires a 10.07.2012 às 11:34

Rectifiquei o post de acordo com o comentário anterior. Cumprimentos
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De xico a 10.07.2012 às 13:57

O que me faz confudão é haver cursos de licenciatura de ciência política e relações internacionais... tudo isso não seria mais que uma pós graduação de um curso a sério. E um curso sobre política o que tem de científico?
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De xico a 10.07.2012 às 13:58

Deve ler-se confusão e não confudão. Fico tão confuso que faço confusão à confusão...
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De Samuel de Paiva Pires a 10.07.2012 às 14:17

Não é um curso sobre política. É sobre Ciência Política. Se quer mesmo saber o que tem de científico, há por aí várias obras que explicam a autonomização e a história da disciplina académica. Por exemplo, Introdução à Teoria Política, do Prof. José Adelino Maltez.
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De Miguel C.B. a 10.07.2012 às 16:46

Quanto à qualidade do ISCSP, digo de experiência feita que um doutoramento é coisa sofrida. O meu orientador obrigou-me a ler, fichar e comentar mais de 200 obras, para além dos mais de 1500 documentos de arquivo espalhados pelos arquivos europeus e asiáticos. Fui, também, obrigado a publicar um livro prévio à dissertação e a coadjuvar o meu orientador na preparação de um catálogo minucioso que serviu de guia a uma exposição. O ISCSP trabalha com seriedade. 
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De Samuel de Paiva Pires a 10.07.2012 às 16:56

Agora com a Bolonhesa não será tanto assim, mas continua a ser exigente, sem qualquer comparação com a Lusófona e afins.
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De João Quaresma a 10.07.2012 às 23:17

Caríssimos, peço desculpa mas não façam juízos imediatos sobre os cursos de universidades privadas à conta do caso Relvas. Pode ser que agora o ISCSP, a Católica e a Nova tenham cursos muito bons, e ainda bem para essas universidades e para quem as frequente, mas quando eu tirei o curso (anos 90) nenhuma destas era considerada como muito boa no curso de Relações Internacionais. Nessa altura, as que eram consideradas melhores eram a Lusíada e a Universidade do Minho (com muito mérito, porque em Braga não há nem de perto nem de longe os recursos que temos em Lisboa), seguidas da Autónoma. Sobre o curso do ISCSP, a impressão generalizada é que se valia essencialmente de ser a universidade do Estado, e de dar notas exageradamente altas (razão pela qual havia quem se mudasse para lá desde a Lusíada e da Autónoma) e de ter as boas graças do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Do meu contacto - pouco, é certo - com o ISCSP fiquei com a impressão de que a formação ali dada em RI era francamente pouco sólida e politizada, e onde havia "vacas sagradas" politicamente correctas que não se podia criticar: as Nações Unidas, o primado do Direito Internacional, a União Europeia. Se agora a formação dada é muito boa, é de facto uma boa notícia porque partiram de um patamar muito fraquinho.
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De Samuel de Paiva Pires a 11.07.2012 às 00:01

Caríssimo João, bem sei que a Lusíada era considerada de topo. A UM desconhecia. Quanto ao ISCSP, perdoe-me, mas notas exageradamente altas? Entrei em 2005 e se há coisa de que toda a gente sempre se queixou é de que muitos professores não davam mais de 14 ou 15.... Aliás, na UTL o ISCSP era/é conhecido precisamente pelas notas baixas, a tal ponto que o falecido Reitor Râmoa Ribeiro chegou a intervir junto do ISCSP a este respeito. Quanto às vacas sagradas, talvez nos anos 90 assim fosse, não hoje em dia.
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De João Quaresma a 11.07.2012 às 01:06

Na altura, eram mais generosos a dar notas e, como disse, havia quem se mudasse para o ISCSP para ter uma media final melhor. Muito mais gente se mudou para a Universidade Moderna, para simplesmente para obter o canudo sem mais demoras. Na Lusíada, na altura, também era muito difícil obter mais do que 13, o que era um grau exagerado de dificuldade (eu fui recordista de uma cadeira, ficando-me pelo 16) e o resultado é que provocou uma debandada para outras universidades.
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De Miguel Madeira a 10.07.2012 às 16:52

Uma questão é se na Nova, no ISCSP ou na Católica existe algum curso de "Ciências Politicas e Relações Internacionais" (note-se que escrevo "e", não "e/ou").

É que eu há muito que tenho uma teoria - que concerteza será injusta em muitos casos - que cursos com muitas palavras no nome são suspeitos, e aqui são logo quatro palavras... (um aparte: para este critério, dou alguma tolerância às "engenharias", não contando com o "engenharia" no principio do nome do curso).
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De Samuel de Paiva Pires a 10.07.2012 às 17:01

No ISCSP são duas licenciaturas, mestrados e doutoramentos distintos, na Católica também creio que assim é, só na Nova são apenas uma. De resto, isso tem a ver com o facto de RI ser uma área com origem na CP mas que se autonomizou desta, pelo que há quem prefira integrá-las e quem prefira distingui-las.

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