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A justiça que se vai fazendo ( 3 )

por Cristina Ribeiro, em 24.07.12
" No Governo e no Parlamento discutia-se mais do que se administrava; e o papel do monarca, por vício do sistema, impunha-lhe todas as responsabilidades mas concedia-lhe um mínimo de faculdades e prerrogativas. 
D. Carlos curou da política externa, fez-se autor de uma obra notável, como artista e como cientista, seguiu os passos dos políticos e pôde bem apreciar o alcance do que, mais tarde, chamaria « legislação ingénua ».
A partir de 1897 começou a entediar-se com Lisboa. Estava enojado, e o desânimo apoderou-se dele. Disse ao conde de Arnoso: 
- " Que triste e dolorosa situação esta! Ou o país acorda, ou!...

Do desânimo quase atingiu o desespero: 
- " Faltam bons políticos. Isto é uma monarquia sem monárquicos. "

Mudou de táctica, fazendo-se anti-demo-liberalista, sem por isso, antes pelo contrário,deixar de ser bom português. Indiferente aos insultos, ainda que zeloso da ordem pública, seguiu o seu caminho.
Abominava certos processos de fazer política, e, até onde lhe chegava a autoridade sempre pôs o maior interesse e rigor no cumprimento do dever. "

Casimiro Gomes da Silva, « D. Carlos »



Enjoada com esta politiquice também eu estou; como entendo o Rei!

publicado às 19:27


4 comentários

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De Duarte Meira a 24.07.2012 às 21:26

De aí a tentativa de el-rei com o partido regenerador liberal para travar o apodrecimento do regime rotativista, salvar a Monarquia e proteger a Pátria do bando republicano. E viu muito bem que João Franco era homem muito para isso. Havia, pois que suprimir este e reganhar o oligopólio das clientelas, nem que fosse com a ajuda do bando vermelho. Ora, estavam marcadas para Abril de 1908 as eleições que poriam fim ao breve período (não inédito) de um ano de ditadura de governo, e João Franco ia muito provavelmente ganhá-las...
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De Cristina Ribeiro a 25.07.2012 às 18:29

E quão injustiçado foi o Conselheiro pelos " monárquicos " de então...


Um escritor contemporâneo ( Rocha Martins ? ) disse, a propósito, que a Monarquia tinha terminado, não em 1910 mas na noite de 1 de Fevereiro de 1908, nas Necessidades, quando " despediram " João Franco.

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