Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Há quem critique os monárquicos devido à questão do princípio sucessório na Chefia do Estado. Nos tempos da Monarquia Portuguesa, o soberano não podia dar-se ao luxo da designação de quem se lhe seguiria no trono. Existiam regras bastante claras quanto à sucessão e ao longo dos séculos, as Cortes decidiram ou validaram o herdeiro. Mais tarde, tal era previsto pela Carta Constitucional e em ambos os casos, vingava sempre a Lei. Para a história ficaram curiosidades como o claro não! a D. João II que pretendia colocar o ilegítimo filho D. Jorge no trono, ou a predilecção de D. João V pelo infante D. Francisco.
O Coordenador Louçã é de outras finuras, até porque tem bastos e bons exemplos noutras camaradarias. Desde Ceausescu que se preparava para designar o seu filho Nico como futuro Conducator, até à família Kim do Grande Líder, Querido Líder e do Grande Sucessor, a gente da estrelinha vermelha faz o que bem entende. Que o digam o camarada Lukashenko e o Comandante Castro. O primeiro faz passar a ideia de um dia vir a ser sucedido pelo garoto Kolya - já anda vestido de general -, enquanto o segundo deixou o cadeirão ao irmão Raul.
Louçã não pode fazer-se passar por um Lukashenko qualquer, é especial, único. Não conhecemos a filha do Coordenador, talvez hoje em dia mais preocupada com solarengas actividades balneares, muito mais agradáveis do que as tricas e mexericos da abastada burguesia bloqueira. Assim, para evitar um previsível "après moi le déluge" arrastando Oliveiras e Dragos, o até agora intitulado Coordenador do BE alvitra a necessidade de uma liderança bicéfala, talvez pensando na acumulação de dois QI que talvez atinjam a esperada bonita soma do seu próprio. É o dois em um, no cada vez mais bloquinho de notas.